Hoje temos Sean D’Souza, escritor, guru de marketing e especialista em psicologia de vendas. Confira o artigo original.
Se olhasse para uma obra de Picasso, você a reconheceria de cara.
Se escutasse uma música do Sting, você saberia ser do Sting.
Se lesse um livro de Dan Brown, você saberia ser do Dan.
Como é possível que essas pessoas tenham um estilo e você não?
Você sabe que não tem estilo porque se misturar seu desenho ou artigo no meio do trabalho de outra pessoa ninguém será capaz de distinguir seu trabalho como único.
E isso porque ele não é mesmo.
Imagine que você esteja tentando aprender a cozinhar um prato delicioso como biryani.
Ora, biryani tende a ser um tipo de arroz muito complexo, quase assustador. Ele é composto de uma lista de ingredientes do tamanho de seu braço e o processo pode ser intimidador.
Mas se estiver determinado a desvendar o “código biryani” você terá que seguir as instruções detalhadamente. Os ingredientes exatos, a ordem e a metodologia devem ser precisas para garantir que você reproduza o prato.
E isso significa que você está copiando.
Quando está copiando, você está reproduzindo o estilo da pessoa copiada.Mas se você fizer esse prato várias vezes, mudanças ocorrem. Você pode ler sobre outro tipo de biryani ou assistir a alguns vídeos. E, de repente, ao invés de frango desossado, você está usando o frango inteiro. Ou ao invés de frango, você está usando legumes.
Mais cedo ou mais tarde também ocorrem desistências.Você para de seguir a receita porque já está confortável com a ordem e os ingredientes. E então você cria seu próprio tipo de prato.
Você pode esquecer uns ingredientes, adicionar outros, ou fazer algo de modo inteiramente diferente. E se você misturar, associar, e continuar aprendendo a fazer esse prato, logo você conquistará seu próprio estilo.
Estilo não tem a ver com invenção.
Estilo tem a ver com copiar. Com ‘traçar’, ‘copiar’ e ‘então reproduzir de memória’. Quanto mais você traça, copia e reproduz de memória, mais os conceitos se misturam em seu cérebro.
E, eventualmente, um dia – no futuro não muito distante – você terá um estilo próprio.
Mas você precisa praticar e misturar e associar.
Se copiar servilmente o estilo de uma pessoa, você logo se tornará uma réplica do trabalho dessa pessoa.
Quando comecei a desenhar, eu costumava copiar Hagar, o Horrível. E meu trabalho era uma réplica de Hagar, o Horrível. Mas dai adicionei outros desenhos, como Dennis, o Pimentinha, Calvin e Haroldo, etc. E meu trabalho se tornou verdadeiramente meu.
Hoje tenho um estilo de escrita distinto, bem como de desenho, de fala, etc.
E você também pode ter. Você já tem um estilo que é bastante próprio em muitas áreas de sua vida. E é hora de meditar sobre tais conceitos de modo que você possa aplicar esse estilo também à sua escrita.
Então pratique.
Copie muito.
Trace muito.
E reproduza muito de memória.
E, sim, assegure-se de copiar de diferentes fontes.
Assim, dentre 6 a 9 meses a partir de hoje, você terá um estilo que será bem diferente de qualquer um.
Mas se você continuar fazendo o que está fazendo, sem copiar, você se tornará apenas uma cópia – de si mesmo.
Se quiser evoluir continuamente, você precisa continuar traçando, copiando e reproduzindo sua própria impressão.
Essa é a única forma de você continuar aprendendo e evoluindo seu estilo.
Assim, quando você fizer biryani, as pessoas dirão que você fez biryani.
Mas quando eu faço biryani, há certo ponto de divergência que o torna meu.
Faça seu próprio biryani. Escreva seu próprio best-seller. Comece hoje, e compartilhe suas ideias e experiências nos comentários.
P.S: copiar é diferente de plagiar. Se você não tem certeza da diferença, confira um dicionário.
Para saber mais:
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