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Como Escrever com Sucesso: em 10 minutos, por Stephen King – Parte 1

Stephen KingStephen King, Mestre do Terror e do Suspense, autor de mais de 50 romances, centenas de contos, uma porção de novelas, poemas, ensaios e livros de não ficção. Imagine o quanto um escritor iniciante pode aprender com uma fera dessas.

Agora pare de imaginar, corra até a livraria mais próxima e garanta seu exemplar de Sobre a Escrita – A Arte em Memória, livro que é tanto uma autobiografia de King quanto um manual de conselhos para quem quer escrever.

Para celebrar o lançamento (com 15 anos de atraso) do livro no Brasil , o Escriba Encapuzado publica um valioso ensaio escrito pelo próprio Mestre em 1986 para as páginas da revista The Writer.

Para facilitar a leitura, o texto foi dividido em duas partes: na primeira, o escritor revela como descobriu sua vocação para a escrita; na segunda, a qual será publicada amanhã, ele lista 12 conselhos que te ajudarão a ser um escritor de sucesso.

Confira a seguir a primeira parte do ensaio.

Tudo o que você precisa saber sobre escrever com sucesso: em dez minutos (Parte 1)
por Stephen King
I. A Primeira Introdução

É ISSO AÍ. Sei que até parece um anuncio de uma vil escola de escritores, mas eu vou mesmo contar tudo o que é preciso para que você busque uma carreira de sucesso e financeiramente gratificante escrevendo ficção, e vou mesmo fazê-lo em dez minutos, exatamente o tempo que levei para aprender. Na verdade, você levará cerca de vinte minutos para ler este ensaio, mas só porque preciso te contar uma história, e depois preciso escrever uma segunda introdução. Mas esse tempo não deve ser contabilizado nos tais dez minutos.

II. A História, ou, Como Stephen King Aprendeu a Escrever

Quando eu estava no colegial, fiz o que é esperado de colegiais arteiros: meti-me numa típica enrascada colegial. Eu escrevi e publiquei um jornalzinho satírico chamado O Vômito da Aldeia. Num artiguinho, satirizei alguns professores do Colégio Lisbon (no Maine), onde eu estudava. Não foram sátiras muito gentis; elas variavam do escatológico à crueldade pura.

Stephen KingEventualmente, uma cópia do jornalzinho chegou às mãos de um membro do corpo docente, e como eu havia sido imprudente o suficiente para colocar o meu nome ali (erro do qual ainda não me recuperei completamente, afirmam alguns críticos), eu fui levado à secretaria. Àquela altura, o zombador sofisticado já tinha voltado a ser o que era: um moleque de quatorze anos que tremia nas botas e imaginava se levaria uma suspensão… que nós chamávamos de “férias de três dias” nos indistintos idos de 1964.

Eu não fui suspenso. Fui forçado a pedir algumas desculpas – todas devidas, mas ainda assim eram como cocô de cachorro em minha boca – e a passar uma semana na sala de detenção. E o orientador providenciou o que, sem dúvida, ele pensou ser um canal mais construtivo para meus talentos.

Tratava-se de um emprego – condicionado à aprovação do editor – escrevendo sobre esportes para o Lisbon Enterprise, um desses semanários de doze páginas com os quais qualquer morador de cidade pequena estará familiarizado. O tal editor foi o homem que me ensinou, em dez minutos, tudo o que sei sobre escrever. O nome dele era John Gould – não o famoso humorista da Nova Inglaterra nem o romancista que escreveu The Greenleaf Fires, mas um aparentado de ambos, eu creio.

Ele me contou que necessitava de um escritor de esportes e que nós poderíamos “testar um ao outro”, se eu quisesse.

Eu contei a ele que sabia mais sobre álgebra avançada do que sobre esportes.

Gould assentiu e disse, “Você aprenderá”.

Eu disse que pelo menos tentaria aprender. Gould me deu um imenso rolo de papel amarelo e prometeu um ordenado de meio centavo por palavra. As duas primeiras peças que escrevi tratavam de uma partida de basquete colegial no qual um membro da equipe da minha escola quebrou o recorde de pontuação do Colégio Lisbon. Uma dessas peças era pura reportagem. A segunda era um artigo.

