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Mundos da literatura de fantasia que você deveria conhecer

Como o próprio nome entrega, a série “Lista 5” traz textos que enumeraram cinco recomendações minhas, não apenas de livros, mas também de filmes, jogos e o que mais me der na telha. As listas serão construídas, principalmente, segundo critérios pessoais, logo não são absolutas.

Num artigo do site Homoliteratus, o colunista Victor Hugo enumerou 5 lugares da literatura de fantasia que todo leitor deveria conhecer. Gostei e decidi montar uma lista com outros lugares fantásticos. Ao contrário do Victor, porém, preferi ser mais abrangente e não escolher localidades específicas.

Assim, eis 5 mundos fantásticos que eu adoraria conhecer… e que o leitor também deveria.

5 – Kurgala

Adapak, Telalec e outros seres de Kurgala, mundo do Espadachim de Carvão.

A complexidade e a riqueza cultural dos seres que habitam Kurgala são fascinantes – aqui não há elfos, anões, dragões, mas sim seres monstruosos que parecem saídos das histórias de H. P. Lovecraft.

É um mundo de baixa tecnologia, ausência de magia (tradicional) e brutalidade extrema – é quase como a Era Hiboriana de Conan. Mas a grande sacada de Kurgala é que tudo ali pode ser uma criação de seres alienígenas para conduzir experimentos científicos!

4 – Grécia Mitológica

Aquiles contra Heitor, Cavalo de Tróia, Odisseu contras as sereias e contra Cila.

Foi graças às obras clássicas de Homero (ainda em versão infantil) que me tornei aficionado por literatura fantástica – pouco importa que não sejam classificadas assim.

A Ilíada me fascinou pelas inúmeras divindades gregas e suas relações com seus “leais” súditos mortais. N’A Odisséia acompanhei a verdadeira jornada de um herói. Sim, como eu gostaria de cruzar espadas ao lado de Heitor pela supremacia de Tróia e navegar com Odisseu (nunca gostei do nome Ulisses) pelas águas traiçoeiras de Poseidon.

3 – Lodoss

Rei Fahn, Rei Kashue e Ashram, dragão Shooting Star e feiticeira Karla - Ícones de Lodoss

Amaldiçoada por uma deusa, repleta de ruínas de um império de feiticeiros, constantemente invadida pelo exército de um guerreiro consumido por uma ambição demoníaca. Esta é a ilha de Lodoss, um mundo de fantasia bem feijão com arroz, mas ainda assim cativante.

Ah, como seria bom servir na nobre cavalaria do Rei Fahn de Valis ou lutar ao lado de Kashue, o Rei Mercenário. Penetrar os covis sombrios e flamejantes dos dragões-rei Narse e Shooting Star. Frustrar as ambições de Karla, a mais poderosa feiticeira do mundo. Quiçá desafiar Ashram, o Cavaleiro Sombrio, líder dos exércitos da ilha rival, Marmo?

2 – Krynn

Raistlin, Takhisis contra Fizban, Draconianos, Cosplay da Kitiara - Dragonlance

Criado como um cenário de campanha de RPG, Krynn se tornou algo mais com os romances publicados. O que torna este mundo tão fascinante são sua história e cultura ricas, onde tudo está relacionado de algum modo aos dragões.

Que desafiador lutar na Guerra da Lança, quando Takhisis, a Deusa das Trevas e Rainha dos Dragões, tentou subjugar o mundo. Mas quer saber o que me faz mesmo amar Krynn? Kitiara e Raistlin – ah, mencionei que uma das formas de Takhisis é um dragão de cinco cabeças?

Em tempo: no Brasil, a Devir Editora já lançou a trilogia Crônicas de Dragonlance e Tempo dos Gêmeos. Uma pena que a tradução seja péssima. Recomendo a leitura dos originais em inglês ou das edições lançadas em Portugal.

1 – Forgotten Realms – Reinos Esquecidos

 Silverymoon, Elminster, Drizzt e Guenwyvar, Cormyr - Forgotten Realms

Também criado como um cenário de RPG, Os Reinos Esquecidos contam com mais de uma centena de romances publicados. É provável que este seja o maior e mais complexo mundo de fantasia do mundo, formado por tantos continentes quanto a Terra e com uma linha do tempo tão vasta quanto.

Há tanto o que conhecer aqui, especialmente em Faerûn (o equivalente da nossa Eurásia), que é impossível listar tudo. Mas, sem dúvida, entre meus locais favoritos figuram a Waterdeep, Cidade dos Esplendores; Cormyr, o Reino das Florestas; a Terra dos Vales, lar do poderoso mago Elminster; e o Vale do Vento Gélido, lar de Drizzt Do’Urden, um elfo negro exilado – e, simplesmente, um dos personagens mais incríveis da literatura de fantasia.

Em tempo: no Brasil, a Devir Editora lançou a trilogia O Vale do Vento Gélido, a qual figura entre os primeiros romances ambientados nos Reinos Esquecidos. Felizmente, desta vez eles acertaram a mão na tradução dos livros.

