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O desafio de escrever diariamente

(ou “De como Kazuo Ishiguro escreveu um romance premiado em 4 semanas”)
Escritor Kazuo Ishiguro

Kazuo Ishiguro: sorriso de Mona Lisa

Escrever é um desafio. Do iniciante ao profissional, não há escritor que discorde. É claro que nem todos admitirão em voz alta, sabe-se lá por quê. Já os que o fazem, ah, abençoados sejam por sua humanidade!

Em artigo publicado no The Guardian e traduzido pela Companhia das Letras, o escritor nipo-britânico Kazuo Ishiguro conta como escreveu o premiado romance Os Resíduos do Dia em 4 semanas. Dá vontade de chorar, não? Calma lá, que a coisa não é tão simples quanto parece.

O segredo

Pra começar, Ishiguro largou um emprego regular para se dedicar à carreira. Isso ocorreu no ano em que foi publicada Uma pálida visão dos montes, sua primeira obra – e é bem provável que o sucesso do livro tenha influenciado na decisão do autor. Assim fica fácil, certo? Nem tanto.

Nos anos seguintes, Kazuo estabeleceu, em suas palavras, “um ritmo razoável de produção”. Não bom, não ideal, razoável. Ainda assim, isso bastou para garantir a conclusão do segundo livro, Um artista do mundo flutuante. O sucesso de público, porém, trouxe a ruína da rotina: agora era preciso gerenciar rumos para a carreira, convites para jantares, palestras, viagens.

Foi nesse contexto que Kazuo começou a escrever Os Resíduos do Dia. Quase um ano depois, porém, tudo o que havia do novo livro era o primeiro capítulo… e nada mais. Percebendo que era preciso se livrar das novas distrações – que escritor não gostaria de lidar com elas, hein? –, Kazuo se dedicou apenas à escrita do romance por 4 semanas.

Livros de Kazuo Ishiguro

Romances de Kazuo Ishiguro em Português

O confronto

Nada de agenda, de visitas, de cartas nem telefonemas, nada de trabalhos domésticos. Por 4 semanas. Das nove da manhã às dez e meia da noite, de segunda a sábado, com uma hora pra almoço e duas pra o jantar, Kazuo se isolou em seu estúdio com seus mapas e notas. A esposa garantia que ninguém o incomodasse.

Kazuo Ishiguro, 1989

Ishiguro e seu romance premiado, 1989.

Ao término do prazo, o livro estava pronto. Não parece lá tão difícil, hein? Segura o reggae! O texto daqueles dias não era o mesmo que foi premiado com o Booker Prize em 1989. O próprio Kazuo confessou que aquela primeira versão estava repleta de inconsistências, diálogos falhos, cenas desnecessárias. Contudo, a essência da história e toda a criatividade do autor estavam ali.

Todo o esforço de pesquisa já tinha sido despendido quando o autor se lançou ao “confronto” de 4 semanas, é claro. Ishiguro tinha claro em sua mente os conhecimentos necessários sobre a ambientação, personagens, enfim, sobre a história que queria contar. Algumas influências indiretas, frutos de vivências e não de qualquer pesquisa, também surgiram no caminho, o que é interessante.

O desafio

Identifiquei-me com todo o relato de Kazuo, já que seu processo não foi diferente do que eu mesmo empreguei durante minha participação no NaNoWriMo, o evento internacional que te desafia a escrever um livro em 30 dias – e eis aí outro bom argumento contra os detratores.

Calendário do Escritor, por Diego Schutt

Não quebre a corrente: escreva todos os dias!

Assim, qual é a principal lição que Ishiguro nos passa? Escreva. Escreva todos os dias, mesmo que um pouco, mesmo sem inspiração, mesmo quando tudo está horrível. É muito mais fácil trabalhar um livro que existe em uma versão ruim, defeituosa, mas que está ali, concreto, te desafiando, do que um livro que existe apenas em sua cabeça.

O contrário não é impossível, não é o que estou dizendo, mas, ao menos pra mim, é muito mais complicado trabalhar dessa maneira. Abençoado seja Ishiguro por sua humanidade!

Você conseguiria escrever um livro em 4 semanas? Dê sua opinião nos comentários.

Para saber mais:

  1. Como escrevi Os Resíduos do Dia em quatro semanas: tradução do artigo de Kazuo Ishiguro publicado no blog da Companhia das Letras.
  2. Calendário do Escritor: gostou do calendário na imagem? Pois você pode baixar um igualzinho (e de graça!) no Ficção em Tópicos, site do parceiro Diego Schutt. Tá esperando o quê?

Especial NaNoWriMo:

  1. 30 dias para escrever um livro – saiba mais sobre o evento no primeiro artigo da série sobre o evento.
  2. As críticas e o valor do desafio – saiba porque o evento é visto com desconfiança por escritores e demais profissionais do mercado editorial.
  3. Como escrevi um livro em 30 dias – onde detalho minha participação no evento em 2012.
  4. Diário de escrita – onde falo sobre valor de se manter um diário e compartilho o meu próprio.
  5. Guia de sobrevivência – dicas para aqueles que ousarem aceitar o desafio!
  6. National Novel Writing Month: página oficial do evento (em inglês).

