T. K. Pereira é escritor de coração e analista de sistemas por necessidade. Sob o manto do Escriba Encapuzado, idealizou o projeto 7 coisas que aprendi, foi finalista do concurso literário Brasil em Prosa 2015, e publicou contos em antologias diversas. Vozes (2019) é seu primeiro livro de contos solo.
Na última segunda-feira, um dos maiores escritores brasileiros vivos completou 90 anos: Rubem Fonseca, autor de mais de vinte livros, celebrado por suas narrativas concisas e repletas de violência, erotismo e irreverência.
Para celebrar, a Amazon preparou uma oferta com vários eBooks do Rubão a preços bem camaradas. Como fã do cara, é claro que eu não podia deixar de listar pra você, leitor do Escriba Encapuzado, algumas dessas obras mais do que recomendadas.
Confira a seguir os livros do mestre Rubem Fonseca!
Contos de Rubem Fonseca
Romances de Rubem Fonseca
Para saber mais:
A putaria gourmetizada de Rubem Fonseca: episódio especial do podcast 30:MIN do site Homoliteratus.
Resenhas das Obras de Rubem Fonsceca: série de posts sobre os livros do Rubão pelo doidimais Tio Nitro, candidato ao recorde de leitor mais frenético do mundo!
Manual de entretenimento para fãs de Rubem Fonseca: um excelente post do Homoliteratus com referência de livros, quadrinhos, filmes, séries e músicas para entrar no clima das obras do Rubão.
Você sabia que, além do Dia do Trabalhador, celebra-se no dia 1º de Maio o Dia da Literatura Brasileira? A data foi escolhida em homenagem ao aniversário (1829) de José de Alencar, um dos expoentes do Romantismo Brasileiro – o escritor cearense foi o primeiro a retratar fielmente o Brasil, isto é, com seus personagens e costumes típicos.
Um grupo de autores brasileiros decidiu celebrar a data em grande estilo: nos dias 1, 2 e 3 de Maio, cerca de 40 livros digitais serão disponibilizados para download gratuito. Isso mesmo, são 40 eBooks grátis de fantasia, ficção científica e horror!
A escritora Lu Evans preparou uma lista completa organizada pelos dias em que os livros serão liberados – no dia 2 sai o livro da Lu, Zylgor: A Princesa das Águas. Para facilitar a vida dos leitores afoitos, o Escriba Encapuzado publica aqui as capas e os links diretos para as obras. De nada. 😉
Confira abaixo a lista com os 40 livros digitais!
1º de Maio – De graça na Amazon
1) A Guerra dos Criativos, de Alec Silva – Descubra os limites da imaginação (ou não).
2, 3) Jogo das Sombras 1 e 2, de Danilo Candido Ericeira – Pra que jogar War se você pode se arriscar com algo mais empolgante?
4) Artífices da Vontade, de Igor Feijó – Ajude a moldar a realidade e a redescobrir a magia. Observe sua sombra interior ou tudo o que você construiu poderá ruir.
5) Alvores – A Liga Dos Artesãos, de Lauro Kociuba – Se aventure nos subterrâneos de Curitiba junto com Tales e mestre Bro-Thum.
6) A Batalha dos Deuses (Os Filhos do Tempo – Livro 3), de Chaiene Santos – Dispute os Jogos Alienígenas na emocionante continuação da série Os Filhos do Tempo.
7, 8) Os Herdeiros dos Titãs: De Lutase Ideais eAntologia Dos Titãs, de Eric Musashi – Faça seu caminho de Jatitã à Catebete, em um mundo repleto de magia e segredos.
9) O Quarto Cavaleiro – A autobiografia de um psicopata inveterado, de Samuel Cardeal – Leonel não é um assassino comum, o que está por atrás da mente de um psicopata?
2º de Maio – De graça na Amazon
10) Zylgor: A Princesa das Águas, de Lu Evans – Viaje para um mundo distante conheça personagens apaixonantes.