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Para saber mais:

  1. 5 lugares da literatura de fantasia: eis o artigo no Homoliteratus que me inspirou a escrever este texto. Recomendo demais. Eu também visitaria todos os mundos listados pelo Victor.
  2. Forgotten Realms – The Library: site (em inglês) que lista todos os romances já publicados ambientados no Reinos Esquecidos – atualizado até 2012. Imperdível para fãs.
  3. Forgotten Realms Official: site oficial dos Reinos Esquecidos na editora Wizards of the Coast (em inglês).
  4. Os últimos dias de glória: site de um grupo de RPG de Salvador que reúne fanfics e muitas informações sobre os Reinos Esquecidos; está bem desatualizado, mas ainda assim vale a pena conhecer.
  5. Dragonlance Nexus: site oficial repleto de informações sobre Krynn (em inglês).
  6. Cosplay da Kitiara: confira mais fotos da incrível cosplayer Tabitha Lyons.
  7. Theoi Greek Mythology: site com mais de 1.500 páginas repletas de informações sobre a mitologia Grega (em inglês).
  8. O Espadachim de Carvão: site oficial do primeiro livro de Afonso Solano, criador do mundo de Kurgala.
  9. Eyuu Kishi Den – Record of Lodoss War: um site de fã repleto de informações sobre os romances, o anime, os jogos de RPG e tudo mais relacionado ao cativante mundo de Lodoss.

Sobre o autor: Philip K. Dick

Escrevi este artigo como complemento à resenha do livro O Caçador de Androides, do aclamado escritor americano Philip K. Dick. Acabei me deixando levar por sua interessante biografia e o texto ficou maior do que o esperado, então achei melhor criar outro post.Confiram maiores informações sobre a vida e os filmes inspirados nas obras deste fantástico autor de ficção científica.

Philip K. Dick foi um escritor prolífico, tendo escrito 36 romances e 5 coleções de contos entre 1952 e 1982, quando faleceu aos 56 anos. O misto de visões futuristas e de experiências pessoais é característico de suas obras. O romance O Homem Duplo, por exemplo, foi dedicado aos amigos que morreram ou, assim como próprio Dick, sofreram devido ao uso de drogas.

Descrente de qualquer forma de governo ou autoridade, o escritor teve uma vida atribulada e marcada por eventos que provocaram nele os mais diversos estados mentais: a morte da irmã gêmea, Jane, 14 dias após o nascimento; a separação dos pais ainda na infância; 5 casamentos fracassados; os tratamentos de vícios.

Os anos mais criativos do autor foram aqueles das décadas de 50 e 60, período no qual firmou-se no mundo da ficção científica e teve sua contribuição reconhecida – o primeiro romance foi Solar Lottery, de 54; em 62, foi premiado com o Hugo por O Homem do Castelo Alto. Há quem defenda, porém, que os melhores trabalhos dele foram publicados na década de 70, como O Caçador de Androides e Fluam, Minhas Lágrimas, Disse o Policial (prometido para o final de 2012, mas ainda não publicado pela Editora Aleph).

Os últimos anos da vida de Dick foram marcados por uma experiência religiosa que este teria tido em 1974, quando, segundo ele, recebeu uma visita de Deus ou do que seria, no mínimo, uma entidade divina. Ele escreveria sobre isso até sua morte, ora tratando o evento como uma espécie de revelação celestial, ora como um sinal claro de comportamento esquizofrênico.

Embora tenha tido obras premiadas e aclamadas pela comunidade de ficção científica, Dick jamais fez fortuna como escritor, recebendo pouco mais que o adiantamento financeiro cedido por seus editores – dos royalties ele mal tinha notícia. Talvez isso explique porque o autor era tão prolixo. Sua situação financeira era razoável em 1982, quando recebeu uma boa quantia pelos direitos da adaptação cinematográfica de O Caçador de Androides; infelizmente, ele faleceu antes da estreia do filme nos cinemas.

Philip K. Dick no Cinema

Sem dúvida Dick deve figurar no rol dos escritores com mais obras adaptadas ao cinema. A maioria dos fãs dos filmes sequer deve desconfiar, mas são inspirados em trabalhos do escritor, além de Blade Runner – O Caçador de Androides:

    • O Vingador do Futuro, 1990, de Paul Verhoeven, estrelando Arnold Schwarzenegger; e também o remake de 2012, com Colin Farrell; inspirado no conto Lembramos para você a preço de atacado.
    • Confissões de um Louco, 1992; inspirado no romance Confessions of Crap Artist.
    • Screamers: Assassinos Cibernéticos, 1995, com Peter Weller (o eterno Murphy de Robocop); inspirado no conto A segunda variedade.
    • O Impostor, 2002, inspirado no conto homônimo.
    • Minority Report – A Nova Lei, 2002, de Steven Spielberg, estrelando Tom Cruise; inspirado no conto O relatório minoritário.