Lisbon High School

Eu levei ambas para Gould no dia seguinte ao jogo para que ele pudesse colocá-las no jornal, o qual saia às sextas-feiras. Ele leu a peça objetiva, fez duas pequenas correções, e meteu nela uma tachinha. Então ele partiu para o artigo com uma grande caneta preta e me ensinou tudo o que eu necessitava saber sobre meu oficio. Quisera eu ter ainda a tal peça – ela merece ser emoldurada, mesmo com as correções editoriais –, mas consigo recordar muito bem como ela ficou depois que Gould terminou.

Eis um exemplo:

(após as marcas editoriais indicadas na cópia original de King)

Na noite passada, no popular ginásio do Colégio Lisbon, partidários e fãs de Jay Hills foram surpreendidos por um desempenho atlético sem precedentes na historia da escola: Bob Ransom, também conhecido por Bob “Bala” tanto por seu tamanho quanto por sua precisão, marcou trinta e sete pontos. Ele pontuou com elegância e velocidade… e também com uma estranha cortesia, cometendo só duas faltas em sua busca cavaleirosa por um recorde que escapava aos atletas de Lisbon desde 1953…

Quando Gould terminou de rasurar minha cópia como indicado acima, ele olhou para cima e deve ter visto algo em meu rosto. Creio que ele pensou ser horror, mas não era: era revelação.

“Eu só removi os trechos ruins, sabe”, ele disse, “A maior parte está muito boa”.

“Eu sei”, eu disse, concordando com as duas coisas: sim, a maior parte daquilo era boa, e sim, ele apenas havia removido as partes ruins. “Não farei de novo”.

“Se isso for verdade,” ele disse, “você nunca precisará trabalhar de novo. Você pode viver disso.” Então ele jogou a cabeça pra trás e gargalhou.

E ele estava certo; estou vivendo disso, e enquanto continuar vivendo, eu espero nunca ter que trabalhar de novo.

III. A Segunda Introdução

Stephen KingTudo o que se segue já foi dito antes. Se você se interessa o bastante por escrita para ser um comprador desta revista*, você já terá escutado ou lido (quase) tudo isso antes. Milhares de cursos de escrita são ministrados pelos Estados Unidos todos os anos; seminários são constituídos; conferencistas convidados falam, respondem perguntas, bebem o tanto de gin e tônica que suas diárias permitem, e tudo se resume ao que se segue.

Eu vou te contar essas coisas de novo porque as pessoas normalmente só escutam – escutam de verdade – alguém que ganha muito dinheiro fazendo a coisa da qual ele está falando. É triste, mas é verdade. E te contei a história acima não para soar como um personagem saído de um romance de Horatio Alger, mas para estabelecer um argumento: vi, escutei, e aprendi.

Até aquele dia no pequeno gabinete de John Gould, eu escrevia primeiras versões de histórias que ultrapassariam 2.500 palavras. As segundas versões chegariam às 3.300 palavras. Depois daquele dia, as primeiras versões de 2.500 palavras se transformaram em segundas versões de 2.200 palavras. E dois anos mais tarde, eu vendi meu primeiro livro.

Amanhã: a segunda parte com 12 dicas de Stephen King para ser um escritor de sucesso.

Para saber mais:

  1. Livro de Stephen King com conselhos para escritores iniciantes sai no Brasil: saiba mais sobre o livro nesta matéria da Folha de São Paulo.
  2. Relembre 20 filmes inspirados nos livros de Stephen King: você pode até não conhecer o Mestre do Terror e do Suspense, mas com certeza já deve ter topado com algum trabalho dele. Confira essa lista na Super Interessante.
  3. A Vida e a Obra de Stephen King – Parte1 e Parte 2: a galera do podcast Ghost Writer dedicou dois episódios ao mestre. Confira.
  4. King of Maine: um dos mais completos sites em português sobre Stephen King.
  5. StephenKing.com.br: um concorrente de peso para o King of Maine.

O desafio de escrever diariamente

(ou “De como Kazuo Ishiguro escreveu um romance premiado em 4 semanas”)
Escritor Kazuo Ishiguro

Kazuo Ishiguro: sorriso de Mona Lisa

Escrever é um desafio. Do iniciante ao profissional, não há escritor que discorde. É claro que nem todos admitirão em voz alta, sabe-se lá por quê. Já os que o fazem, ah, abençoados sejam por sua humanidade!

