O texto de hoje foi escrito por Leo Babauta. Confira o artigo no idioma original no Write to Done.
Categoria: Aprendiz de Escritor (Página 8 de 15)
É possível escrever contos ou romances em tempo recorde? Talvez. Eu duvido. De qualquer forma, não é disso que vou falar aqui. Não acredito em fórmulas mágicas. Desculpe. Mas saiba disso: desapegar-se de ilusões como essa fará de você um escritor bem mais feliz. Vai por mim.
Eu escrevo devagar. Muito devagar. E só quando tenho vontade. Não ando com um caderno a tiracolo, acumulo ideias rascunhadas e sofro para combinar pares de meias. Sou o oposto do ideal de escritor profissional e isso nunca me incomodou.
Mas escrever para a Internet requer uma postura diferente. Aqui onde tudo é pra ontem e os textos são embalados pra viagem, palavra cozinhada demais afugenta a clientela. Como “maus hábitos” são difíceis de mudar, pedi uma ajudinha ao grande irmão Google.
Quer aprender também? Confira a seguir 8 dicas de como escrever mais rápido (na Internet).
1 – Crie um banco de ideias.
Encontrar um assunto é o mais difícil. Não dá pra esperar pela inspiração quando existe uma pauta a cumprir, seja esta diária, semanal, mensal. Use cadernos, post its, o bloco de notas do computador, mas tenha sempre uma lista de temas à mão. Teve uma ideia enquanto escrevia, assistia à novela, navegava na Internet? Anote-a. Ela pode te render um texto no futuro.
2 – Deixe as ideias maturarem.
Imagine-se diante de um abismo. Para chegar ao outro lado, você pode até arriscar um salto, mas não seria melhor providenciar uma ponte? Às vezes, transformar ideias em textos pode ser angustiante. Se a coisa não fluir, deixe a ideia ecoar um pouco em sua mente. Aproveite e leia mais sobre o assunto, debata-o, anote insights inesperados. Depois, tente outra vez.
3 – Filtre as ideias.
Às vezes, uma ideia puxa a outra. Quando isso ocorre, é a glória. Você maltrata o teclado sem dó, um sorriso sádico no rosto. Daí você acaba e percebe que aquele artigo para o blog mais parece uma monografia. Sem problemas. Revise o texto e elimine tudo o que fugir do assunto principal. Mas não descarte o que cortar! As “sobras” também podem render textos futuros.
4 – Faça uso de listas.
Listas facilitam a organização das ideias e a estruturação do conteúdo. Listas capturam mais a atenção e permitem rápida assimilação de informação. Listas tornam a leitura mais agradável, principalmente em dispositivos digitais. Duvida? Bom, você ainda está lendo este texto, não está?
5 – Vá direto ao ponto.
Na Internet, menos é mais. Você quer escrever artigos, não tratados científicos. Mantenha o texto curto – algo entre 500 e 800 palavras está de bom tamanho. Mas cuidado: ser breve não implica baixa qualidade. A questão aqui é ser prático e transmitir o máximo de informações em poucas palavras.
6 – Não force a barra.
Este artigo não foi minha primeira opção do banco de ideias. Antes, eu tentei escrever sobre como ser um escritor mais feliz. Empaquei. Três horas depois, desisti e escolhi outro assunto. Em bem menos tempo conclui o texto que você está lendo agora. Ao travar, o melhor mesmo é tentar escrever outra coisa. Você sempre pode voltar àquele texto caso pinte a inspiração.
7 – Não poupe munição.
Você abre seu banco de ideias e, de cara, identifica meia dúzia de assuntos que rendem fácil um bom artigo. O que você faz? Guarda-os pra uma emergência, certo? Errado. Por que sofrer escrevendo um texto mais difícil se você tem outro mais fácil logo ali? Carpe diem, meu caro. Poupe tempo e paz de espírito agora. Que seu futuro eu se preocupe com o próximo artigo.
Jogo limpo.
Escrevi este artigo seguindo as regras acima. Levei pouco mais de 30 minutos. Não é nenhum recorde – há por aí quem se gabe de concluir textos em menos da metade desse tempo –, mas não está mal pra alguém que escreve devagar. Mas preciso ser honesto com você, leitor. O que escrevi rapidamente foi, na verdade, apenas um rascunho. Gastei mais uns 20 minutos editando tudo, corrigindo erros, cortando excessos. Permita-me, então, dar mais uma dica….
