T. K. Pereira é escritor de coração e analista de sistemas por necessidade. Sob o manto do Escriba Encapuzado, idealizou o projeto 7 coisas que aprendi, foi finalista do concurso literário Brasil em Prosa 2015, e publicou contos em antologias diversas. Vozes (2019) é seu primeiro livro de contos solo.
Entre minhas metas para 2013 está me envolver mais com a literatura, participando mais de eventos. Numa dessas coincidências da vida, topei com um artigo na revista Metáfora que tratava justamente de alguns movimentos literários mineiros.
Se o leitor também busca imergir nesse ambiente, clique abaixo e saiba o que rola em Minas Gerais.
A lista a seguir foi elaborada e publicada na edição 15 da revista Metáfora, mas as descrições foram sintetizadas por mim a partir das informações disponíveis nos sites de cada evento.
E a propósito: ainda não descobri oficinas de escrita criativa aqui em Belo Horizonte. Caso alguém conheça alguma, favor compartilhar nos comentários.
ATUALIZAÇÃO: enfim encontrei! O Letras e Ponto oferece oficinas de contos e literatura semestrais. Mais tarde falarei sobre eles por aqui. Por ora, confiram mais sobre esse excelente espaço proporcionado pela escritora Dagmar Braga.
Programa cultural de grande credibilidade no país. Além de Belo Horizonte, está presente em 30 outras cidades, oito estados, o Distrito Federal e em Madri, na Espanha. O que começou como encontros entre autores e personalidades mundiais atualmente é dividido em diversos projetos, que incluem um programa de TV homônimo – os episódios são disponibilizados para download livre no YouTube – e outro de rádio, o Mondolivro, veiculado na rádio CBN.
Ofício da Palavra
http://www.mao.org.br/port/programacao.asp
Iniciativa do Instituto Cultural Flávio Gutierrez, este evento é caracterizado pelo incentivo à leitura, a divulgação de escritores e suas obras e bate-papos descontraídos sobre literatura. O Ofício da Palavra, que completa sete anos em 2013, já contou com a participação de Fabrício Carpinejar, Arnaldo Antunes, Marcelino Freire, Nelson de Oliveira, Carlos Heitor Cony, e muitos outros. O evento é sediado mensalmente no Museu de Artes e Ofícios, com entrada franca.
Fórum das Letras de Ouro Preto
http://www.forumdasletras.ufop.br
O Fórum das Letras é promovido pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e desde 2005 possibilita a interação entre escritores e público participante. Suas as atrações gratuitas dividem-se em Programação Principal, Fórum das Letrinhas, Ciclo de Jornalismo e Literatura, e Via-Sacra Poética. O evento conta também com a participação de editores, agentes literários e demais profissionais do ramo. O tema da edição de 2012 foi a fabricação de livros.
Literata de Sete Lagoas
http://www.literata.net
Nascida em 2010, a festa literária de Sete Lagoas ainda é pouco tradicional, mas tem atraído atenções a cada ano. Palco para interação com escritores e para discussões sobre a produção literária brasileira, a Literata está sob a curadoria do escritor Humberto Werneck. Cada edição do evento tem sido dedicada a um grande autor nacional: já foram homenageados Guimarães Rosa, Fernando Sabino e Monteiro Lobato.
Felit de São João Del-Rei
http://www.felit.com.br
Sediado na cidade eleita Capital Brasileira da Cultura de 2007, o Festival de Literatura de São João Del Rey conta com a participação de escritores, críticos, professores e personalidades da vida cultural do país. Além de mesas redondas, o evento oferece feira de livros, oficinas, café literário com apresentações musicais, e muitas outras atrações. A Felit completou seis anos de existência em 2012.
Sediado em Belo Horizonte, a Bienal é um programa cultural que reúne atrações para todos os gostos e idades. Um de seus destaques é o Café Literário, que possibilita encontros e debates com escritores, jornalistas e personalidades sobre a literatura brasileira, o processo criativo, entre outros temas. Em 2012 o evento, que homenageava Carlos Drummond de Andrade, acabou cancelado devido a problemas na estrutura do Expominas, onde estava sendo sediado.
