O texto de hoje é por Cheryl Craigie, editora do site The Manageable Life. Confira o artigo no idioma original.
Se escrever te faz se sentir uma fraude ou um fracasso, então você deve ter experimentado a versão do inferno de T. S. Eliot onde “nada se conecta com nada”.
Bom!
Não, eu não sou louca.
E eu não estou brincando.
É bom.
Acontece que esses sentimentos negativos são uma parte essencial do processo criativo.
Então vá em frente e chafurde neles – pelo menos por um tempo.
Eis a razão.
Antes da ruptura é preciso haver uma barreira, segundo Jonah Lehrer, autor de Imagine: How Creativity Works.
Talvez você precise desistir para poder seguir em frente.
Na verdade, nossos cérebros precisam dessa etapa de “perplexidade” para perceber que é hora de tentar algo novo.
Então, e somente então, seu cérebro pode buscar novas ideias para te ajudar a superar tal barreira.
Então aprenda a reconhecer quando sentimentos de medo ou de frustração significam que é hora de parar.
Então se entregue ao desconhecido.
Dê ao seu cérebro a folga que ele precisa para buscar inspiração em outro lugar.
“Criatividade é o resíduo do tempo desperdiçado”, segundo Albert Einstein.
Einstein tinha razão.
É precisamente este tempo desperdiçado que costuma dar lugar para o insight, normalmente conhecido como o momento “eureca” ou “arrá”, segundo Lehrer.
Trabalhar duro, com atenção focada, em busca de um novo insight é a estratégia errada.
E mesmo assim, quantas vezes nos pegamos sentados diante do computador encarando a tela atentamente, tentando fazer com que algo – qualquer coisa – aconteça?
Você não pode forçar a ocorrência de um momento “arrá”.
Então pare de tentar.
Levante-se e afaste-se por um tempo ou trabalhe em outra coisa.
Quando começar a praticar esta estratégia de desapego, você irá treinar seu cérebro para identificar a hora de buscar novos paradigmas e associações.
Logo novas ideias estarão fluindo livremente.
Só não se esqueça de voltar ao trabalho.
Eis o pulo do gato: a epifania ou ruptura é apenas o início.
Então o trabalho duro começa.
Isso envolve outra a metade da sua caixa de ferramentas criativa: a atenção focada e o comprometimento.
Atenção focada lhe dá a capacidade de estruturar sua escrita e de ser um editor impiedoso, removendo todo o material supérfluo e escolhendo as melhores palavras para transmitir seu argumento.
Essas habilidades separam os profissionais dos amadores.
Profissionais são capazes de lidar com a dor, têm a sabedoria de dar um tempo e também a determinação de voltar ao trabalho, pelejando pela parte difícil do ofício.
Lembre-se: frustração, medo e fracasso sempre estarão ali na esquina.
E isso é uma coisa boa…
Só significa que suas perícias e capacidades estão prestes a crescer.
Por favor, compartilhe nos comentários como você superou seus medos e frustrações para que todos possam aprender com sua experiência.
Para saber mais:
- Supere a Procrastinação com Estas Estratégias Fáceis: confira este incrível texto do site Write to Done por Gail Brenner.
- Como Terminar o Que Você Começa – Um Plano de 5 Passos para Escritores: a escritora e orientadora literária Ali Luke dá dicas para nunca mais deixar aquele texto pela metade.
- Aprenda com os Grandes – 7 Hábitos de Escrita de Escritores Espetaculares: Leo Babauta traz preciosas dicas de escritores consagrados.
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