  • O Pagamento, 2003, de John Woo, estrelando Ben Affleck; inspirado no conto homônimo.
  • O Homem Duplo, 2006, estrelando Keanu Reeves; inspirado no romance homônimo.
  • O Vidente, 2007, estrelando Nicolas Cage; inspirado no conto O Homem Dourado.
  • Radio Free Albemuth, 2010, estelando Alanis Morissette; inspirado no romance homônimo.
  • Os Agentes do Destino, 2011, estrelando Matt Damon; inspirado no conto A equipe de ajuste.

A maioria destes contos está disponível no recente lançamento da Editora Aleph, Realidades Adaptadas. A Aleph tem (re)publicado vários trabalhos de Dick nos últimos meses (confira o link abaixo).

Para saber mais:

  1. O Caçador de Andróides: minha resenha sobre o livro de Dick que inspirou o filme Blade Runner.
  2. Biografia: mais informações sobre Philip K. Dick. Recomendo consultar as demais seções deste site produzido por fãs das obras do escritor (em inglês).
  3. A Experiência Religiosa de Philip K. Dick: história em quadrinhos publicada na revista Weirdo em 1986 sobre a experiência mística do autor em 74; traduzida para português pelo site Ovelha Elétrica.
  4. Realidades Adaptadas: artigo da Revista Trip sobre o lançamento da Editora Aleph que reune sete contos de Dick que inspiraram adaptações cinematográficas.
  5. O filósofo da ficção científica: interessante série em 3 partes publicada no site do The New York Times sobre o autor (em inglês).

Livros que ensinam a escrever

Este é o primeiro artigo de uma nova série do blog. Como o próprio nome entrega, cada texto enumerará cinco recomendações, não apenas de livros, mas também de filmes, jogos e o que mais me der na telha. As listas serão construídas, principalmente, segundo critérios pessoais, logo não são absolutas.

No caso dos livros, é bem possível que a grande maioria sequer tenha sido lida – de fato, talvez até constem em minha sempre crescente lista de leituras futuras. Relaciono-os assim mesmo: se me pareceram interessantes quem sabe o leitor também assim não os considere?

E já que o blog trata da jornada de um aprendiz de escritor, nada melhor do que começar com uma lista de livros sobre escrita, não é?

1

Vencendo o Desafio de Escrever um Romance, de Ryoki Inoue: quem melhor para ensinar a escrever do que o escritor que consta no Livro Internacional dos Recordes como o mais prolífico do mundo, com mais de mil obras publicadas? Reaproveitando e expandindo o conteúdo visto em “O Caminho das Pedras” – onde compartilhou seu método de trabalho pela primeira vez –, Inoue apresenta um manual completo de como elaborar obras de ficção.

Defendendo que um romance não se sustenta apenas sobre uma boa ideia, o autor lista as ferramentas necessárias para obter o resultado proposto pelo título. Sempre com linguagem dinâmica, ele trata tópicos como tipos de leitor, projeto literário, sinopse, argumento, bloqueios criativos, negociação de direitos.

Ao longo do trabalho, Inoue menciona autores que tem como referência obrigatória e ilustra suas recomendações com exemplos práticos. Mas desde o início o autor adverte que, na escrita de um romance, “é fundamental o sacrifício, o esforço, o deixar de lado momentos de lazer, de diversão e de sono”. Tendo isso mente e munido dos conselhos de alguém que já produziu obras de suspense, faroeste, espionagem e diversos outros gêneros, o pretendente a escritor pode, enfim, ter esperança de produzir um livro de sucesso.

Este livro está parcialmente disponível no Google Livros (link abaixo).

2

Você já pensou em escrever um livro?, de Sonia Belloto: este livro é dirigido àqueles que lidam com a escrita no cotidiano e que desejam tornar-se escritores de sucesso. Com uma linguagem dinâmica, a autora discorre sobre estruturas para criar histórias originais, o processo de transmitir ideias, as técnicas de criação de personagens, construção de enredos, como romper bloqueios, descobrir e desenvolver o próprio estilo, e muito mais.

Obra indispensável para conhecer todos os segredos da profissão de escritor. Publicado no Brasil, no Brasil, na África, em Portugal e na Espanha, trata-se ainda de um roteiro para compreender as novas características do mercado editorial.

3

Técnicas para Escrever Ficção, de Júlio Rocha: resultado de estudos e das oficinas ministradas pelo autor, o livro tem como mote que qualquer pessoa pode se tornar um escritor, desde que disponha das ferramentas adequadas. Utilizando uma linguagem clara e direta, o autor aborda as formas de se iniciar um livro, a criação de personagens, a elaboração de diálogos, o jogo de emoções do leitor.

Exemplificando o que funciona ou não por intermédio de excertos de livros de escritores como Dan Brown e ele próprio, Rocha também compartilha dicas valiosas sobre publicação, divulgação e direitos autorais. Alguns críticos afirmam que Rocha é óbvio na maior parte de suas considerações, mas por se tratar de um livro mais prático, repleto de exemplos claros e facilmente identificáveis, este ainda é uma boa pedida.