Em artigo publicado no The Guardian e traduzido pela Companhia das Letras, o escritor nipo-britânico Kazuo Ishiguro conta como escreveu o premiado romance Os Resíduos do Dia em 4 semanas. Dá vontade de chorar, não? Calma lá, que a coisa não é tão simples quanto parece.

O segredo

Pra começar, Ishiguro largou um emprego regular para se dedicar à carreira. Isso ocorreu no ano em que foi publicada Uma pálida visão dos montes, sua primeira obra – e é bem provável que o sucesso do livro tenha influenciado na decisão do autor. Assim fica fácil, certo? Nem tanto.

Nos anos seguintes, Kazuo estabeleceu, em suas palavras, “um ritmo razoável de produção”. Não bom, não ideal, razoável. Ainda assim, isso bastou para garantir a conclusão do segundo livro, Um artista do mundo flutuante. O sucesso de público, porém, trouxe a ruína da rotina: agora era preciso gerenciar rumos para a carreira, convites para jantares, palestras, viagens.

Foi nesse contexto que Kazuo começou a escrever Os Resíduos do Dia. Quase um ano depois, porém, tudo o que havia do novo livro era o primeiro capítulo… e nada mais. Percebendo que era preciso se livrar das novas distrações – que escritor não gostaria de lidar com elas, hein? –, Kazuo se dedicou apenas à escrita do romance por 4 semanas.

Livros de Kazuo Ishiguro

Romances de Kazuo Ishiguro em Português

O confronto

Nada de agenda, de visitas, de cartas nem telefonemas, nada de trabalhos domésticos. Por 4 semanas. Das nove da manhã às dez e meia da noite, de segunda a sábado, com uma hora pra almoço e duas pra o jantar, Kazuo se isolou em seu estúdio com seus mapas e notas. A esposa garantia que ninguém o incomodasse.

Kazuo Ishiguro, 1989

Ishiguro e seu romance premiado, 1989.

Ao término do prazo, o livro estava pronto. Não parece lá tão difícil, hein? Segura o reggae! O texto daqueles dias não era o mesmo que foi premiado com o Booker Prize em 1989. O próprio Kazuo confessou que aquela primeira versão estava repleta de inconsistências, diálogos falhos, cenas desnecessárias. Contudo, a essência da história e toda a criatividade do autor estavam ali.

Todo o esforço de pesquisa já tinha sido despendido quando o autor se lançou ao “confronto” de 4 semanas, é claro. Ishiguro tinha claro em sua mente os conhecimentos necessários sobre a ambientação, personagens, enfim, sobre a história que queria contar. Algumas influências indiretas, frutos de vivências e não de qualquer pesquisa, também surgiram no caminho, o que é interessante.

O desafio

Identifiquei-me com todo o relato de Kazuo, já que seu processo não foi diferente do que eu mesmo empreguei durante minha participação no NaNoWriMo, o evento internacional que te desafia a escrever um livro em 30 dias – e eis aí outro bom argumento contra os detratores.

Calendário do Escritor, por Diego Schutt

Não quebre a corrente: escreva todos os dias!

Assim, qual é a principal lição que Ishiguro nos passa? Escreva. Escreva todos os dias, mesmo que um pouco, mesmo sem inspiração, mesmo quando tudo está horrível. É muito mais fácil trabalhar um livro que existe em uma versão ruim, defeituosa, mas que está ali, concreto, te desafiando, do que um livro que existe apenas em sua cabeça.

O contrário não é impossível, não é o que estou dizendo, mas, ao menos pra mim, é muito mais complicado trabalhar dessa maneira. Abençoado seja Ishiguro por sua humanidade!

Você conseguiria escrever um livro em 4 semanas? Dê sua opinião nos comentários.

Para saber mais:

  1. Como escrevi Os Resíduos do Dia em quatro semanas: tradução do artigo de Kazuo Ishiguro publicado no blog da Companhia das Letras.
  2. Calendário do Escritor: gostou do calendário na imagem? Pois você pode baixar um igualzinho (e de graça!) no Ficção em Tópicos, site do parceiro Diego Schutt. Tá esperando o quê?