Flipoços de Poços de Caldas
http://www.feiradolivropocosdecaldas.com.br
Ano passado, a Feira Nacional do Livro de Poços de Caldas teve grande repercussão nacional e conquistou lugar entre os mais importantes eventos do Circuito Nacional de Feiras de Livro, segundo avaliação da Câmara Brasileira do Livro (CBL). Em 2013, a oitava edição já tem data marcada e homenageará ninguém menos que o fundador da Academia Brasileira de Letras, Machado de Assis.
Coletivo 21
http://www.coletivo21.com.br
O Coletivo 21 não é um evento, mas um grupo literário que reúne escritores mineiros. Criado em 2011, o Coletivo possibilita conhecer os perfis de seus membros e os serviços que cada um oferece, além de textos de sua autoria. É também uma boa forma de se manter por dentro dos acontecimentos literários no Estado. Dentre os integrantes, destaque para o nome de Luís Giffoni, autor de Infinito em Pó, livro resenhado por mim aqui no blog.
Para saber mais:
Revista Metáfora: site onde é possível realizar a assinatura e adquirir números atrasados.
Desafio Vocabular é uma série de breves artigos que coloca o leitor cara a cara com termos pouco usuais do nosso idioma. Ao contrário do que possa parecer, nenhuma das palavras selecionadas foi retirada de dicionários, mas de minhas próprias leituras casuais. Quer participar da brincadeira? Entre em contato.
Sabe o que é RECHINAR? Leia a frase abaixo e veja se descobre o significado dessa palavra.
Você deixa meu corpo tão quente que o simples contato com a água o fará rechinar.
E aí? Descobriu? Provavelmente, não é o que você está pensando. Confira a resposta a seguir.
RECHINAR
Do Dicionário Aurélio:
Verbo intransitivo.
1. Produzir som agudo ou áspero:
2. Produzir som semelhante ao do ferro em brasa
sobre a carne:
3. Ranger, estalar.
Do Dicionário Houaiss:
n verbo
transitivo direto
1. queimar a fogo vivo; assar
intransitivo
2. (1882) reproduzir o som da carne assando ao fogo ou de
ferro em brasa sobre a carne; chiar
intransitivo
3. Derivação: sentido figurado.
produzir som estrídulo e áspero; ranger, chiar, silvar
intransitivo
4. Derivação: sentido figurado.
produzir estalido ou ruído; ranger, estalar
intransitivo
5. emitir (inseto, esp. a cigarra) seu som característico;
estridular
intransitivo
6. Derivação: sentido figurado.
abrasar, arder (o sol)
ou sente aversão às pessoas
Se você chegou perto, parabéns; é um grande conhecedor da Língua Portuguesa! Se você errou feio, não se preocupe; é apenas mais um dos meros mortais que se habituam a um vocabulário recorrente.
Que RECHINAR seja sua palavra de hoje. Tente usá-la em uma frase ao longo do dia. Seus amigos o agradecerão pela cultura. Só não vale usar a frase “você sabe o que é RECHINAR?”.
Ah, e não deixe de compartilhar sua frase nos comentários.
Poetisa e escritora publicada, a simpática Sara Farinha mantém, desde 2007, um blog repleto de textos valiosíssimos para quem aspira publicar livros e ser reconhecido como autor. Os seus “Recursos de Escritor” reúnem, atualmente, 61 tópicos que tratam de conhecimentos diversos sobre a arte da escrita.
Sara ainda publica notas bem interessantes sobre seu processo criativo nos textos da série Short Story Writing Challenge – desafio pelo qual se propõe a escrever um conto por mês –, promove a literatura fantástica através do grupo Fantasy & Co., e disponibiliza gratuitamente alguns de seus trabalhos.
A autora de Percepção também já compartilhou 7 coisas que aprendeu em sua trajetória e é bem receptiva aos leitores, colegas e aprendizes de escritor.
Desafio Vocabular é uma série de breves artigos que coloca o leitor cara a cara com termos pouco usuais do nosso idioma. Ao contrário do que possa parecer, nenhuma das palavras selecionadas foi retirada de dicionários, mas de minhas próprias leituras casuais. Quer participar da brincadeira? Entre em contato.
Sabe o que é IGNÍVOMO? Leia a frase abaixo e veja se descobre o significado dessa palavra.