4

A Jornada do Escritor, de Christopher Vogler: inicialmente elaborado como um guia interno da Disney para a elaboração de narrativas audiovisuais, o livro – conhecido ainda como o “manual de hollywood” para roteiros – é considerado uma compilação das ideias essenciais de O Herói de Mil Faces, onde o acadêmico americano Joseph Campbell identifica elementos comuns em diversos mitos e os define como etapas recorrentes da assim denominada “Jornada do Herói”. O trabalho de Vogler é simplista se comparado ao de Campbell, afirmam alguns críticos, mas seu valor está, justamente, na praticidade.

Em linguagem clara e acessível, ele demonstra como construir e amarrar um enredo seguindo etapas de construção de personagens e situações que resultam na composição de boas histórias. Sem apresentar técnicas, Vogler expõe os aspectos de cada etapa (são doze) e as exemplifica com livros e filmes americanos, como Titanic e Star Wars. O autor defende que os doze passos não são fórmulas, mas mecanismos que, quando manejados com criatividade e inovação, permitem a produção de boas histórias.

A “Jornada do Herói” – ensinada também no curso de estrutura literária do escritor brasileiro Eduardo Spohr (veja link abaixo) – é a base em que se sustentam sucessos literários e cinematográficos. Logo, a leitura deste livro é indispensável para escritores aspirantes e profissionais.

5

A Arte da Ficção, de David Lodge: escritor e professor britânico aclamado, Lodge reuniu neste livro 50 de seus artigos sobre a arte de contar histórias, originalmente publicados nos jornais Washington Post e Independent on Sunday.

Iniciando cada capítulo com trechos extraídos de obras clássicas, o autor destrincha tópicos como ironia, divisão de capítulos, apresentação de personagens e explica termos como “metaficção”, “intertextualidade”, mantendo sempre uma clareza que comunica com o leitor comum.

Entre os escritores revistos por Lodge estão nomes como Jane Austen, James Joyce, George Orwell, Edgar Allan Poe. Mesmo tendo sido publicado em 1992, o livro ainda é leitura essencial para os interessados por literatura e, principalmente, para os escritores iniciantes.

E você, leitor, que livros recomenda para outros colegas escritores?

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Para saber mais:
  1. 5 livros promissores de autores nacionais: a primeira lista que publiquei por aqui à época da campanha de incentivo à leitura promovida por Ademir Pascale.
  2. +5 livros de autores nacionais: outra lista com recomendações de leituras de colegas escritores. Vale conferir.
  3. Vencendo o Desafio de Escrever um Romance: livro de Ryoki Inoue disponibilizado parcialmente no Google Livros.
  4. Você já pensou em escrever um livro? – livro de Sonia Bellot disponibilizado parcialmente no Google Livros.
  5. Fábrica de Textos: site oficial do curso de escrita criativa ministrado por Sonia Belloto.
  6. Dicas para Escrever Ficção: consultadas por centenas de milhares de pessoas e reproduzidas em vários blogs, jornais, revistas e sites de cultura. Por Júlio Rocha, autor de Técnicas para Escrever Ficção.
  7. A Jornada do Escritor: boa resenha do livro de Christopher Vogler publicada no site Heróis e Mitos, com direito a link para uma apostila do curso de estrutura literária ministrada pelo escritor Eduardo Spohr.
  8. A Jornada do Herói: conheça as ideias e os dozes estágios da jornada propostos por Campbell e simplificados por Chirstopher Vogler em seu “A Jornada do Escritor”. Recomendo a leitura.
  9. Estrutura Literária – A Jornada do Herói no Cinema e na Literatura: informações sobre o curso ministrado nas Faculdades Integradas Hélio Alonso de São Paulo pelo escritor Eduardo Spohr, autor de A Batalha do Apocalipse e Filhos do Éden.

Filme Comentado: A Viagem – Cloud Atlas (Pt.2)

Saiba antes de ler: esta é a segunda parte do texto sobre o filme A Viagem. Para melhor apreciá-lo é essencial a leitura da primeira parte, que pode ser conferida aqui.

Meu desencanto com o filme foi motivado, principalmente, pela comparação entre as obras. Não me entendam mal, afinal, eu gostei do filme. Mas ele não correspondeu exatamente às minhas expectativas; queria ser surpreendido, ver algo que mal consigo definir; eu esperava mais. Quando deixei o cinema, ainda estava incerto sobre o que havia compreendido do filme. Pensei que talvez não tivesse sido capaz de assimilar algo secreto, significados ocultos, um apelo humano.

Talvez desejasse perceber conexões mais fortes entre as histórias do que um simples livro que é lido ou um filme que é visto séculos depois. Não acho que a influência desses pequenos legados tenha sido bem trabalhada pelos Wachowski, pois o elo parece sutil, tênue demais na maioria dos casos.

Por exemplo: o filme sobre a vida do editor Cavendish, assistido no futuro pelo clone Sonmi-451, tem impacto marcante em sua história; por outro lado, o manuscrito do romance sobre a vida da jornalista Luisa Rey não afeta em nada os eventos que envolvem Cavendish e suas atribulações no asilo. Da mesma forma, qual é o valor do diário de Adam Ewing para a curta vida do músico Robert Frobisher?