11) Alma Menina, de Camila Silvestre – Um livro para quem tem coragem. Ou para quem precisa encontrá-la.
12, 13, 14) Contos de Fantasmas – O espectro no corredor e outras histórias, Camundo – A sombra de um crime e Camundo – Assassinato no Trianon, de Nanuka Andrade – Ajude Camundo, o pictomante, a desvendar crimes através de desenhos, ou se preferir, sinta aquele frio na barriga e dê uma espiada no além.
15, 16) O Segredo de Esplendora 1 e 2, de Tatiana Mareto – Se aventure pelo mundo de Esplendora.
17, 18) Luz e Escuridão – Escolhas e De que são feitos os sonhos?, de Larissa Redeker – Você que é fã de sci-fi, mate aquela saudade do Space Opera.
24, 25, 26) O Viajante e o Explorador, Morte no Camping e outros Contos que não são de mortee Morte em Dezembro, de Ivair Gomes – Viajar, no tempo ou no espaço, sempre tem consequências, nem todas são boas. E ainda mais quando existe um assassino Internacional e outros Contos de Morte.
3º de Maio – De graça na Amazon
27) Metamorfose – O Inimigo Nas Sombras (Rastro Psíquico – Livro I), de Baltazar de Andrade – Entre na conspiração paranormal e lute contra os Homens de Preto.
28) Horror em Gotas, de Karen Alvares – É um conselho constantemente repetido, mas não leia depois do escurecer. Eu ia dizer mais alguma coisa, mas o conselho de cima já resumiu tudo. Percam as esperanças, vós que entrais.
29) Os Leões de Aksum (Nefastos: Série Contos – Livro 1), de Rochett Tavares – Horror e mistério na África Oriental.
30) O Ouro de Khemenoshep (Abismo: Série Contos – Livro 1), de Rochett Tavares – Uma terrível maldição assombra um bando de foras da lei no oeste bravio.
32) Os Cavaleiros do Templo (Abismo: Série Contos – Livro 2), de Rochett Tavares – O mal à espreita nas ruínas de uma antiga fortaleza
33) O Pai das Lendas (Criaturas: Série Contos – Livro 1), de Rochett Tavares – A elegia do senhor dos vampiros no final dos tempos
34) Anakagawea, de Rochett Tavares – Quando a paixão se torna um desejo hediondo
35) Pelotão 356, de Rochett Tavares – Um conto sobre zumbis na 2ª Guerra Mundial.
36) Boas garotas vão para… (Tenebrosos: Série Contos – Livro 1), de Rochett Tavares – A mente surreal de uma adolescente psicótica.
37) A Mão do Destino (Tenebrosos: Série Contos – Livro 2),de Rochett Tavares – A tripulação de um galeão espanhol luta por suas almas contra um bucaneiro implacável.
38) A Legião do Sangue: (Tenebrosos: Série Contos – Livro 3), de Rochett Tavares – Um grupo de cavaleiros enfrenta um terrível e antigo mal na busca pelo cálice sagrado.
39) Eva Mecânica e Outras Histórias de Ginóides, de Daniel I. Dutra – Robôs podem ter sentimentos? Humanos têm sentimentos por robôs
40) Ethernia: Legend of Raython, Livro I, de Kamila Zöldyek -Você acredita em destino?
Mensagens Importantes dos Organizadores
Ajude a preservar as árvores, leia eBooks.
Os eBooks baixados na Amazon têm diversas vantagens, uma delas é a atualização de conteúdo. Diga não à pirataria.
Televisão prejudica o cérebro e ficar em frente ao computador faz mal pra vista.
Todos os vilões feridos para que os mocinhos pudessem viver foram devidamente tratados e hoje estão aposentados, usando chinelos de lã.
No ano passado, eu participei da Bienal do Livro de Minas. Uma das mais gratas surpresas do evento foi conhecer um promissor grupo de escritores: com o objetivo de divulgar suas obras – publicadas de forma independente ou por pequenas editoras –, eles se uniram para compor a Liga de Autores Mineiros.