8 – Faça uma rápida revisão.
Quantos minutos você levou para escrever o artigo? Tente revisá-lo nesse mesmo tempo ou em menos. Concentre-se na correção de erros ortográficos e gramaticais, no corte de trechos ambíguos, repetitivos e que fujam da ideia principal do texto. Resista à tentação de reescrever tudo. Seja breve e objetivo.
E então? O que achou das dicas? Concorda, discorda, quer acrescentar algo? Comente!
Para saber mais:
- Metodologia 5+10: 5 regras e 10 orientações flexíveis para quem quer trilhar o caminho do escritor.
- 5 fatos sobre escrever primeiras versões: coisas que um escritor pensa ao terminar o rascunho de um texto.
- O pesadelo das revisões constantes: saiba como identificar e superar este terrível obstáculo.
- Não perca a motivação – 10 dicas para escritores:uma tábua de mandamentos pessoais para os momentos de crise existencial.
- 5 eBooks Gratuitos para Escritores Iniciantes: dicas valiosas em bom português imperdíveis para quem quer ser escritor.
- 5 Livros que ensinam a escrever: cinco recomendações para os aprendizes de escritor.
- eBook 7 coisas que aprendi: 58 escritores nacionais incríveis compartilham suas experiências neste eBook gratuito. Imperdível!
- Série 7 coisas que aprendi: página principal do projeto que convida escritores em diversas fases da carreira a compartilharem suas experiências.
O escritor é um mentiroso honesto. Profundo? Não fui eu quem disse isso, mas sim Pep Bras, um autor espanhol com mais de 20 livros publicados.
Essa é uma frase muito boa e tem tudo a ver com quem tira seu sustento da ficção. Mas não é disso que quero falar. Fiquei pensando: que mentiras escritores contam para si mesmos, principalmente os iniciantes?
Pesquisando por aí, eu descobri que a lista de mentiras é tão imensa que renderia uma série de artigos. Como estou sem saco para planejar algo assim – não esqueça que estou escrevendo aqui só para quebrar o galho do amigo encapuzado –, vou falar daquelas que se destacaram pra mim.
Confira a seguir as 8 mentiras que escritores contam para si – sem nenhuma ordem específica, afinal, eu não sou tão sistemático quanto o chefe.
1 – Escrevo para mim, não para os outros.
Todo escritor quer e precisa ser lido. Quem não gosta de se reconhecido, bajulado? Podem falar mal também – críticas ajudam a aprender, a melhorar –, mas falem. O frágil ego de artista aprecia e necessita de audiência. Escrever sem a intenção de comunicar algo para outra pessoa é o mesmo que conversar consigo mesmo: estranho, chato, e pouco proveitoso.
2 – Não ligo para críticas, desde que sejam construtivas.
Escritores odeiam ser criticados. Pouco importa se o crítico é leigo (íntimo ou desconhecido) ou profissional, nem mesmo o quão cuidadoso ele seja. Talvez ninguém tome conhecimento desse ódio – e é assim mesmo que deve ser –, mas é impossível não senti-lo. Ninguém gosta de levar puxões de orelha por um trabalho ao qual se dedicou com afinco.
3 – O importante é escrever, publicar é só consequência.
A publicação atormenta os pensamentos de todo escritor, ainda mais se ele for iniciante. E não estou falando apenas de livros. Há centenas de sites, fóruns, listas de discussões, revistas e grupos pela Internet abarrotados de textos alheios. O problema é que a grande maioria serve muita coisa crua ou malpassada. Deixem seus textos ao fogo por mais tempo, escritores!
4 – Não invejo o sucesso de outros escritores.
Quando um colega fecha seu primeiro contrato com uma editora ou emplaca mais um livro independente de sucesso, a primeira coisa que um escritor faz é encarar o monstro de olhos verdes. Ele pode até ficar feliz pelo outro, mas não consegue evitar um pouco de amargura: “como?”. “Por que não eu, que escrevo tão melhor?”. “Sortudo!”. “Tem as costas quentes!”.