Sobre a história deste, houve ainda algo intrigante e com potencial ignorado pelos roteiristas: como explicar que o compositor Vyvyan Ayrs tenha sonhado com um lugar cuja descrição é bem semelhante ao da lanchonete onde trabalha, no futuro, o clone Sonmi-451?

Resta-me supor que tratam-se de falhas da adaptação. Talvez no livro tais ligações sejam mais palpáveis, pois no filme, a maioria parece limitada à mera presença. Somos tomados pela agradável sensação de reconhecimento – ó, ele está lendo o diário do advogado da primeira história –, mas não é possível extrair mais nada dessas relações.

Ei, aquele é o Tom Hanks reencarnado?

A questão da reencarnação também empalideceu. O troca-troca de atores nos papéis me levou a imaginar que todos os protagonistas e antagonistas recorriam nas diferentes linhas do tempo, o que não ocorre. Como no livro, só os portadores da marca de nascença em forma de cometa representam uma mesmo alma reencarnada.

Pode-se interpretar que o espectador acompanha a trajetória (ou a viagem. Sacaram? Hein, hein?) desse espírito através das eras – um ponto de vista que torna o filme simplista demais. Por outro lado, como demonstrado no infográfico abaixo, é interessante constatar que este ser se encaixa em diversos arquétipos nas diferentes épocas, o que pode representar uma espécie de evolução natural.

Clique na imagem para ver maiores detalhes (o carregamento pode demorar um pouco).

Assim, além deste espírito reencarnado, o que reincide no filme são situações e arquétipos. O vilão da história de Luisa Rey não é o vilão da história de Timothy Cavendish reencarnado, é apenas o mesmo ator representando a reincidência daquele arquétipo.

Embora ocasione tal confusão, a alternância de atores tem um lado positivo, pois gera uma sensação de familiaridade com os personagens, como se o espectador os conhecesse de outras vidas. Isso também o permite identificar-se com o protagonista-mor (a alma reencarnada) em suas experiências.

À luz dessas considerações, a recorrência do amor surge forçada e inverossímil em algumas histórias. Por que o doutor Isaac Sachs se apaixona magicamente por Luisa Rey como se seu sentimento fosse um legado de vidas passadas quando isso nunca fica claro? E como explicar o fato de que ela não parece corresponder a tal paixão?

Afinal, vale a pena assistir ou não?

O filme é uma experiência muito mais interessante quando se foca o portador da marca em forma de cometa. Isso é especialmente verdadeiro na história da jornalista Rey: ela reencontra o homem que amou, emociona-se com as cartas que escreveu, e escuta a música que compôs em sua encarnação anterior.

A Viagem é um filme ambicioso por ousar contar uma, ou melhor, seis histórias de modo tão pouco convencional. Neste quesito, não creio que os Wachowski tenham falhado. Contudo, ao tomar conhecimento da fonte e das diferenças entre esta e a adaptação, toda a produção parece se reduzir a um simples exercício de estilo.

Dois adendos: primeiro, a chance de ver Tom Hanks como um escritor psicótico e Hugo Weaving (o eterno agente Smith) travestido de enfermeira compensa qualquer deficiência do longa; segundo, imagino se os críticos não menosprezaram tanto o filme só para se utilizarem da piada pronta proporcionada pelo título aberrante da versão nacional.

Há muito mais a ser dito sobre Cloud Atlas (o livro). Para os curiosos recomendo uma conferida nos links abaixo.

Para saber mais:

  1. Cloud Atlas Wiki: site colaborativo que objetiva ser a maior fonte de referência sobre o livro de Mitchell e o filme dos Wachowski (em inglês).
  2. Análise de Cloud Atlas: o autor deste blog escreveu uma série de posts onde esmiuça diversos aspectos da obra e de cada uma de suas histórias (em inglês).
  3. Diferenças entre as histórias do livro e do filme: artigo excelente traçando paralelos entre as histórias de ambas as obras (em inglês).
  4. David Mitchell sobre A Viagem: o escritor de Cloud Atlas comenta sobre a adaptação cinematográfica de sua obra no The Wall Street Journal (em inglês).
  5. Jogo da Adivinhação: no site da revista Veja há um jogo (bem bobinho) inspirado no filme; o objetivo é relacionar atores e personagens.

Filme Comentado: A Viagem – Cloud Atlas (Pt.1)

Saiba antes de ler: este post ficou tão grande que foi dividido em duas partes complementares. Talvez o leitor não tenha paciência para ler tudo, mas eu precisava escrever sobre esse filme.

“Passado. Presente. Futuro. Tudo está conectado.” Esta é a instigante premissa de A Viagem, a nova produção dos irmãos Wachowski (Matrix) que estreou recentemente nos cinemas. Na expectativa de uma experiência, no mínimo, surpreendente, fui conferi-la na semana passada.

Ainda que a história não tenha sido exatamente a que eu tinha em mente, não me desapontei ao término de suas quase três horas. A decepção veio no dia seguinte.