Especial NaNoWriMo:

  1. 30 dias para escrever um livro – saiba mais sobre o evento no primeiro artigo da série sobre o evento.
  2. As críticas e o valor do desafio – saiba porque o evento é visto com desconfiança por escritores e demais profissionais do mercado editorial.
  3. Como escrevi um livro em 30 dias – onde detalho minha participação no evento em 2012.
  4. Diário de escrita – onde falo sobre valor de se manter um diário e compartilho o meu próprio.
  5. Guia de sobrevivência – dicas para aqueles que ousarem aceitar o desafio!
  6. National Novel Writing Month: página oficial do evento (em inglês).

4 modelos de publicação para seu livro

Livro Concluído

“Tá pronto, pode publicar!”

Enfim você concluiu o livro no qual trabalhou por muito, muito tempo? Parabéns, você está começando a se destacar entre inúmeros aspirantes a escritor – incluindo este aqui. Brinde à vitória com seus amigos e desfrute de um merecido descanso. Logo mais você enfrentará um novo desafio: a publicação.

Faça uma busca no Google e você encontrará milhares de dicas de como publicar um livro. Algumas são bastante úteis, outras nem tanto; fiz (e continuo fazendo) minha própria seleção – afinal, um dia (muito breve, espero) eu concluirei meu livro.

Recentemente, um leitor e querido amigo me escreveu em busca de conselhos; dividi minhas dicas com ele e, agora, divido-as aqui com você. Quem sabe elas também te possam ser úteis?

Mas antes: você tem certeza absoluta de que o livro está pronto? Eu recomendaria a seleção ou contratação de alguns leitores críticos (família e amigos próximos não valem) e uma ampla revisão do texto, pelo menos. Só quando tiver certeza de que tem a versão final e “aprovada” do livro você deve pensar em publicar. É importantíssimo também que você faça o registro na Biblioteca Nacional para garantir seus direitos autorais sobre a obra.

Confira agora algumas formas de publicar seu livro.

Publicação Tradicional
Livros

O sonho de todo escritor. Vai dizer que não?

Se você escolher a publicação tradicional, saiba que há muitas editoras por aí que não passam de gráficas disfarçadas. Algumas pedem que você pague apenas parte do custo de publicação, mas mesmo assim pode ser furada. Eu não aconselho pagar para ser publicado.

As razões são várias, mas a principal é que, depois de impressa a tiragem, essas “editoras” não costumam investir na divulgação, distribuição, deixando esse esforço todo para o autor – sim, você teria, por exemplo, que negociar a venda de sua obra em livrarias. É um consenso na Internet de que editoras sérias NÃO exigem que o autor arque com os custos do livro.

Por outro lado, as editoras sérias costumam levar um bom tempo para avaliar originais e não dão muito espaço a iniciantes. E aqui vai uma dica importante: é preciso escolher a editora de acordo com o gênero do livro (fantasia, terror, mainstream); não adianta nada mandar ficção científica para uma editora que só publica autoajuda, por exemplo.

Publicação (Eletrônica) Independente

A autopublicação em eBook é uma alternativa; entre os serviços gratuitos que a possibilitam estão Amazon KDP, Publique-se, Bookess – a Bookess oferece ainda a impressão sob demanda, serviço interessante caso você prefira publicar livros físicos. É preciso estar atento aos contratos, pois algumas destas editoras online impõem restrições ao autor, como exclusividade ou redução da margem de lucros.

Livro e Kindle

Livro ou eBook? A escolha é sua!

Você deve tentar publicar em tantas plataformas quanto for possível; também deve cuidar para estrear com um preço razoável, afinal, você ainda é um autor desconhecido. Ainda será preciso investir na divulgação (Facebook, GoogleAds, mídia impressa, etc.), mas estes gastos estarão sobre seu controle.

Períodos de promoção ou até de distribuição gratuita (algumas horas, um dia, etc.) são mais que recomendados. Sem sombra de dúvida, você deve, pelo menos, disponibilizar o primeiro capítulo ou trechos do livro. Outra boa forma de se divulgar é firmar parcerias com blogueiros literários sérios, com muitos seguidores, negociando (sem pagar!) uma resenha ou sorteio da obra.

Em que o autor independente deve investir? Se você optar por esta modalidade de publicação, é importante reservar verba para, pelo menos: uma avaliação crítica do original; um revisor; um diagramador; um capista; publicidade. Lembrando que a autopublicação em formato físico requer ainda gastos com impressão, distribuição, armazenamento.