Estou lendo aquele livrinho da moda, com o personagem ignívomo sabe? Estou amando. Só leio trancada no quarto.
E aí? Descobriu? Provavelmente, não é o que você está pensando. Confira a resposta a seguir.
IGNÍVOMO
Do Dicionário Aurélio:
Adjetivo.
1. Poét. Que vomita fogo; que larga fogo de si;
que expele chamas.
Do Dicionário Houaiss:
n adjetivo
Uso: formal.
1. que vomita fogo, que expele chamas
Se você chegou perto, parabéns; é um grande conhecedor da Língua Portuguesa! Se você errou feio, não se preocupe; é apenas mais um dos meros mortais que se habituam a um vocabulário recorrente.
Que IGNÍVOMO seja sua palavra de hoje. Tente usá-la em uma frase ao longo do dia. Seus amigos o agradecerão pela cultura. Só não vale usar a frase “você sabe o que é IGNÍVOMO?”.
Ah, e não deixe de compartilhar sua frase nos comentários.
Ontem foi o Dia Internacional da Mulher. Como sempre ocorre em datas especiais, inúmeros sites de revistas, jornais e blogs pessoais preparam homenagens.
Falou-se da trajetória de lutas e conquistas, do papel da mulher no nosso século, dos desafios para o futuro, e sobre a mulher ideal.
Eu quis fazer algo diferente, prestigiando o vasto e enigmático universo feminino ao falar de pessoas mais próximas de mim. Assim, eis minha singela (e tardia) homenagem às mulheres da minha vida.
Mulheres Reais
Não falarei sobre a mulher ideal. Não existe mulher ideal. Ideal é o que se forma na ideia, no imaginário; é a manifestação imaterial de aspirações em aspectos diversos, perfeitos, oníricos, que jamais encontrarão correspondência exata na realidade. Por isso não há que se falar dessa figura mítica.
Fazê-lo é exultar a própria mesquinhez, pois o que seria a mulher ideal senão um reflexo do que consideraríamos, como homens, o melhor para saciar o ego? E quantos podem afirmar com plena certeza o que é melhor para si?
Brada-se sobre a busca da mulher perfeita, alardeia-se a glória de tê-la encontrado, mas são poucos os que se dão conta de que o ideal não pode existir em qualquer lugar que não dentro daquela porção individualista tão comum e ignorada de cada um. Não falarei sobre a mulher ideal, pois as mulheres de minha vida estão longe disso, elas são bem reais.
Sou grato a Deus por existirem e estarem sempre ao meu lado, independentemente do meu estado de espírito, das minhas atribulações, carências e esquisitices. Apesar de mim, tão desmerecedor de suas atenções, elas estão ali, a irradiar sua luz em minha vida, a preenchê-la com suas bênçãos e maldições – ah, e quanto poder elas detém!
As mulheres de minha vida não são idealizadas, elas são o que são. Compartilham alegrias e tristezas, altos e baixos; revelam-se sem receios, sem ressalvas, em cada palavra e atitude, sorriso e lágrima, carinho e tapa, no modo de viver cada momento intensamente; são gentis e ásperas, delicadas e guerreiras, carinhosas e insensíveis, firmes e carentes. Com todas as suas qualidades e defeitos, são musas, divas, referências, estrelas-guia, Norte de meus caminhos.
A mulher ideal não te inspira a ser alguém melhor, mas a mulher real sim. Não para satisfazê-la, não para sentir-se um homem a sua altura, mas pelo impulso que vem como uma maneira de expressar e espalhar por todo o mundo a beleza e o amor plenos que sua mera existência proporciona. Tão iluminadas são que suas vidas por si transformam o mundo, naturalmente, e assim seria mesmo se eu jamais fizesse parte delas.
Mulheres reais, virtuosas e pecadoras, seres divinos perfeitos em corpos mortais imperfeitos, dedicadas aos que amam mesmo que nem todos lhes retribuam o sentimento como deveriam. Questiono-me o que fiz para merecer o milagre de conviver com tais maravilhas, mas não encontro resposta.
Percebo o tamanho de minha dívida com Deus e, numa prece silenciosa, comprometo-me a ser a melhor pessoa que puder, não apenas por Seus desígnios, nem só para tornar o mundo um lugar melhor, mas em honra e agradecimento às mulheres da minha vida.