Ainda não conhece? Então deixa eu te apresentar.
A Origem
Em julho de 2014, a Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte promoveu a Semana do Escritor: na agenda, constava o 1º Encontro de Jovens Autores e Blogueiros Literários, com a participação de Bernardo Sabino – sim, o filho do Fernando. Das 24 pessoas presentes, 14 se reuniram após o encontro e decidiram dividir um estande na iminente Bienal e promover seus livros; nascia a Liga de Autores Mineiros.
A maioria de seus membros reside em Belo Horizonte e região; como tantos outros escritores por aí, eles possuem outras profissões: há professores, atores, programadores, estudantes, servidores públicos. Diversidade é mesmo o ponto forte do grupo: seus trabalhos compreendem variados tipos de público (infantil, juvenil, adultos) e gêneros (fantasia, policiais, ficção científica).
Engana-se, porém, quem acha que o objetivo destes novos escritores é apenas vender livros: a Liga de Autores pretende promover encontros regulares para compartilhar experiências com seus leitores e, principalmente, colegas escritores e aspirantes.
E o primeiro já aconteceu.
Que mesa linda! Livros e brindes sorteados no 1º Encontro da Liga de Autores Mineiros.
O Primeiro Encontro
Foi no último sábado, dia 11, na Biblioteca Infantil e Juvenil de Belo Horizonte, berço oficial da Liga. Breve, mas instrutivo, o encontrou contou com uma apresentação sobre o processo de escrita e de publicação independente de um livro: Ana Faria, Ledinilson Moreira e Thais Lopes lançaram luz sobre muitas duvidas comuns aos escritores em início de carreira.
Ana é autora de Um Ano Bom (Ases da Literatura, 2014); autor de Portais (O Lutador, 2010), Ledinilson está com lançamento de dois novos livros marcados para o próximo dia 25; Thais é autora de O Ciclo da Morte (Senhor da Lenda, 2014) e Sentinela (Senhor da Lenda, 2015) – ela é a única da Liga que também trabalha como capista, diagramadora e revisora.
Ao fim do encontro, os autores sortearam alguns exemplares de seus livros, camisas e outros brindes. Foi ótimo rever estes e outros colegas – infelizmente, nem todos os autores puderam estar presentes – que fiz na Bienal.
Gostei de conhecer outros escritores, como Breno Himura (conhecer Stephen King em pessoa não é pra qualquer um!) e Betzaida Mata, que me presenteou com um exemplar de seu primeiro livro, O Fundo e a Luz (Kazuaá, 2015) (menção honrosa em prêmio literário também não é pra qualquer um!).
A Biblioteca Infantil e Juvenil de Belo Horizonte é um verdadeiro paraíso para o leitor nerd. O acervo de quadrinhos deles é um show à parte; encontrei pérolas da minha infância, como as revistas da Marvel em formatinho. Também topei com o trio Dragão (Brasil, Dourado e Magazine) e muitos livros de RPG (sim!). Recomendo demais a visita! Olha aí o endereço: Rua Carangola, 288, Santo Antônio.
Siga a Liga de Autores Mineiros
A Liga está planejando muitos outros encontros para compartilhar os vários aspectos da vida de escritor e da produção de um livro. A distribuição, por exemplo, é uma questão tão ampla que será abordada mais detalhadamente no futuro. Há também indícios de uma oficina sobre escrita criativa no horizonte.
Não quer marcar bobeira? Então siga a página da Liga de Autores Mineiros no Facebook e fique ligado nos próximos eventos. Visite também o site oficial da Liga para saber mais sobre os autores e seus trabalhos.
E que venham mais encontros e mais livros destes guerreiros sonhadores.
Da esquerda para a direita: Ledinilson Moreira, Ana Faria, Poliana Nogueira, Thais Lopes, Lavínia Rocha, Samuel Medina, Edna Barbosa e Ariálisson Fonseca.