5. Esse curso vai me tornar um escritor! E esse livro, site, vídeo…
Leitura e estudo são aspectos fundamentais na formação de um bom escritor. O problema é passar mais tempo aprendendo sobre como escrever do que escrevendo de fato. Conselhos, dicas e técnicas são úteis apenas quando postas à prova. Teoria não produz livros, prática sim.
6 – Vou dar uma espiadinha rápida no Facebook.
E no Twitter. Agora o e-mail. Opa, mensagem no WhatsApp. Não existe isso de “espiadinha rápida” nesta era da distração em que vivemos. Minutos se transformam em horas e o que é relevante é trocado por curtidas insignificantes e comentários vazios. Depois não adianta reclamar da correria da vida nem sobre como não sobra tempo para nada.
7 – Ninguém me dá sossego para escrever.
Um escritor só é produtivo quando as pessoas de sua vida o deixam em paz. Ele também é mais ansioso, psicopata, viciado em redes sociais e vídeos pornôs. Ei, pelo menos ele será capaz de escrever uma obra-prima sobre as maravilhas de se viver em uma caverna. Má ideia? Então talvez seja melhor viver para incorporar experiências e deixá-las transbordar na escrita.
8. Não me considero escritor.
Escritor não é só alguém que tem livros publicados. Isso é um autor. Ainda assim, há muitos que relutam em aceitar o título – o próprio T. K. é um desses. Humildade é uma característica louvável, mas não exageremos. Alguém que tem o dom de juntar palavras para criar ou contar histórias é, para mim, um escritor. Ponto.
Taí. Essas são algumas das mentiras que mais me incomodaram em minhas pesquisas. Fique à vontade para complementar, condenar ou louvar essa lista nos comentários abaixo. Como? Se já contei algumas dessas mentiras? É claro que não, eu não sou escritor.
E você, quais mentiras costuma contar para si mesmo?
Para saber mais:
- Não perca a motivação – 10 dicas para escritores:uma tábua de mandamentos pessoais para os momentos de crise existencial.
- 5 fatos sobre escrever primeiras versões: coisas que um escritor pensa ao terminar o rascunho de um texto.
- 5 dicas para escrever contos: confira 5 conselhos do renomado escritor de fantasia norte-americano Philip Athans.
- 10 dicas para escritores por J.R.R. Tolkien: que aspirante a escritor não gostaria de aprender os segredos do ofício com um mestre?
- 5 eBooks Gratuitos para Escritores Iniciantes: dicas valiosas em bom português imperdíveis para quem quer ser escritor.
- 5 Livros que ensinam a escrever: cinco recomendações para os aprendizes de escritor.
- Metodologia 5+10: 5 regras e 10 orientações flexíveis para quem quer trilhar o caminho do escritor.
- eBook 7 coisas que aprendi: 58 escritores nacionais incríveis compartilham suas experiências neste eBook gratuito. Imperdível!
- Série 7 coisas que aprendi: página principal do projeto que convida escritores em diversas fases da carreira a compartilharem suas experiências.
- Peb Bras: site oficial do escritor espanhol.
Então, você quer ser escritor? Que tal aprender com o mestre? Não, não falo de mim – o que você andou bebendo?! Refiro-me ao grande J. R. R. Tolkien, é claro. Aquele do cachimbo, referência mundial do gênero de fantasia, autor de dois livrinhos intitulados O Hobitt e O Senhor dos Anéis; conhece?
O site Essay Mama produziu um infográfico reunindo 10 dicas do mestre coletadas pelo escritor Roger Colby. Todas foram inspiradas em seu processo criativo, o qual é abordado no livro As Cartas de J. R. R. Tolkien (Arte e Letra, 2006).
Confira as 10 dicas de J. R. R. Tolkien que te tornarão um escritor melhor.
- A vaidade é inútil
Eu certamente espero deixar a coisa toda [O Senhor dos Anéis] revisada e em sua forma final para o mundo jogá-la no cesto de lixo. Todos os livros vão para lá no final; neste mundo, de qualquer forma.”
– em carta ao Sir Stanley Unwin datada de 31 de julho de 1947.