Financiamento Coletivo
Escritora Paga

“Quero autografo, dedicatória e brindes, hein?!”

Esta é uma modalidade mais recente na Internet. Muitos autores têm conseguido angariar fundos dessa forma, mas, de novo, todo o esforço fica por parte do autor: a impressão, a divulgação, a distribuição, etc. O Catarse é uma das principais ferramentas dos escritores que fogem das editoras, mas há também aquelas especializadas na publicação de livros, como a Bookstart e a Bookstorming.

Uma questão importante: para um financiamento ser bem sucedido, é preciso inovar nas recompensas dadas aos investidores; só garantir uma cópia do livro me parece pouco; o ideal seria providenciar uns badulaques, como nome nos agradecimentos, marcadores de páginas, pôsteres, camisas, bonés, canecas, quebra-cabeças, chaveiros, conto onde o financiador seja um personagem, coisas assim.

Concursos Literários

Concursos e editais literários são sempre uma opção para quem escreve romances e contos. Três grandes aqui em Minas são o Prêmio Governo de Minas Gerais de Literatura, Prêmio Cidade de Belo Horizonte e o Concurso Nacional de Literatura / Prêmio João de Barro. Há também o Prêmio Sesc de Literatura, muito reconhecido e uma excelente oportunidade para iniciantes. Os vencedores destes concursos sempre contam com o amparo dos patrocinadores e editoras que os promovem – claro, as premiações em dinheiro também são muito bem vindas.

O prazo para participar do Prêmio Sesc de Literatura 2015 está acabando. As inscrições se encerram na próxima semana, no dia 01 de março. Fica a dica. 😉

Prêmio Sesc de Literatura 2014

Alexandre M. Rodrigues e Débora Ferraz: vencedores do Prêmio Sesc de Literatura.

E se você não quiser nada disso?

Estas são formas mais comuns de se publicar um livro hoje em dia, mas não são as únicas, é claro. Eu ficarei muito feliz se você compartilhar outras alternativas por aqui. Mais abaixo montei uma lista de sites úteis que conheço. Pretendo expandi-la e mantê-la atualizada sempre que possível e convido você a me ajudar nesta tarefa. Deixe suas indicações e dicas nos comentários abaixo. Vamos discorrer sobre as inúmeras estradas que levam ao paraíso (?) da publicação.

Então, como você pretende publicar seu livro?

Para saber mais:

EDITORAS E CONCURSOS LITERÁRIOS

  1. Mesa do Editor: site que facilita a interação entre editoras, autores e agentes literários.
  2. Concursos Literários: vários concursos onde o autor pode inscrever seu livro.
  3. Prêmio Sesc de Literatura: um dos concursos literários mais tradicionais do país.

AUTOPUBLICAÇÃO

  1. Publiki: um portal recente com dicas de autopublicação; tem boas dicas.
  2. Amazon KDP: plataforma de publicação da Amazon.
  3.  Publique-se: portal de autopublicação da Saraiva.
  4. Bookess: publicação onLine

FINANCIAMENTO COLETIVO

  1. Financiamento Coletivo Literário: dicas da escritora Ronize Aline sobre essa modalidade de produção.
  2. Catarse: uma das mais famosas plataformas de financiamento coletivo.
  3. Bookstorming: plataforma de financiamento coletivo literário.
  4. Bookstart: outra plataforma de financiamento coletivo.

PROFISSIONAIS DO MERCADO EDITORIAL

  1. Kyanja Lee: profissional que oferece aconselhamento editorial, entre outros serviços. Muito bem recomendada.
  2. James McSill: coach literário reconhecido internacionalmente.

SITES FUNDAMENTAIS

  1. Biblioteca Nacional: saiba como garantir os direitos autorais sobre sua obra.

Como Terminar o Que Você Começa – Um Plano de 5 Passos para Escritores

Write to Done

Write to Done
é uma fonte valiosa de informações para romancistas, blogueiros, publicitários e autores de não ficção. Editado por Mary Jaksch, autora de obra traduzida em 7 idiomas, este site parceiro disponibiliza o eBook gratuito The (nearly) Ultimate Guide to Better Writing e inúmeras dicas que serão compartilhadas aqui em traduções regulares.

O texto de hoje é de Ali Luke, escritora e orientadora literária. Confira o artigo no idioma original no Write to Done.