Membro da Liga de Autores Mineiros, Samuel Medina está entre os escritores que contribuíram para a série “7 coisas que aprendi”. Quer saber mais? Confira aqui a experiência do grande Samuel.
Para saber mais:
Liga de Autores Mineiros: site oficial do grupo de novos escritores.
Todo leitor que se preze mantém algumas listas: livros lidos, desejados, relidos, emprestados – vai dizer que não? Há por aí diversas ferramentas que facilitam a vida do leitor sistemático, mas a melhor ainda são as redes sociais: a constante interação com amigos e seguidores que elas proporcionam torna possível desbravar um verdadeiro universo de obras e autores.
Por um bom tempo, as plataformas estrangeiras se destacaram como as mais completas da Internet. Mas isso está para mudar com a chegada da Orelha de Livro, a mais promissora rede social de leitores do Brasil!
Ainda não conhece? Então deixa eu te apresentar.
Uma rede verdadeira
Mais do que auxiliar na organização e controle de seus volumes, a Orelha de Livro te conecta pra valer a outros leitores. Como? Integrando seu cadastro na rede ao seu perfil do Facebook.
Já no primeiro acesso, a plataforma sincroniza com toda a sua lista de amigos, ou seja, de cara você já pode seguir quem estiver cadastrado na rede – e quem não estiver pode receber seu convite no clicar de um botão. Na Orelha de Livro também é possível listar dentre todas as suas conexões aquelas que tenham as mesmas afinidades literárias. Isso é interatividade!
Ambiente intuitivo e limpo
O visual da Orelha de Livro é caprichadíssimo, leve e amigável. Os recursos estão bem à vista e você não precisará empreender uma aventura para encontrá-los. Ao clicar em Leitores, você acessa sua lista de conexões (amigos, seguidores, afinidades). Em Autores, você pode buscar por seus escritores favoritos ou descobrir novos futuros ídolos literários.
Blogs é um portal para um universo de sites literários fora da rede; a Biblioteca, é claro, é onde você mantém sua lista de livros (leituras em espera, em andamento, concluídas e favoritas). O Feed é uma preciosidade que te permite visualizar, em tempo real, as interações dos membros da rede: resenhas sobre obras, novos livros cadastrados, novidades de blogs.
O feed ainda não permite acompanhar as atualizações separadamente, ou seja, ver resenhas ou livros adicionados, por exemplo. Mas nada tema: esta e outras melhorias já estão previstas em futuras atualizações da plataforma.
Esses recursos podem ser acessados também lá do canto superior direito, junto à miniatura de sua foto do perfil. Por ali ainda é possível contatar os desenvolvedores e configurar sua conta na rede social.
Só o essencial
Simplicidade e praticidade são os motes da Orelha de Livro. As configurações de sua conta na rede se limitam ao envio de alertas ao e-mail associado ao seu perfil no Facebook: você pode ser avisado sempre que algum amigo adicionar uma obra nova, que alguém passar a te seguir, que um livro de sua biblioteca for resenhado e coisas assim.
A outra única configuração necessária (ou não) é a habilitação da publicação automática no Facebook de todas as suas atividades na rede. E é isso. Tudo bem simples, essencial e objetivo. Precisa de mais?
Não é possível alterar o endereço para onde os alertas são enviados, mas quem sabe isso não muda logo? Os desenvolvedores estão sempre alertas – ok, trocadilho ruim; foi mal – às necessidades dos leitores da rede.
Livros, livros, livros…
A biblioteca é principal recurso da Orelha de Livro, é claro. Exceto, talvez, pelo feed¸ é aqui que você passará boa parte do tempo. A interface é enxuta e de bom gosto. Além de exibir sua foto de perfil, essa área te permite:
inserir uma frase personalizada de até 100 caracteres;
acessar a lista dos 100 livros mais populares da rede;
alterar a exibição de sua estante virtual;
adicionar livros em quatro listas: Quero ler, Estou Lendo, Já li, Favoritos.