- Mantenha-se firme
Apesar dos muitos problemas pessoais – doença, sobrecarga de trabalho, saudades do filho Christopher enquanto este servia à Marinha Real Britânica – Tolkien deixava as preocupações de lado e escrevia. Ele precisava equilibrar o trabalho diário com o desejo de escrever histórias épicas ambientadas na Terra-média. Ele encontrou tempo. Ele criou tempo. Foram necessários 7 anos para que ele concluísse O Hobbit. – em carta ao Sir Stanley Unwin datada de 21 de Julho de 1946.
- Aceite críticas
Quando ele dizia, ‘Você pode fazer melhor do que isso. Melhor, Tolkien, por favor!’, eu tentava fazer. Eu sentava e escrevia a seção repetidas vezes. Isso aconteceu com a cena que acho que é a melhor do livro, o confronto entre Gandalf e seu mago rival, Saruman, na cidade destruída de Isengard.”
– em carta ao editor sobre os comentários que o amigo C. S. Lewis fez a respeito de O Senhor dos Anéis.
- Deixe seus interesses guiarem sua escrita
Originalmente, o interesse de Tolkien eram os idiomas. Ele amava criar seus próprios idiomas inspirados em outros mais antigos. Tal interesse o levou criar culturas inteiras baseadas nesses idiomas e a escrever para elas histórias que depois se tornaram lendas. Quando você escreve algo que não está realmente em seu coração, o resultado é algo raso e sem vida.
- A poesia é um caminho para a prosa
Quando Tolkien não conseguia expressar seus pensamentos em prosa ele escrevia “boa parte deles em verso. A primeira versão da canção de Passolargo a respeito de Lúthien,… apareceu originalmente na revista da Universidade de Leeds; mas a história inteira, como esboçada por Aragorn, foi escrita em um poema de grande tamanho”. Tente compor seus pensamentos na forma de verso para estimular seu cérebro a pensar profundamente sobre o estilo linguístico, a estrutura e os artifícios literários.
- Acidente feliz
O Hobbit veio a público e fez minha ligação com a A. & U. [Allen & Unwin, editora britânica] por um acidente.”.
Acidentes, às vezes, acontecem, e, às vezes, eles conduzirão um escritor a uma editora ou resultarão em um romance. Tolkien criou mundos inteiros utilizando seu conhecimento de mitos e lendas para contar histórias arquetípicas e icônicas inspiradas em locais mágicos. Ainda que ele planejasse tudo meticulosamente, acidentes felizes ocorriam. Acidentes, às vezes, podem ser dádivas.
- Sonhos nos inspiram
Ao dormir eu tinha o terrível sonho da onda inelutável, ou saindo do mar calmo, ou elevando-se sobre as verdejantes terras do interior… e acordava ofegando ao sair de águas profundas. Eu costumava desenhá-lo ou escrever poemas ruins sobre ele.”
Tolkien se referia ao processo usado para incorporar esta sensação de afogamento à invasão da Terra-média por Mordor. Ele fez uso disso por várias vezes, como na inundação de Isengard, nos pântanos mortos, e no quase afogamento de Sam Gamgee ao seguir Frodo.
- Pessoas reais inspiram grandes personagens
Tolkien se inspirou em pessoas da vida real para popular o fantástico mundo da Terra-média. Olhe ao seu redor. Muitas pessoas com as quais você convive dia após dia podem se tornar personagens fantásticos em seu romance. É divertido imaginá-las como heróis ou o que elas realmente fariam em uma situação de perigo.
- Você pode ser o próximo autor best-seller
Tolkien foi surpreendido pelo sucesso de seu primeiro livro e também dos demais. Ele sentia, literalmente, que sua natureza best-seller foi um completo acidente. Isso dá esperança a todos os escritores, mas saiba você que ele não atingiu tal posição sem seguir as dicas listadas aqui.
- Seus próprios livros podem parecer banais
Agora considero O Senhor dos Anéis ‘bom em algumas partes’”.
Isso significa que, ao ler seus livros anos depois de escrevê-los, a experiência de escrita que Tolkien acumulara lhe dizia que ele era um escritor muito melhor do que quando publicou O Hobbit. Você pode se sentir assim em relação os livros que escreveu.