Este é o primeiro artigo de uma nova série do blog. Como o próprio nome entrega, cada texto enumerará cinco recomendações, não apenas de livros, mas também de filmes, jogos e o que mais me der na telha. As listas serão construídas, principalmente, segundo critérios pessoais, logo não são absolutas.
No caso dos livros, é bem possível que a grande maioria sequer tenha sido lida – de fato, talvez até constem em minha sempre crescente lista de leituras futuras. Relaciono-os assim mesmo: se me pareceram interessantes quem sabe o leitor também assim não os considere?
E já que o blog trata da jornada de um aprendiz de escritor, nada melhor do que começar com uma lista de livros sobre escrita, não é?
1
Vencendo o Desafio de Escrever um Romance, de Ryoki Inoue: quem melhor para ensinar a escrever do que o escritor que consta no Livro Internacional dos Recordes como o mais prolífico do mundo, com mais de mil obras publicadas? Reaproveitando e expandindo o conteúdo visto em “O Caminho das Pedras” – onde compartilhou seu método de trabalho pela primeira vez –, Inoue apresenta um manual completo de como elaborar obras de ficção.
Defendendo que um romance não se sustenta apenas sobre uma boa ideia, o autor lista as ferramentas necessárias para obter o resultado proposto pelo título. Sempre com linguagem dinâmica, ele trata tópicos como tipos de leitor, projeto literário, sinopse, argumento, bloqueios criativos, negociação de direitos.
Ao longo do trabalho, Inoue menciona autores que tem como referência obrigatória e ilustra suas recomendações com exemplos práticos. Mas desde o início o autor adverte que, na escrita de um romance, “é fundamental o sacrifício, o esforço, o deixar de lado momentos de lazer, de diversão e de sono”. Tendo isso mente e munido dos conselhos de alguém que já produziu obras de suspense, faroeste, espionagem e diversos outros gêneros, o pretendente a escritor pode, enfim, ter esperança de produzir um livro de sucesso.
Este livro está parcialmente disponível no Google Livros (link abaixo).
2
Você já pensou em escrever um livro?, de Sonia Belloto: este livro é dirigido àqueles que lidam com a escrita no cotidiano e que desejam tornar-se escritores de sucesso. Com uma linguagem dinâmica, a autora discorre sobre estruturas para criar histórias originais, o processo de transmitir ideias, as técnicas de criação de personagens, construção de enredos, como romper bloqueios, descobrir e desenvolver o próprio estilo, e muito mais.
Obra indispensável para conhecer todos os segredos da profissão de escritor. Publicado no Brasil, no Brasil, na África, em Portugal e na Espanha, trata-se ainda de um roteiro para compreender as novas características do mercado editorial.
3
Técnicas para Escrever Ficção, de Júlio Rocha: resultado de estudos e das oficinas ministradas pelo autor, o livro tem como mote que qualquer pessoa pode se tornar um escritor, desde que disponha das ferramentas adequadas. Utilizando uma linguagem clara e direta, o autor aborda as formas de se iniciar um livro, a criação de personagens, a elaboração de diálogos, o jogo de emoções do leitor.
Exemplificando o que funciona ou não por intermédio de excertos de livros de escritores como Dan Brown e ele próprio, Rocha também compartilha dicas valiosas sobre publicação, divulgação e direitos autorais. Alguns críticos afirmam que Rocha é óbvio na maior parte de suas considerações, mas por se tratar de um livro mais prático, repleto de exemplos claros e facilmente identificáveis, este ainda é uma boa pedida.
4
A Jornada do Escritor, de Christopher Vogler: inicialmente elaborado como um guia interno da Disney para a elaboração de narrativas audiovisuais, o livro – conhecido ainda como o “manual de hollywood” para roteiros – é considerado uma compilação das ideias essenciais de O Herói de Mil Faces, onde o acadêmico americano Joseph Campbell identifica elementos comuns em diversos mitos e os define como etapas recorrentes da assim denominada “Jornada do Herói”. O trabalho de Vogler é simplista se comparado ao de Campbell, afirmam alguns críticos, mas seu valor está, justamente, na praticidade.