Organizar suas listas é muito simples: basta clicar em “adicione” junto ao símbolo de adição (+) e uma tela menor se abrirá solicitando o nome do livro ou do autor que você procura; quando a obra desejada aparecer na lista, clique sobre a capa dela e, na tela seguinte, clique em “finalizar” – se já tiver lido o livro, classifique-o no tradicional sistema de 5 estrelas.
A rede é você!
O Orelha de Livro conta com um bom acervo de obras já cadastradas, mas quem torna a rede mais e mais completa são os leitores. Trabalhos menos divulgados – lembra-se daquele seu autor local favorito? – talvez precisem ser cadastrados. Felizmente, o cadastro de novos livros também não é nenhum mistério.
Se você não encontrou seu livro na lista por autor, a opção de cadastro está logo na base da tela menor, em “clique aqui”. Se buscou pelo nome do livro não cadastrado, a tela será um grande botão vermelho escrito “cadastre um livro”.
A tela de cadastro tem quatro campos – Título, Autor, ISNB (opcional) e Descrição (sinopse) – e um botão que permite adicionar uma capa do livro. Preenchido tudo, é só clicar em “adicionar” e você será redirecionado para a página do livro cadastrado. Simples não?
A rede somos nós!
A Orelha de Livro está só começando, mas já o faz arrasando, com um projeto gráfico, de usabilidade e de melhorias bem pensado. Esta aí uma rede social de leitores que não deixa nada a dever em relação à concorrência, quer estrangeira quer nacional.
É claro que eu não poderia ficar fora disso, certo? O Escriba Encapuzado já está lá na rede, embora não tão encapuzado assim; pouco a pouco atualizo a minha estante. Tá esperando o quê? Cadastre-se na Orelha de Livro e me siga por lá – aproveite e siga também o blog Escriba Encapuzado.
Seja apenas um leitor ou um leitor-escritor, você não pode ficar de fora da Orelha de Livro, a rede social de leitores mais promissora do Brasil.
Eis o texto vencedor do Concurso Cultural do Escriba Encapuzado:
“o mundo se chama enquanto houver centelha de vida” – Chris Herrmann
A Chris receberá um exemplar gratuito do livro O nome do mundo, da poetisa Adriane Garcia. Parabéns! 🙂
“O mundo é a minha representação”, escreveu Arthur Schopenhauer, renomado filósofo alemão do século XIX. O mundo não é apenas um, mas vários. Constituídos pela visão singular de cada indivíduo, esses mundos existem dentro de cada um de nós, ora comunicando-se com outros ora não – a exatidão de cada mundo pode ser algo incomunicável, verdadeira fonte de solidão.
Inspirada pelas palavras de Schopenhauer, Adriane Garcia traz sua visão de mundo no livro O nome do mundo, definido como um “magnífico retrato do ser” pelo escritor e crítico literário José Castello. A poetisa transmite esse mundo particular na esperança de aplacar sua própria solidão e a do leitor, ainda que com plena consciência de que isso talvez não ocorra de forma absoluta.
Este é o primeiro livro escrito por Adriane, que publicou também Fábulas para adulto perder o sono, vencedor do Prêmio Nacional de Literatura do Paraná, Helena Kolody, em 2013. O nome do mundo pode ser adquirido no site da editora Armazém da Cultura.
Ou você pode participar de nosso concurso cultural e ser premiado com um exemplar desta bela obra.
Cada cabeça é um mundo.
Conte em até 300 caracteres qual seria o nome do mundo, se você fosse nomeá-lo; você pode escrever uma só palavra, um poema, um microconto… o que vale é viajar pra dentro de si e desvendar o mundo que existe ali.
O prazo final para envio de depoimentos é até às 23h59 do dia 28 de março – o resultado será divulgado em até uma semana após o encerramento. O autor do depoimento vencedor receberá, gratuitamente, um exemplar do livro O nome do mundo. Confira abaixo algumas regrinhas simples e compartilhe seu mundo nos comentários ao final deste post.