O que você achou das dicas do mestre da fantasia? Vamos prosear nos comentários.
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Para saber mais:
- Tolkien’s 10 Tips for Writers: artigo bem mais completo do Writing is Hard Work, site do escritor Roger Colby (em inglês).
- eBook 7 coisas que aprendi: 58 escritores nacionais incríveis compartilham suas experiências neste eBook gratuito. Imperdível!
- É preciso fazer faculdade para ser escritor? – uma faculdade é capaz de transformar alguém em um escritor (de ficção) profissional?
- 5 eBooks Gratuitos para Escritores Iniciantes: dicas valiosas em bom português imperdíveis para quem quer ser escritor.
- 5 Livros que ensinam a escrever: cinco recomendações para os aprendizes de escritor.
- Metodologia 5+10: 5 regras e 10 orientações flexíveis para quem quer trilhar o caminho do escritor.
- 5 fatos sobre escrever primeiras versões: coisas que um escritor pensa ao terminar o rascunho de um texto.
- Não perca a motivação – 10 dicas para escritores: para os momentos de crise existencial. 🙂
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Há quatro anos o site Ficção em Tópicos é uma referência fundamental em minha jornada de escritor. Esse acervo de técnicas, dicas e inspirações editado pelo parceiro Diego Schutt é hoje, sem dúvida, o mais completo e consistente da internet brasileira.
Com um currículo que inclui formação em escrita criativa na Austrália, Suíça, Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha e Brasil, o Diego tem experiência de sobra para orientar os mais de 20 mil leitores que acessam seu site diariamente.
Agora imagine essa fera ministrando um curso onde você pode aplicar todo o conhecimento reunido no Ficção em Tópicos. Pare de imaginar e conheça o Jardineiro de Ideias, uma oficina on-line para escritores.
Arquitetos e Jardineiros
Em entrevista à Rolling Stone em 2012, George R. R. Martin falou sobre escritores arquitetos e jardineiros: o arquiteto é aquele que planeja cada aspecto de uma história antes de escrevê-la; já o jardineiro desenvolve uma ideia sem saber ao certo a onde ela o conduzirá. Foi esta última noção que inspirou a criação do curso.
A proposta do Diego não é ensinar como planejar, escrever e publicar um livro, mas como desenvolver ideias em textos criativos utilizando as técnicas e dicas do Ficção em Tópicos. É o começo ideal para qualquer escritor são o bastante para não se meter a tentar escrever logo de cara o próximo Harry Potter ou O Senhor dos Anéis.
Estrutura e Preço do Curso
O Jardineiro de Ideias tem duração de 6 semanas e é direcionado para uma turma de 4 a 10 participantes. O curso é inteiramente on-line. A cada semana serão disponibilizados 1 vídeo, 2 artigos técnicos e 1 exercício de escrita criativa com foco nos principais elementos de histórias de ficção (personagens, conflito, enredo, cenários, diálogos, tema). Todos os textos serão lidos e avaliados pelo Diego, além de publicados em uma comunidade de escritores exclusiva para que outros colegas também possam comentar.
O valor do curso é de R$ 550,00, um preço mais do que justo a se pagar pela qualidade do material e pela experiência do instrutor. O pagamento pode ser feito com cartão de crédito, débito on-line ou boleto bancário através do PagSeguro – é possível dividir o custo em até 12x.
Data de Início e Inscrições
Interessado, amigo escritor? Então corra, pois a nova edição do curso começa já no próximo dia 17. São apenas 10 vagas!
Inscreva-se hoje mesmo no curso on-line Jardineiro de Ideias.
E se você não pode desembolsar quinhetinhos, mas está precisando de uma forcinha para desenvolver aquela ideia esperta ou melhorar uma história já pronta, confira as consultorias individuais que o Diego oferece a preços mais acessíveis.
E aí? Vamos plantar e colher ideias?
Para saber mais:
- Jardineiro de Ideias: um curso que ensina a plantar ideias e colher histórias. Por Diego Schutt, do excelente Ficção em Tópicos.
- eBook 7 coisas que aprendi: 58 escritores compartilham suas experiências e o Diego Schutt está entre eles. Imperdível.
