Estas são as Notas Literárias, sua dose semanal de literatura. Originalmente publicadas na coluna Café Literário, do portal Café com Notícias, elas agora marcam presença no Escriba Encapuzado. Toda quinta-feira o leitor confere por aqui um universo de novidades, curiosidades e inspiração. Caso queira sugerir pautas para este espaço, basta entrar em contato.

Salve amigo leitor, salve amigo aprendiz. Em edição extraordinária, as Notas Literárias de hoje recomendam um evento para a garotada de todas as idades em Belo Horizonte, trazem toques de despertar para quem se diz sem tempo para ler, uma carta inédita de J.R.R. Tolkien e mais. Confira.

Músicas e histórias
Narradora e escritora Beatriz Beatriz Myrrha lança livro Pomar Brasileirinho

Existe em Belo Horizonte um tradicional projeto de música e narração de histórias dedicadas a crianças de todas as idades: o Era uma vez no MMM ocorre no último domingo de todo mês no Museu das Minas e do Metal, situado no prédio rosa da Praça da Liberdade.

A primeira edição do ano será dia 23 de fevereiro, às 11h, e reunirá a narradora Sandra Lane, o violonista Vilmar de Oliveira, e o bailarino e percussionista Evandro Passos no espetáculo De grão em grão todo mundo enche o papo. Participa também do evento a narradora e escritora Beatriz Myrrha, que promove seu livro, Pomar brasileirinho (Fino Traço Editora, 2013).

A entrada é franca e a retirada de senhas se inicia meia hora antes do espetáculo.

Dieta de informação

Você é daqueles leitores que se agoniam por nunca ter tempo o bastante para ler? Olha com remorso para a sempre crescente pilha de livros em sua estante ou e-reader? Não pode evitar passar por um sebo ou livraria sem sair carregando alguns títulos?

Não se preocupe, ó leitor exasperado, você não está só. A solução tampouco está fora de seu alcance. Que tal considerar uma dieta de leitura, como recomendado por Danilo Venticinque, colunista da Revista Época? Nicole Ayres, do site Homoliteratus, também tem dicas para quem quer ler todos os livros que deseja

Multiple Reading

Ei, mas ele está lendo… dicionários!? – Arte de Manu Pombrol

Maus exemplos famosos…
Ator Caio Castro e atriz Dakota Johnson, de Cinquenta Tons de Cinza

Intérprete da protagonista da adaptação cinematográfica de Cinquenta Tons de Cinza, a atriz Dakota Johnson não gostou dos livros da escritora britânica E. L. James. Em entrevista à Vanity Fair, Dakota disse: “(…) foi preciso muita leitura [na preparação para o papel], o que eu adoro, mas ela [Anastasia Steele, a protagonista] é uma estudante de literatura, então é meio chato”. Ceeerto…

Já no Brasil, o ator Caio Castro afirmou ler apenas “por obrigação” e “para estar ‘antenado’ quando alguém lhe fizer alguma pergunta”. A declaração gerou revolta em artistas como Ingrid Guimarães, Pedro Paulo Rangel e Miguel Falabella.

… e bons exemplos anônimos.

Marcelo dos Santos Soares - Otacilio Lages EMDA PressEm Belo Horizonte, um morador de rua sobrevive da venda de livros há 10 anos. O baiano Marcelo Augusto Soares se diz um leitor voraz desde a infância e tenta ler todas as obras antes de vendê-las – ele tem predileção pelo romance, mas lê outros gêneros “para passar o tempo”.

Talvez inspirado pelo caso, o site Listas Literárias publicou uma seleção de 10 fotografias de moradores de rua que não abandonaram o hábito da leitura. A sua cara não queima, senhor Caio Castro?

Seria tão bom se todos os sonhos bons se tornassem realidade e as tristes realidades não passassem apenas de sonhos”. Marcelo dos Santos Soares, morador de rua.

Rapidinhas
  • Oportunidade para ilustradores de fantasia

    A Revista Bang fez uma chamada aos ilustradores de fantasy art. Interessados em terem seus trabalhos publicados na versão impressa da revista devem entrar em contato pelo e-mail bang@saidadeemergencia.com

  • Menor livraria do mundo

    Localizada no bairro da Baixa, em Lisboa (Portugal), a livraria do Simão armazena mais de 3 mil títulos em menos de 4 metros quadrados.

  • Carta inédita de J.R.R. Tolkien

    Nunca antes publicada, carta do autor de O Senhor dos Anéis escrita em 1955 para seu editor trata das dificuldades enfrentadas na conclusão do último livro da clássica trilogia. A revelação mais polêmica, porém, foi a de que o romance de Aragon e Arwen deveria ter sido cortado na versão final.