ATENÇÃO: Todos os textos enviados permanecerão ocultos; apenas o texto vencedor será publicado. Os que desejarem podem solicitar a confirmação do recebimento no próprio comentário.
Mini Regulamento
Será aceito somente um depoimento por participante e este deve ser feito pelo sistema de comentários do site – textos publicados pelo Facebook NÃO serão considerados. O nome completo do participante e um e-mail de contato válido são obrigatórios. Atente para o limite de caracteres do concurso.
O vencedor será comunicado por e-mail e terá até uma semana para responder ao contato, sob risco de perder seu direito ao prêmio. A mensagem será enviada para o e-mail informado no comentário. Não havendo problemas, o resultado será também divulgado aqui neste post.
Atente para o e-mail informado no comentário. Caso o comunicado enviado ao vencedor retorne ao remetente, não o enviaremos novamente.
Sua participação no concurso implica aceitação nos requisitos do regulamento. O Escriba Encapuzado reserva-se ao direito de modificar o regulamento, sem aviso prévio, caso ocorra qualquer situação que impeça e/ou prejudique a ação deste concurso.
(ou “De como Kazuo Ishiguro escreveu um romance premiado em 4 semanas”)
Kazuo Ishiguro: sorriso de Mona Lisa
Escrever é um desafio. Do iniciante ao profissional, não há escritor que discorde. É claro que nem todos admitirão em voz alta, sabe-se lá por quê. Já os que o fazem, ah, abençoados sejam por sua humanidade!
Em artigo publicado no The Guardian e traduzido pela Companhia das Letras, o escritor nipo-britânico Kazuo Ishiguro conta como escreveu o premiado romance Os Resíduos do Dia em 4 semanas. Dá vontade de chorar, não? Calma lá, que a coisa não é tão simples quanto parece.
O segredo
Pra começar, Ishiguro largou um emprego regular para se dedicar à carreira. Isso ocorreu no ano em que foi publicada Uma pálida visão dos montes, sua primeira obra – e é bem provável que o sucesso do livro tenha influenciado na decisão do autor. Assim fica fácil, certo? Nem tanto.
Nos anos seguintes, Kazuo estabeleceu, em suas palavras, “um ritmo razoável de produção”. Não bom, não ideal, razoável. Ainda assim, isso bastou para garantir a conclusão do segundo livro, Um artista do mundo flutuante. O sucesso de público, porém, trouxe a ruína da rotina: agora era preciso gerenciar rumos para a carreira, convites para jantares, palestras, viagens.
Foi nesse contexto que Kazuo começou a escrever Os Resíduos do Dia. Quase um ano depois, porém, tudo o que havia do novo livro era o primeiro capítulo… e nada mais. Percebendo que era preciso se livrar das novas distrações – que escritor não gostaria de lidar com elas, hein? –, Kazuo se dedicou apenas à escrita do romance por 4 semanas.
Romances de Kazuo Ishiguro em Português
O confronto
Nada de agenda, de visitas, de cartas nem telefonemas, nada de trabalhos domésticos. Por 4 semanas. Das nove da manhã às dez e meia da noite, de segunda a sábado, com uma hora pra almoço e duas pra o jantar, Kazuo se isolou em seu estúdio com seus mapas e notas. A esposa garantia que ninguém o incomodasse.
Ishiguro e seu romance premiado, 1989.
Ao término do prazo, o livro estava pronto. Não parece lá tão difícil, hein? Segura o reggae! O texto daqueles dias não era o mesmo que foi premiado com o Booker Prize em 1989. O próprio Kazuo confessou que aquela primeira versão estava repleta de inconsistências, diálogos falhos, cenas desnecessárias. Contudo, a essência da história e toda a criatividade do autor estavam ali.