- 5 eBooks Gratuitos para Escritores Iniciantes: dicas valiosas em bom português imperdíveis para quem quer ser escritor.
- Serviço: Oficinas Literárias:confira recomendações de oficinas de criação literária espalhadas por todo o país.
- É preciso fazer faculdade para ser escritor? – uma faculdade é capaz de transformar alguém em um escritor (de ficção) profissional?
- Como ser escritor? – Qual é o caminho certo que conduz ao sonho de ser um autor reconhecido?
- Quero ser escritor! – Algumas palavras sobre o sonho de viver de literatura no Brasil.
- Metodologia 5+10: 5 regras e 10 orientações flexíveis que busco seguir em meu caminho para tornar-me um escritor.
- Não perca a motivação – 10 dicas para escritores: minha tábua de mandamentos pessoais para os momentos de crise existencial.
- 5 dicas para escrever contos: confira 5 conselhos do renomado escritor de fantasia norte-americano Philip Athans.
- Interpretações da Leitura Crítica: se estivessem vivos hoje, o que pensariam os grandes escritores do passado sobre os estudos de suas obras?
A série 7 coisas que aprendi é o meu primeiro projeto como escritor e também um dos mais bem sucedidos; um verdadeiro xodó. Inspirada em uma coluna no site da revista americana Writer’s Digest, esta iniciativa surgiu para saciar os sedentos pelas misteriosas águas da criação literária.
No decorrer de pouco mais dois anos, o projeto acumulou 51 contribuições de escritores que aceitaram compartilhar suas experiências com o mundo todo. Um acervo notável, sem dúvida, enriquecido não só pela sabedoria de profissionais publicados, mas também pela perspicácia de aspirantes desconhecidos.
Para celebrar um trabalho tão valioso, o Escriba Encapuzado e o Vida de Escritor, do parceiro Alexandre Lobão, preparam um presente especial para seus leitores: uma coletânea em eBook das contribuições angariadas por nós. Mais do que isso, este volume reúne 14 depoimentos inéditos de escritores incríveis.
Confira o que você encontrará neste eBook:
- 44 textos originalmente publicados no Escriba Encapuzado e no Vida de Escritor
Todas as contribuições foram cuidadosamente revisadas pela equipe de produção. Em alguns casos, o texto foi modificado ou ampliado pelos próprios autores, que nos concederam permissão para reproduzi-los no eBook.
- 14 textos INÉDITOS
A cereja do bolo. Uniram-se a nós na celebração:
Ana Lúcia Merege
Bráulio Tavares
Eduardo Spohr
Eliana Vieira Leal Vaz
Flávio Medeiros Jr.
J. B. Oliveira
Luis DillMarcelo Spalding
Maurício Melo Jr.
Priscila Andrade
Rafael Gallo
Ronize Aline
Valentina Silva Ferreira
Vanessa Oliveira - Conselhos extras de 3 profissionais do mercado editorial
Reprodução autorizada dos textos (revisados) do consultor literário James McSill, da parecerista Kyanja Lee e do editor Victor Tagore.
Baixe o eBook 7 coisas que aprendi (É Grátis!)
Tenha sempre ao seu alcance as dicas de 58 escritores e de 3 profissionais do mercado editorial.
Baixe o eBook 7 coisas que aprendi hoje mesmo.
Lembrando que gostaríamos muito de saber o que você achou de nosso trabalho: comente ao final deste artigo, inscreva-se no blog, curta no Facebook ou mande um e-mail.
Baixou, leu e gostou? Compartilhe esse projeto com outros amigos de profissão, iniciantes ou veteranos. Ajude a espalhar as boas palavras.
E para encerrar, um convite: seja você um escritor iniciante ou veterano, autor de poesias, contos, romances ou biografias, envie as 7 coisas que você aprendeu e ajude-nos a enriquecer ainda mais esta série. Quem sabe não reunimos um acervo grande o bastante para um segundo volume?
Para saber mais:
- Série 7 coisas que aprendi: página principal do projeto que lista todos os escritores que já contribuíram.
- O que é isso? Um meme? – breve explicação sobre o que o projeto “7 coisas que aprendi” NÃO é.