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3 hábitos que separam bons escritores de presunçosos trágicos

Write to Done

Write to Done é uma fonte valiosa de informações para romancistas, blogueiros, publicitários e autores de não ficção. Editado por Mary Jaksch, autora de obra traduzida em 7 idiomas, este site parceiro disponibiliza o eBook gratuitoThe (nearly) Ultimate Guide to Better Writing e inúmeras dicas que serão compartilhadas aqui em traduções regulares.

O texto de hoje foi escrito por Glen Long, instrutor de escrita criativa. Confira o artigo no idioma original no Write to Done.

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10 artigos mais lidos do Escriba Encapuzado em 2014

TOP 10 Posts do Escriba Encapuzado - 2014Talvez o leitor não se lembre, mas 2014 começou para mim com um pedido de desculpas: comprometido com a conclusão do meu livro de contos, eu temia não conseguir atualizar o Escriba Encapuzado regularmente.

Felizmente, meus temores foram em vão. 2014 foi um ano frenético de escrita por aqui, com artigos bastante populares. Quatro deles se sobressaíram, atraindo muitos novos leitores – a propósito, sejam bem-vindos. Textos mais antigos foram redescobertos e compartilhados nas redes sociais.

Começo este ano de 2015 agradecendo a você, leitor, pela confiança. É você quem faz tudo isso fazer a pena!

Confira a seguir os 10 posts mais lidos do Escriba Encapuzado em 2014.

10 – 5 fatos sobre escrever primeiras versões (leia)

De repente você tem uma ideia na cabeça. Não importa se ela surgiu num lampejo de inspiração ou foi amadurecendo com o tempo, você chegou a um ponto em que não aguenta mais: ou descarrega a ideia no papel ou enlouquece. Mas entre a ideia e o texto final há um longo caminho que começa pelo rascunho. Identifique alguns problemas dessa fase para não tropeçar ainda nos primeiros passos.

Rascunhos

9 – Livros que ensinam a escrever (leia)

Eu sou um fanático por livros sobre escrita e escritores. É comum eu topar com volumes sobre motivação, inspiração, ato e desejo de escrever. Obras técnicas em português são mais raras, mas não impossíveis de encontrar – tem havido um lento, mas crescente interesse neste tipo de publicação pelas editoras nacionais. Confira minhas 5 indicações e outras tantas deixadas nos comentários.

Livros sobre escrita

8 – Metodologia 5+10 (leia)

Este foi um dos primeiros artigos publicados quando resolvi levar a sério essa história de ser escritor. Na época, eu pesquisei bastante sobre o assunto e topei com um artigo do jornal Guardian com conselhos de autores renomados. Daquela imensa lista, eu selecionei 86 tópicos, depois os filtrei e montei uma cartilha com 15 dicas para escritores iniciantes perdidos.  Se este é o seu caso, confira agora mesmo!

Criança Escrevendo

7 – Resenha: O Caçador de Androides (leia)

Li muitos livros em 2014, mas não escrevi sobre nenhum. Foi um opção pessoal. Resenhar consome muito tempo – sou meticuloso; penso e repenso todo texto que leio. Além disso, o Escriba Encapuzado não é um blog literário e sim um espaço sobre a escrita. Mas confesso que fiquei surpreso ao ver este post entre os mais lidos do ano. Será que lançaram um nova edição do livro ou do filme Blade Runner?

Cena do Filme "Blade Runner - O Caçador de Androides"

6 – 7 coisas que aprendi: 58 escritores compartilham experiências em eBook com textos inéditos (leia)

O anúncio do eBook gratuito que celebra os dois anos da série 7 coisas que aprendi figurando entre os posts mais lidos do ano? Ah, que que satisfação. A alegria só não é maior do que perceber que, desde o seu lançamento no início de 2014, o eBook que reúne os conselhos e dicas de 58 escritores nacionais  já foi baixado por mais de 1.800 pessoas! Ainda não conferiu? Corre lá e baixe seu exemplar.