Todo o esforço de pesquisa já tinha sido despendido quando o autor se lançou ao “confronto” de 4 semanas, é claro. Ishiguro tinha claro em sua mente os conhecimentos necessários sobre a ambientação, personagens, enfim, sobre a história que queria contar. Algumas influências indiretas, frutos de vivências e não de qualquer pesquisa, também surgiram no caminho, o que é interessante.
O desafio
Identifiquei-me com todo o relato de Kazuo, já que seu processo não foi diferente do que eu mesmo empreguei durante minha participação no NaNoWriMo, o evento internacional que te desafia a escrever um livro em 30 dias – e eis aí outro bom argumento contra os detratores.
Não quebre a corrente: escreva todos os dias!
Assim, qual é a principal lição que Ishiguro nos passa? Escreva. Escreva todos os dias, mesmo que um pouco, mesmo sem inspiração, mesmo quando tudo está horrível. É muito mais fácil trabalhar um livro que existe em uma versão ruim, defeituosa, mas que está ali, concreto, te desafiando, do que um livro que existe apenas em sua cabeça.
O contrário não é impossível, não é o que estou dizendo, mas, ao menos pra mim, é muito mais complicado trabalhar dessa maneira. Abençoado seja Ishiguro por sua humanidade!
Você conseguiria escrever um livro em 4 semanas? Dê sua opinião nos comentários.
Para saber mais:
Como escrevi Os Resíduos do Dia em quatro semanas: tradução do artigo de Kazuo Ishiguro publicado no blog da Companhia das Letras.
Calendário do Escritor: gostou do calendário na imagem? Pois você pode baixar um igualzinho (e de graça!) no Ficção em Tópicos, site do parceiro Diego Schutt. Tá esperando o quê?
Enfim você concluiu o livro no qual trabalhou por muito, muito tempo? Parabéns, você está começando a se destacar entre inúmeros aspirantes a escritor – incluindo este aqui. Brinde à vitória com seus amigos e desfrute de um merecido descanso. Logo mais você enfrentará um novo desafio: a publicação.
Faça uma busca no Google e você encontrará milhares de dicas de como publicar um livro. Algumas são bastante úteis, outras nem tanto; fiz (e continuo fazendo) minha própria seleção – afinal, um dia (muito breve, espero) eu concluirei meu livro.
Recentemente, um leitor e querido amigo me escreveu em busca de conselhos; dividi minhas dicas com ele e, agora, divido-as aqui com você. Quem sabe elas também te possam ser úteis?
Mas antes: você tem certeza absoluta de que o livro está pronto? Eu recomendaria a seleção ou contratação de alguns leitores críticos (família e amigos próximos não valem) e uma ampla revisão do texto, pelo menos. Só quando tiver certeza de que tem a versão final e “aprovada” do livro você deve pensar em publicar. É importantíssimo também que você faça o registro na Biblioteca Nacional para garantir seus direitos autorais sobre a obra.
Confira agora algumas formas de publicar seu livro.
Publicação Tradicional
O sonho de todo escritor. Vai dizer que não?
Se você escolher a publicação tradicional, saiba que há muitas editoras por aí que não passam de gráficas disfarçadas. Algumas pedem que você pague apenas parte do custo de publicação, mas mesmo assim pode ser furada. Eu não aconselho pagar para ser publicado.
As razões são várias, mas a principal é que, depois de impressa a tiragem, essas “editoras” não costumam investir na divulgação, distribuição, deixando esse esforço todo para o autor – sim, você teria, por exemplo, que negociar a venda de sua obra em livrarias. É um consenso na Internet de que editoras sérias NÃO exigem que o autor arque com os custos do livro.
Por outro lado, as editoras sérias costumam levar um bom tempo para avaliar originais e não dão muito espaço a iniciantes. E aqui vai uma dica importante: é preciso escolher a editora de acordo com o gênero do livro (fantasia, terror, mainstream); não adianta nada mandar ficção científica para uma editora que só publica autoajuda, por exemplo.