Deixei o cinema sem saber exatamente o que pensar. Decidido a tentar decifrar o filme, topei com o livro que o inspirou e foi aí que perdi muito do meu fascínio. Antes de expor as razões de meu desencantamento, porém, quero compartilhar considerações sobre ambas as obras.

Atenção: adiante há revelações sobre os enredos (spoilers).

Sobre o livro

Escrito pelo britânico David Mitchell e publicado em 2004, Cloud Atlas (Atlas de Nuvens, em tradução livre) apresenta seis contos que conduzem o leitor desde o Pacífico Sul do século dezenove até um futuro pós-apocalíptico longínquo. A obra é um quebra-cabeça. Primeiro, o autor inicia e interrompe cada um de cinco contos antes de sua conclusão. O sexto conto é o único narrado do princípio ao fim, quando, então, os seus antecessores são retomados em ordem cronológica reversa.

A grande sacada de Mitchell é encerrar cada conto com o protagonista lendo ou observando a história cronologicamente anterior a sua, o que estabelece o elo entre as narrativas – através de um diário ou de um filme, as histórias repercutem pelo tempo e o espaço. Deste modo, a viagem do leitor termina exatamente onde começou: no Pacífico Sul do século dezenove.

A estrutura do livro não é tão confusa quanto parece (clique para ver).

Estão presentes no livro esta interligação em forma de legado e a questão da reencarnação – a exceção de um, os protagonistas dos contos trazem uma marca de nascença que os identifica como uma mesma alma incorporada em outra vida. Mas esses temas não são o foco de Cloud Atlas.

Segundo o autor, a obra trata da predação de “indivíduos por indivíduos, grupos por grupos, nações por nações, tribos por tribos” que, retratada em diferentes contextos (épocas), explicita seu caráter eterno, recorrente. Mitchel diz ser possível inferir tal interpretação do título: “as nuvens seriam as manifestações mutáveis do Atlas, que por sua vez representa a natureza humana imutável” (?!). A reencarnação, por exemplo, “é só um símbolo (…) da universalidade da natureza humana”.

Em se tratando de recorrências, há as que se destacam ao longo da obra: os movimentos de ascensão e declínio (explicitas na forma de escaladas e quedas ou implícitas em epifanias morais); a contestação da veracidade das histórias pelos protagonistas que as conhecem; e a citação ao número seis (a música que é um sexteto, o personagem que é chamado Sixsmith, a dívida de sessenta mil libras, os seis catecismos dos clones).

Sobre o filme:

Cloud Atlas era considerado por muitos como um livro impossível de adaptar para o cinema. O próprio Mitchell reconheceu que sua estrutura aninhada, de uma história contida em outra, era rígida demais para a telona. A solução encontrada pelos Wachowski foi apresentá-las em paralelo, intercalando-as nos momentos em que as similaridades de situações explicitavam as ligações e recorrências – por exemplo, nas cenas de confronto contra o vilão de cada história.

A sugestão de ressurreição também está presente aqui, mas de modo exacerbado – e até mal pensado. Não só há ênfase na marca de nascença que surge em diferentes protagonistas ao longo das épocas, mas os atores também se tornam recorrentes, alguns interpretando personagens completamente diferentes, outros representando sempre um mesmo arquétipo (o vilão, o oportunista).

Os atores se revezam, surpreendem e divertem em papéis diversos.

Em Cloud Atlas, dois contos apresentam certo aspecto de romance: a do jovem músico e a do clone que se revolta contra o sistema. Em A Viagem, o amor está em toda parte e surge como mais uma característica que interliga as histórias – e a maioria dos desfechos é encerrada com um par romântico estabelecido. Assim, o filme torna-se uma experiência mais sentimental que o livro.

Essas são as principais diferenças entre as obras. Obviamente, há outras que incluem desde a ênfase na luta pela liberdade, a mudança do nome de ao menos um personagem, a remoção de trechos existentes e a inclusão de outros inexistentes no livro de Mitchell (veja na parte dois do texto o link para um interessante artigo que identifica estas e outras diferenças).

Afinal, o que você achou do filme, ô do capuz?
Leia a parte 2 e descubra.

Ghost Writer: Podcast para Leitores e Escritores

Você busca dicas de boa leitura? Tem curiosidades sobre o mercado editorial? Quer conhecer os segredos de escritores publicados? Então ouça o Ghost Writer (GW), uma valiosa fonte para os aficionados por literatura e para aprendizes de escritor.

Fruto da colaboração dos cariocas Ricardo Herdy e Raphael Modena, o podcast se destaca pela informalidade, pelo carisma dos apresentadores e seus convidados e, claro, pelo conteúdo de qualidade.

De periodicidade (quase) quinzenal, o GW conta com 20 episódios lançados. Entre os tópicos discutidos figuram as influências na formação de leitores e escritores, a publicação do primeiro livro e as recomendações de livros marcantes na vida de participantes especialíssimos – o que representa um pesadelo para os que mantêm listas de leituras futuras, diga-se.

Aprendendo com os melhores…

Se você faz parte dos bravos que trilham o caminho do escritor, preste atenção às entrevistas com autores, editores e demais envolvidos no mercado editorial: todas trazem dicas preciosas.