Escritores Inéditos no eBook "7 coisas que aprendi"

5 – Metodologia na prática: escrevendo uma monografia (leia)

Outro post mais antigo que aparece entre os mais lidos de 2014. No texto, eu mostro como apliquei com sucesso a metodologia 5+10 para concluir sem esforço nem traumas meu trabalho de conclusão de curso. E você, está tendo dificuldades para terminar o seu? Quem sabe meu exemplo não te inspira? Dá uma conferida aí no artigo, parceiro. 😉

Metodologia 5+10 na prática

4 – Não perca a motivação: 10 dicas para escritores (leia)

 Todo escritor conhece as dores do caminho que escolheu. Não são poucas as vezes em que bate a vontade de chutar o balde, abandonar a crônica que parece conto, o conto que quer ser romance, o romance imenso que não chega a lugar nenhum. O amor pela arte costuma nos colocar de volta nos trilhos, mas, às vezes, precisamos de uma forcinha extra para não perder a motivação. Confira essas dicas preciosas.

Escritora Feliz

3 – É preciso fazer faculdade para ser escritor? (leia)

Uma das primeiras dúvidas que pinta na cabeça do aspirante a escritor. Procure pelas redes sociais da vida e você verá inúmeras variações desta pergunta se repetindo infinitamente. Não é de se estranhar, portanto, que este texto tenha recebido a medalha de bronze dos posts mais lidos aqui no Escriba Encapuzado em 2014. Ah, a resposta à pergunta você pode conferir no texto. 😉

Escritora Graduada
2 – 8 mentiras que escritores iniciantes contam para si mesmos (leia)

Este foi de longe um dos o post mais lidos do ano passado, perdendo por muito pouco a medalha de ouro. Escrito pelo meu (sumido) parceiro Diogo Ruan Orta, este texto leve e divertido teve grande repercussão nas redes sociais e atraiu muitos novos leitores para o Escriba Encapuzado. Dê uma conferida na lista do Diogo e veja se identifica com alguma mentira. Eu? Com todas, meu caro, com todas.

Escritor Pinóquio

1 – 5 dicas para escrever contos (leia)

E chegamos ao vencedor, o post mais lido do Escriba Encapuzado. Inspirado em dicas do escritor norte-americano Philip Athans, o texto traz dicas para quem deseja escrever um texto completo em uma única sessão de escrita. Bom demais para ser verdade? Talvez, mas é possível. Saiba como lendo o artigo e praticando agora mesmo!

R. A. Salvatore (esquerda) e Philip Athans (direita)

E você, leitor, o que quer ver mais por aqui em 2015? Deixe suas sugestões nos comentários.

Para saber mais – Bônus de outros 5 posts mais lidos:

  1. NaNoWriMo: 30 dias para escrever um livro: saiba mais sobre o evento que te desafia a escrever um livro em um mês.
  2. Aprenda com os Grandes – Hábitos de Escrita de 7 Escritores Espetaculares: um pouco do processo criativo de Stephen King, Ernest Hemingway, Vladimir Nabokov e outros autores renomados.
  3. 10 dicas para escritores por J.R.R. Tolkien: que aspirante a escritor não gostaria de aprender os segredos do ofício com um mestre?
  4. 8 dicas para escrever um texto em poucos minutos: tópicos breves sobre escrever para a Internet. Muito útil para quem pretende começar um blog.
  5. Como ser escritor? Qual é o caminho certo que conduz ao sonho de ser um autor reconhecido?

Processo Criativo de 7 Escritores Brasileiros Premiados

A Mente Criativa de um Escritor

Todos gostam de conhecer os hábitos de trabalho de seus escritores prediletos. Será que eles escrevem todos os dias? Como conciliam a escrita com a loucura do cotidiano? Quais são seus rituais? De onde tiram inspiração?

Quanto mais famoso ou premiado o autor, maior é a curiosidade. Para o leitor que também é um escritor em formação, a dúvida é até mesmo angustiante. Afinal, qual é o segredo de tanto sucesso?

Na semana passada você vislumbrou os hábitos de celebridades literárias internacionais: os prolíficos Stephen King e Joyce Carol Oates; os moderados Ernest Hemingway e James Joyce; o horizontal Truman Capote e os verticais Vladimir Nabokov e Philip Roth.

Agora que tal ficar por dentro dos métodos de trabalho de jovens escritores brasileiros? Pois eis aqui uma lista com alguns talentos nacionais agraciados com o Prêmio Sesc de Literatura, um dos mais importantes do país.

Confira a seguir o processo criativo de 7 jovens escritores premiados.