Publicação (Eletrônica) Independente
A autopublicação em eBook é uma alternativa; entre os serviços gratuitos que a possibilitam estão Amazon KDP, Publique-se, Bookess – a Bookess oferece ainda a impressão sob demanda, serviço interessante caso você prefira publicar livros físicos. É preciso estar atento aos contratos, pois algumas destas editoras online impõem restrições ao autor, como exclusividade ou redução da margem de lucros.
Livro ou eBook? A escolha é sua!
Você deve tentar publicar em tantas plataformas quanto for possível; também deve cuidar para estrear com um preço razoável, afinal, você ainda é um autor desconhecido. Ainda será preciso investir na divulgação (Facebook, GoogleAds, mídia impressa, etc.), mas estes gastos estarão sobre seu controle.
Períodos de promoção ou até de distribuição gratuita (algumas horas, um dia, etc.) são mais que recomendados. Sem sombra de dúvida, você deve, pelo menos, disponibilizar o primeiro capítulo ou trechos do livro. Outra boa forma de se divulgar é firmar parcerias com blogueiros literários sérios, com muitos seguidores, negociando (sem pagar!) uma resenha ou sorteio da obra.
Em que o autor independente deve investir? Se você optar por esta modalidade de publicação, é importante reservar verba para, pelo menos: uma avaliação crítica do original; um revisor; um diagramador; um capista; publicidade. Lembrando que a autopublicação em formato físico requer ainda gastos com impressão, distribuição, armazenamento.
Financiamento Coletivo
“Quero autografo, dedicatória e brindes, hein?!”
Esta é uma modalidade mais recente na Internet. Muitos autores têm conseguido angariar fundos dessa forma, mas, de novo, todo o esforço fica por parte do autor: a impressão, a divulgação, a distribuição, etc. O Catarse é uma das principais ferramentas dos escritores que fogem das editoras, mas há também aquelas especializadas na publicação de livros, como a Bookstart e a Bookstorming.
Uma questão importante: para um financiamento ser bem sucedido, é preciso inovar nas recompensas dadas aos investidores; só garantir uma cópia do livro me parece pouco; o ideal seria providenciar uns badulaques, como nome nos agradecimentos, marcadores de páginas, pôsteres, camisas, bonés, canecas, quebra-cabeças, chaveiros, conto onde o financiador seja um personagem, coisas assim.
Concursos Literários
Concursos e editais literários são sempre uma opção para quem escreve romances e contos. Três grandes aqui em Minas são o Prêmio Governo de Minas Gerais de Literatura, Prêmio Cidade de Belo Horizonte e o Concurso Nacional de Literatura / Prêmio João de Barro. Há também o Prêmio Sesc de Literatura, muito reconhecido e uma excelente oportunidade para iniciantes. Os vencedores destes concursos sempre contam com o amparo dos patrocinadores e editoras que os promovem – claro, as premiações em dinheiro também são muito bem vindas.
O prazo para participar do Prêmio Sesc de Literatura 2015 está acabando. As inscrições se encerram na próxima semana, no dia 01 de março. Fica a dica. 😉
Alexandre M. Rodrigues e Débora Ferraz: vencedores do Prêmio Sesc de Literatura.
E se você não quiser nada disso?
Estas são formas mais comuns de se publicar um livro hoje em dia, mas não são as únicas, é claro. Eu ficarei muito feliz se você compartilhar outras alternativas por aqui. Mais abaixo montei uma lista de sites úteis que conheço. Pretendo expandi-la e mantê-la atualizada sempre que possível e convido você a me ajudar nesta tarefa. Deixe suas indicações e dicas nos comentários abaixo. Vamos discorrer sobre as inúmeras estradas que levam ao paraíso (?) da publicação.
Então, como você pretende publicar seu livro?
Para saber mais:
EDITORAS E CONCURSOS LITERÁRIOS
Mesa do Editor: site que facilita a interação entre editoras, autores e agentes literários.