Recomendo especialmente as palavras de André Vianco (Sétimo, O Turno da Noite), Fábio Yabu (Combo Rangers, As Princesas do Mar), Leonel Caldela (O Inimigo do Mundo, O Caçador de Apóstolos), Luis Eduardo Matta (120 Horas, As Bem Resolvidas), Raphael Draccon (Dragões de Éter, Fios de Prata) e Marcelo Amado, da Editora Estronho.

Também há entrevistas com Eduardo Spohr (A Batalha do Apocalipse; Filhos do Éden); Carlos Eduardo Klimick (O Desafio dos Bandeirantes; Era do Caos), Carolina Munhóz (A Fada, O Inverno das Fadas), Renata Ventura (A Arma Escarlate) e outros.

Ultimamente, o GW tem se dedicado a tratar da vida e obra de escritores renomados, como Ray Bradbury, o mestre Stephen King e o brasileiro Ryoki Inoue, o autor mais prolifico do mundo, com mais de 1000 livros publicados. E pensar que ainda há tantos nomes de peso que renderiam muitas horas de debates.

Para escutar em qualquer lugar

Os episódios podem ser escutados on-line ou baixados em formato .MP3 diretamente do site do podcast. Quem quiser manter contato com seus idealizadores também pode acompanhar o Twitter, a página no Facebook ou enviar um e-mail aos mesmos. E para os aficionados também por tecnologia vale citar que o GW também está disponível no iTunes.

E se você for de Gana, por favor, não deixe de entrar em contato com o Herdy e o Modena. Eles têm recebido inúmeros visitantes ganeses, mas ainda não receberam um alô sequer dos ouvintes de lá.

Em tempo: a equipe do GW agora conta com a participação de um locutor profissional; Lucas Amura veio para dar ainda mais qualidade a um projeto que evolui a olhos vistos.

Conheça o Ghost Writer

Site: programagw.podomatic.com

Email: programagw@gmail.com

Twitter: @programagw

Facebook: Podcast Ghost Writer

itunes: Podcast Ghost Writer

Guia de Episódios – 1 ao 20

Episódio Zero – Apresentação

Ricardo Herdy e Raphael Modena apresentam seu projeto.

Episódio 1: A influência do RPG na formação do leitor

Com Eduardo Sporh e Carlos Eduardo Klimick

Episódio 2: Um papo literário com Luis Eduardo Matta – Volume 1

Episódio 3: Um papo literário com Luis Eduardo Matta – Volume 2

Episódio 4: Entrevista com o escritor Leonel Caldela

Episódio 5: Listas – Cinco livros que marcaram nossas vidas

Com Luis Eduardo Matta e João Carlos Batista

Episódio 6: Entrevista com Raphael Draccon

Episódio 7: Neil Gaiman (quadrinhos)

Com Nicole Mezzasalma e Mauro Trevisan (Dr. Careca!)

Episódio 8: Publicando o Primeiro Livro

Com Eliane Raye e Marcelo Amaral

Episódio 9: A influência de Harry Potter na formação de escritores

Com Carolina Munhóz e Renata Ventura

Episódio 10: Listas 2 – Cinco livros que marcaram nossas vidas

Com Eduardo Spohr, Raphael Draccon e Leonel Caldela

Episódio 11: Entrevista com Fábio Yabu

Episódio 12: Ilustradores Escritores

Com Dennis Vinicius, Nanuka Andrade e Marcelo Amaral

Episódio 13: Um papo com o Editor Marcelo Amado

Episódio 14: Entrevista com o Escritor André Vianco

Episódio 15: Listas 3 – Cinco Thrillers que marcaram nossas vidas

Com Eliane Raye e Luis Eduardo Matta

Episódio 16: A vida e a obra de Ray Bradbury

Com Alvaro Domingues e Cesar Silva

Episódio 17: A vida e a obra de Stephen King – Volume 1

Episódio 18: A vida e a obra de Stephen King – Volume 2

Com Affonso Solano, Eduardo Spohr e Raphael Draccon

Episódio 19: Entrevista com Ryoki Inoue – Volume 1

Episódio 20: Entrevista com Ryoki Inoue – Volume 2

Com Luis Eduardo Matta

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Para saber mais:

  1. O que é um podcast: descubra neste artigo no site Leitor Cabuloso; aproveite e conheça podcasts de temas diversos.
  2. Entrevista com Herdy e Modena: os criadores do Ghost Writer falam sobre seu projeto no excelente site podLer.
  3. Papo na Estante: embora não seja atualizado há algum tempo, este podcast literário conta com episódios interessantissímos.
  4. LiteratusCast: podcast literário do site Homo Literatus; atenção especial aos episódios da série Vida de Escritor.
  5. O que é um Ghost Writer: saiba mais sobre esta profissão (sim, isso mesmo) no site da Exame.
  6. André Vianco: site do autor de Os Sete, Sétimo, O Senhor da Chuva, O Turno da Noite e muitos outros.
  7. Carlos Klimick: site do autor de Desafio dos Bandeirantes, Era do Caos e outros.
  8. Carolinha Munhóz: site da autora de A Fada e O Inverno das Fadas.
  9. Editora Estronho: site da editora de Marcelo Amado.
  10. Eduardo Sphor: site do autor de A Batalha do Apocalipse, Filhos do Éden – Herdeiros de Atlântidas e Protocolo Bluehand – Alienígenas.
  11. Fábio Yabu: site do autor de Combo Rangers, Princesas do Mar e outros.
  12. Lucas Amura: site do locutor profissional e novo membro da equipe do podcast Ghost Writer.
  13. Luis Eduardo Matta: site do autor de Conexão Beirute-Teeran, 120 Horas, Morte no Colégio e outros.
  14. Raphael Draccon: site do autor da trilogia Dragões de Éter, Espíritos de Geloe Fios de Prata.
  15. Ryoki Inoue: site do escritor mais prolífico do mundo.
  16. Ryoki Inoue Produções: site da editora de Inoue; oportunidade para escritores em busca da publicação.

+5 livros de autores nacionais

Hoje é dia de comprar livros de autores nacionais com descontos! Há pouco mais de um mês, compartilhei uma lista contendo cinco livros que me pareceram realmente promissores.

Desde então, novos autores e editoras aderiram ao projeto iniciado pelo escritor Ademir Pascale e a quantidade de títulos disponíveis aumentou. Assim, eis uma lista com cinco outros livros que podem interessar ao querido leitor.

Como a primeira lista, esta representa minha opinião e considera apenas as informações fornecidas pelos próprios autores. Recomendo que visitem o site do projeto para conhecer outros trabalhos disponíveis, mas corram, pois os descontos só valem por hoje.

Agora, eis mais um TOP 5:

5

As Bruxas de Oxford, de Larissa Siriani: este primeiro livro da trilogia Coração da Magia narra a história de Malena. Ao mudar-se com sua família para a ancestral Casa Azul, renomada por ter abrigado, séculos atrás, sete bruxas condenadas à fogueira, ela se vê envolvida em estranhos acontecimentos que revelam um passado enigmático.

4

Além do Deserto, de Érica Bombardi: um mundo desértico iluminado por dois sóis é assolado por uma guerra contra as sombras da noite. Enquanto os soberanos da última grande fortaleza buscam a solução para o fim do conflito e a restauração da vida no planeta, a jovem Thera se unirá, involuntariamente, a Mikail, ao felino Oberon e às fadas Lumi e Nadar. Juntos, os quatro traçarão um caminho que os conduzirá a um destino maior que o deserto. Esta intrigante fantasia está disponível em formato impresso ou digital (EPUB) e foi produzida com o apoio do Programa de Ação Cultural da Secretaria de Estado da Cultura do Governo do Estado de São Paulo.

3

Distúrbio, de Valentina Ferreira Silva: amada e dotada de uma beleza incomum, Rossana é uma criança de família rica que teria tudo para ser feliz. Mas sua vida é uma sucessão de tormentos que a levam a conhecer, cedo demais, mundos que nem os adultos são capazes de enfrentar incolumemente: o sexo sem amor, as drogas, a falta de proteção. Lançado pelo selo Estronho, este é um livro denso que pode incomodar pessoas mais sensíveis.

2

Um Lugar Escuro, de Leonardo Zegur: nesta estreia do autor são abordados temas atuais como bullying e o vício em tecnologia. Baseado em fatos reais, o livro narra a história de um jovem da Zona Norte do Rio de Janeiro que, impelido por uma sociedade discriminatória, se vê transformado em alguém que nunca quis ser, envolvendo-se numa trama de assassinatos que o elevam ao status de personalidade.

1

A Culpa é dos Teus Pais, de Maristela Scheuer Deves: um assassino serial está à solta, mas suas vítimas não parecem ter nada em comum além da mensagem deixada junto aos seus corpos. Intrigada, Guisela, uma repórter em início de carreira (foca), decide investigar os crimes por conta própria e acaba atraindo o interesse do enigmático maníaco. Uma trama policial ambientada no universo do jornalismo.

Esta lista foi elaborada em 15 de Julho, quando o último autor listado no site do projeto era Liana Cupini.

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Para saber mais:
  1. 5 livros promissores de autores nacionais: confira também minhas outras cinco recomendações de livros à venda com desconto neste 20 de julho.
  2. No dia 20 de Julho dê livros de autores nacionais de presente: veja a lista de autores e editoras participantes do projeto iniciado por Ademir Pascale.
  3. As Bruxas de Oxford: compre este e outros livros da autora Larissa Siriani no site da própria.
  4. Além do Deserto: compre no site da autora Erica Bombardi; ela também lista livrarias onde o livro pode ser adquirido.
  5. Distúrbio: compre o livro da autora Valentina Ferreira Silva no site da Editora Estronho.
  6. Um Lugar Escuro: compre com o autor Leonardo Zegur no site oficial do livro.
  7. A Culpa é dos Teus Pais: compre diretamente com a autora Maristela Deves pelo site da própria.
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