- Ajude a divulgar o projeto: algumas orientações e banners que podem ser utilizados livremente.
- 7 things I’ve learned so far: coluna da Writer’s Digest que inspirou a versão nacional do projeto (em inglês).
O primeiro esboço de qualquer coisa é uma merda, disse Ernest Hemingway. Poucos adágios são tão reconfortantes para um escritor; sem a obrigação de acertar de prima, este se vê livre dos grilhões do bloqueio criativo. Ele transpõe seus pensamentos para a folha em branco sem ressalvas nem receios.
Escreva bêbado, edite sóbrio é outra pérola do autor de tantos clássicos da literatura norte-americana. Eis aí o melhor modo de produzir: mantenha o editor psicótico que existe em você em uma jaula até que tenha concluído a primeira versão de seu conto, romance, artigo.
Nada disso deveria ser novidade para nós, aprendizes dedicados, certo? Às vezes, porém, nos perdemos na confusão que é o rascunho de um texto. Não há o que temer. Só é preciso saber identificar e lidar com certos fatos relacionados à escrita de primeiras versões.
1 – Primeiras versões não saem como planejado.
Você escreve, escreve, escreve e, ao terminar, percebe que o resultado pouco ou em nada se parece com o que esperava daquela ideia original. O herói se revela um vilão, uma reviravolta invalida acontecimentos anteriores, um conto se transforma numa novela – ou pior, num livro! Isso não é necessariamente ruim. Aceite as mudanças, elas podem resultar em algo melhor.
2 – A tentação de editar uma primeira versão está sempre presente.
Lembre-se das palavras de Hemingway e resista à vontade de combinar edição e escrita. Faça uma coisa de cada vez, sem pressa. Foque no que interessa e faça seu cérebro entender que o texto poderá ser lapidado mais tarde, com toda a atenção e o carinho que ele merece. E não se esqueça de que é impossível editar uma página em branco.
3 – Primeiras versões fluem melhor se houver um roteiro.
Ainda mais se você estiver preparando a primeira versão de um romance. O roteiro é como um guia breve dos principais personagens, acontecimentos e reviravoltas. Com ele será mais fácil trazer a história de volta aos eixos sempre que esta se desviar de suas intenções originais. Você ainda pode tê-lo como referência ao espalhar dicas aos leitores sobre o que a história lhes reserva.
4 – Você odiará suas primeiras versões.
Atire a primeira bolinha de papel quem nunca encarou um esboço tempos depois e se negou a acreditar que o tivesse escrito. Pensando ser o pior escritor do mundo, você tem vontade de jogar tudo para o alto e estudar para concursos públicos – ou jogar videogame. Não faça nada disso. Lembra-se do editor psicótico? É hora de libertá-lo e vê-lo fatiar versões ao bel prazer.
5 – Agora é o melhor momento para escrever uma primeira versão.
Há escritores que preferem dedicar algum tempo à maturação de uma ideia antes de colocá-la no papel. Se você pertence ao time dos preparadores, atenção: preparação demais pode ser uma desculpa para procrastinar. Mesmo que você não se sinta pronto nem motivado, alguma hora terá de pôr a mão à obra ou jamais a escreverá. Então, por que não agora?
O mais importante ao escrever primeiras versões é sentir a liberdade que elas proporcionam. Não há nada como preencher o branco com ideias, temas, personagens e histórias emergentes das mais puras fontes do inconsciente. Na verdade, há sim: saber que esses diamantes brutos jamais serão submetidos ao crivo dos leitores. E isso é, realmente, reconfortante.
E você, colega escritor, o que sente ao escrever suas primeiras versões?
Para saber mais:
- Metodologia 5+10: 5 regras e 10 orientações flexíveis que busco seguir em meu caminho para tornar-me um escritor.
- Livros não se escrevem sozinhos: descubra o que escritores de sucesso fazem para concluir seus livros.
- O pesadelo das revisões constantes: algumas palavras sobre como identificar e superar este terrível obstáculo.
- Não perca a motivação – 10 dicas para escritores: minha tábua de mandamentos pessoais para os momentos de crise existencial.
- 5 dicas para escrever contos: confira 5 conselhos do renomado escritor de fantasia norte-americano Philip Athans.
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