Em linguagem clara e acessível, ele demonstra como construir e amarrar um enredo seguindo etapas de construção de personagens e situações que resultam na composição de boas histórias. Sem apresentar técnicas, Vogler expõe os aspectos de cada etapa (são doze) e as exemplifica com livros e filmes americanos, como Titanic e Star Wars. O autor defende que os doze passos não são fórmulas, mas mecanismos que, quando manejados com criatividade e inovação, permitem a produção de boas histórias.
A “Jornada do Herói” – ensinada também no curso de estrutura literária do escritor brasileiro Eduardo Spohr (veja link abaixo) – é a base em que se sustentam sucessos literários e cinematográficos. Logo, a leitura deste livro é indispensável para escritores aspirantes e profissionais.
5
A Arte da Ficção, de David Lodge: escritor e professor britânico aclamado, Lodge reuniu neste livro 50 de seus artigos sobre a arte de contar histórias, originalmente publicados nos jornais Washington Post e Independent on Sunday.
Iniciando cada capítulo com trechos extraídos de obras clássicas, o autor destrincha tópicos como ironia, divisão de capítulos, apresentação de personagens e explica termos como “metaficção”, “intertextualidade”, mantendo sempre uma clareza que comunica com o leitor comum.
Entre os escritores revistos por Lodge estão nomes como Jane Austen, James Joyce, George Orwell, Edgar Allan Poe. Mesmo tendo sido publicado em 1992, o livro ainda é leitura essencial para os interessados por literatura e, principalmente, para os escritores iniciantes.
E você, leitor, que livros recomenda para outros colegas escritores?
Fábrica de Textos: site oficial do curso de escrita criativa ministrado por Sonia Belloto.
Dicas para Escrever Ficção: consultadas por centenas de milhares de pessoas e reproduzidas em vários blogs, jornais, revistas e sites de cultura. Por Júlio Rocha, autor de Técnicas para Escrever Ficção.
A Jornada do Escritor: boa resenha do livro de Christopher Vogler publicada no site Heróis e Mitos, com direito a link para uma apostila do curso de estrutura literária ministrada pelo escritor Eduardo Spohr.
A Jornada do Herói: conheça as ideias e os dozes estágios da jornada propostos por Campbell e simplificados por Chirstopher Vogler em seu “A Jornada do Escritor”. Recomendo a leitura.
Estrutura Literária – A Jornada do Herói no Cinema e na Literatura: informações sobre o curso ministrado nas Faculdades Integradas Hélio Alonso de São Paulo pelo escritor Eduardo Spohr, autor de A Batalha do Apocalipse e Filhos do Éden.
Desafio Vocabular é uma série de breves artigos que coloca o leitor cara a cara com termos pouco usuais do nosso idioma. Ao contrário do que possa parecer, nenhuma das palavras selecionadas foi retirada de dicionários, mas de minhas próprias leituras casuais. Quer participar da brincadeira? Entre em contato.
Sabe o que é CANÍCULA? Leia a frase abaixo e veja se descobre o significado dessa palavra.
Sentado no sanitário sofria com a canícula terrível.
E aí? Descobriu? Provavelmente, não é o que você está pensando. Confira a resposta a seguir.
CANÍCULA
Do Dicionário Aurélio:
Adjetivo.
Substantivo feminino.
1. Astr. V. Sírio1. [Com cap.]
2. Astr. Época do ano em que Sírio está em conjunção
com o Sol.
3. Grande calor atmosférico.
4. Pequena cana.
5. Pop. Caniço.
Do Dicionário Houaiss:
n adjetivo
n substantivo feminino
1. período do ano em que Canícula (tb. dita Sírio) se encontra
em conjunção com o Sol
2. Derivação: por extensão de sentido.
calor muito forte
3. Rubrica: astronáutica.
m.q. 1 sírio
Se você chegou perto, parabéns; é um grande conhecedor da Língua Portuguesa! Se você errou feio, não se preocupe; é apenas mais um dos meros mortais que se habituam a um vocabulário recorrente.
Que CANÍCULA seja sua palavra de hoje. Tente usá-la em uma frase ao longo do dia. Seus amigos o agradecerão pela cultura. Só não vale usar a frase “você sabe o que é CANÍCULA?”.
Ah, e não deixe de compartilhar sua frase nos comentários.