Write to Done

Write to Done é uma fonte valiosa de informações para romancistas, blogueiros, publicitários e autores de não ficção. Editado por Mary Jaksch, autora de obra traduzida em 7 idiomas, este site parceiro disponibiliza o eBook gratuito The (nearly) Ultimate Guide to Better Writing e inúmeras dicas que serão compartilhadas aqui em traduções regulares.

O texto de hoje é por Cheryl Craigie, editora do site The Manageable Life. Confira o artigo no idioma original.

Borderline - Síndrome do Impostor - Fraude - Trauma - Escrita - MáscarasSe escrever te faz se sentir uma fraude ou um fracasso, então você deve ter experimentado a versão do inferno de T. S. Eliot onde “nada se conecta com nada”.

Bom!

Não, eu não sou louca.

E eu não estou brincando.

É bom.

Acontece que esses sentimentos negativos são uma parte essencial do processo criativo.

Então vá em frente e chafurde neles – pelo menos por um tempo.

Eis a razão.

Antes da ruptura é preciso haver uma barreira, segundo Jonah Lehrer, autor de Imagine: How Creativity Works.

Talvez você precise desistir para poder seguir em frente.

Na verdade, nossos cérebros precisam dessa etapa de “perplexidade” para perceber que é hora de tentar algo novo.

Então, e somente então, seu cérebro pode buscar novas ideias para te ajudar a superar tal barreira.

Então aprenda a reconhecer quando sentimentos de medo ou de frustração significam que é hora de parar.

Então se entregue ao desconhecido.

Dê ao seu cérebro a folga que ele precisa para buscar inspiração em outro lugar.

“Criatividade é o resíduo do tempo desperdiçado”, segundo Albert Einstein.

Einstein tinha razão.

É precisamente este tempo desperdiçado que costuma dar lugar para o insight, normalmente conhecido como o momento “eureca” ou “arrá”, segundo Lehrer.

Trabalhar duro, com atenção focada, em busca de um novo insight é a estratégia errada.

E mesmo assim, quantas vezes nos pegamos sentados diante do computador encarando a tela atentamente, tentando fazer com que algo – qualquer coisa – aconteça?

Você não pode forçar a ocorrência de um momento “arrá”.

Então pare de tentar.

Levante-se e afaste-se por um tempo ou trabalhe em outra coisa.

Quando começar a praticar esta estratégia de desapego, você irá treinar seu cérebro para identificar a hora de buscar novos paradigmas e associações.

Logo novas ideias estarão fluindo livremente.

Só não se esqueça de voltar ao trabalho.

Eis o pulo do gato: a epifania ou ruptura é apenas o início.

Então o trabalho duro começa.

Isso envolve outra a metade da sua caixa de ferramentas criativa: a atenção focada e o comprometimento.

Atenção focada lhe dá a capacidade de estruturar sua escrita e de ser um editor impiedoso, removendo todo o material supérfluo e escolhendo as melhores palavras para transmitir seu argumento.

Essas habilidades separam os profissionais dos amadores.

Profissionais são capazes de lidar com a dor, têm a sabedoria de dar um tempo e também a determinação de voltar ao trabalho, pelejando pela parte difícil do ofício.

Lembre-se: frustração, medo e fracasso sempre estarão ali na esquina.

E isso é uma coisa boa…

Só significa que suas perícias e capacidades estão prestes a crescer.

Por favor, compartilhe nos comentários como você superou seus medos e frustrações para que todos possam aprender com sua experiência.

Para saber mais:

  1. Supere a Procrastinação com Estas Estratégias Fáceis: confira este incrível texto do site Write to Done por Gail Brenner.
  2. Como Terminar o Que Você Começa – Um Plano de 5 Passos para Escritores:  a escritora e orientadora literária Ali Luke dá dicas para nunca mais deixar aquele texto pela metade.
  3. Aprenda com os Grandes – 7 Hábitos de Escrita de Escritores Espetaculares: Leo Babauta traz preciosas dicas de escritores consagrados.
  4. 3 hábitos que separam bons escritores de presunçosos trágicos: saiba como ser um bom escritor com Glen Long, instrutor de escrita criativa.
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