  1. Alexandre Marques Rodrigues: Vencedor do Prêmio Sesc 2014 na categoria Contos com Parafilias, Alexandre escreve pela manhã, das 7h às 11h, quando começam “os trabalhos forçados”. Bebe café e whisky. A primeira versão é feita a caneta; ele a passa a limpo numa máquina de escrever Olivetti, depois a repassa para o computador.

  2. João Vereza: Vencedor do Prêmio Sesc 2013 na categoria Contos com Noveleletas, João escreve no computador (no Word mesmo). Ele mantém o arquivo do texto aberto o tempo todo, pronto para receber insights inesperados. Se uma boa ideia persiste por um dia, então é anotada num caderno. Às vezes, ele escreve com música de fundo. Café, vinho e cigarros o ajudam a relaxar.

  3. Débora Ferraz: Vencedora do Prêmio Sesc 2014 na categoria Romance com Enquanto Deus não está olhando, Débora vê a escrita como um segundo emprego. Ela tenta escrever todos os dias, reservando um horário exclusivo para isso, às vezes trabalhando em dois turnos. Escreve à mão e em caderninhos onde quer que haja um assento e condições de concentração.

  4. Maurício de Almeida: Vencedor do Prêmio Sesc 2007 na categoria Conto com Beijando dentes, Maurício esboça uma estrutura flexível de cada novo projeto. Escreve livremente, reescrevendo tudo só depois de ter a estrutura inteira pronta, gerando muitas versões e revisões. Trabalha de 6h às 8h da manhã, mas, às vezes, também à tarde, à noite e de madrugada. Sempre carrega um caderno. O Maurício também contribuiu com sua experiência para a série 7 coisas que aprendi.

  5. Rafael Gallo: Vencedor do Prêmio Sesc 2011 na categoria Conto com Réveillon e outros dias, Rafael não segue protocolos nem horários. Pensa em suas histórias quase o tempo todo, escrevendo e reescrevendo infinitamente. Toma notas no celular e até no e-mail. Bebe Coca-Cola e come chocolate. Insiste diante do computador o quanto pode e, às vezes, desanuvia a mente na Internet. O Rafael também contribuiu com sua experiência para a série 7 coisas que aprendi.

  6. Wesley Peres: Vencedor do Prêmio Sesc 2007 na categoria Romance com Casa entre vértebras, Wesley não define horário nem lugar específicos, embora prefira escrever na biblioteca de sua casa. Bebe café e muito. Prefere escutar música para escrever e precisa ler livros que o estimulem a fazê-lo. Trabalha sempre no computador.

  7. Luisa Geisler: Vencedora dos Prêmios Sesc 2010 e 2011 nas categorias Conto com Contos de Mentira e Romance com Quiçá, respectivamente, Luisa escreve quando dá, de preferência na primeiras horas da manhã e em casa, de pijama. Planeja-se com Excel, definindo prazos e metas que luta para cumprir. Ela anota ideias no celular ou em blocos de xerox e sua bebida favorita é chá.

Quer conhecer mais processos criativos? Visite o site 2 Mil Toques!

Criado por André Timm, o 2 mil toques reúne depoimentos de diversos escritores sobre suas rotinas de trabalho. Contabilizando mais de 40 contribuições, esse projeto enriquecedor publica novos textos toda a semana e já conta com nomes de peso, como Antônio Xerxenesky, Carol Bensimon, Carlos Henrique Schroeder, Sérgio Fantini e esses 7 autores premiados pelo Sesc. O que você está esperando? Conheça o site agora mesmo: http://2miltoques.tumblr.com/

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Para saber mais:

  1. Aprenda com os Grandes – Hábitos de Escrita de 7 Escritores Espetaculares: um pouco do processo criativo de Stephen King, Ernest Hemingway, Vladimir Nabokov e outros autores renomados.

  2. eBook 7 coisas que aprendi: 58 escritores nacionais incríveis compartilham suas experiências neste eBook gratuito. Imperdível!

  3. 7 coisas que aprendi, por Alessandro Garcia: inspire-se na experiência deste incrível escritor.

  4. 7 coisas que aprendi, por Maurício de Almeida: inspire-se na experiência deste incrível escritor.

  5. 7 coisas que aprendi, por Sérgio Fantini: inspire-se na experiência deste incrível escritor.

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