Jardineiro de Ideias – Curso de Formação de Escritores On-Line

Diego SchuttHá quatro anos o site Ficção em Tópicos é uma referência fundamental em minha jornada de escritor. Esse acervo de técnicas, dicas e inspirações editado pelo parceiro Diego Schutt é hoje, sem dúvida, o mais completo e consistente da internet brasileira.

Com um currículo que inclui formação em escrita criativa na Austrália, Suíça, Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha e Brasil, o Diego tem experiência de sobra para orientar os mais de 20 mil leitores que acessam seu site diariamente.

Agora imagine essa fera ministrando um curso onde você pode aplicar todo o conhecimento reunido no Ficção em Tópicos. Pare de imaginar e conheça o Jardineiro de Ideias, uma oficina on-line para escritores.

Arquitetos e Jardineiros

Em entrevista à Rolling Stone em 2012, George R. R. Martin falou sobre escritores arquitetos e jardineiros: o arquiteto é aquele que planeja cada aspecto de uma história antes de escrevê-la; já o jardineiro desenvolve uma ideia sem saber ao certo a onde ela o conduzirá. Foi esta última noção que inspirou a criação do curso.

A proposta do Diego não é ensinar como planejar, escrever e publicar um livro, mas como desenvolver ideias em textos criativos utilizando as técnicas e dicas do Ficção em Tópicos. É o começo ideal para qualquer escritor são o bastante para não se meter a tentar escrever logo de cara o próximo Harry Potter ou O Senhor dos Anéis.

Jardineiro de Ideias - Curso On-Line de Criação de Histórias de Ficção

Estrutura e Preço do Curso

O Jardineiro de Ideias tem duração de 6 semanas e é direcionado para uma turma de 4 a 10 participantes. O curso é inteiramente on-line. A cada semana serão disponibilizados 1 vídeo, 2 artigos técnicos e 1 exercício de escrita criativa com foco nos principais elementos de histórias de ficção (personagens, conflito, enredo, cenários, diálogos, tema). Todos os textos serão lidos e avaliados pelo Diego, além de publicados em uma comunidade de escritores exclusiva para que outros colegas também possam comentar.

O valor do curso é de R$ 550,00, um preço mais do que justo a se pagar pela qualidade do material e pela experiência do instrutor. O pagamento pode ser feito com cartão de crédito, débito on-line ou boleto bancário através do PagSeguro – é possível dividir o custo em até 12x.

Data de Início e Inscrições

Consultorias do Ficção em TópicosInteressado, amigo escritor? Então corra, pois a nova edição do curso começa já no próximo dia 17. São apenas 10 vagas!

Inscreva-se hoje mesmo no curso on-line Jardineiro de Ideias.

E se você não pode desembolsar quinhetinhos, mas está precisando de uma forcinha para desenvolver aquela ideia esperta ou melhorar uma história já pronta, confira as consultorias individuais que o Diego oferece a preços mais acessíveis.

E aí? Vamos plantar e colher ideias?

Você sabia… que Diego Schutt é um dos 58 escritores que compartilham experiências no eBook da série 7 coisas que aprendi?

Para saber mais:

  1. Jardineiro de Ideias: um curso que ensina a plantar ideias e colher histórias. Por Diego Schutt, do excelente Ficção em Tópicos.
  2. eBook 7 coisas que aprendi: 58 escritores compartilham suas experiências e o Diego Schutt está entre eles. Imperdível.
  3. 5 eBooks Gratuitos para Escritores Iniciantes: dicas valiosas em bom português imperdíveis para quem quer ser escritor.
  4. Serviço: Oficinas Literárias:confira recomendações de oficinas de criação literária espalhadas por todo o país.
  5. É preciso fazer faculdade para ser escritor? uma faculdade é capaz de transformar alguém em um escritor (de ficção) profissional?
  6. Como ser escritor? – Qual é o caminho certo que conduz ao sonho de ser um autor reconhecido?
  7. Quero ser escritor! – Algumas palavras sobre o sonho de viver de literatura no Brasil.
  8. Metodologia 5+10: 5 regras e 10 orientações flexíveis que busco seguir em meu caminho para tornar-me um escritor.
  9. Não perca a motivação – 10 dicas para escritores: minha tábua de mandamentos pessoais para os momentos de crise existencial.
  10. 5 dicas para escrever contos: confira 5 conselhos do renomado escritor de fantasia norte-americano Philip Athans.
  11. Interpretações da Leitura Crítica: se estivessem vivos hoje, o que pensariam os grandes escritores do passado sobre os estudos de suas obras?

NaNoWriMo: 30 dias para escrever um livro

Ano passado, eu abandonei o blog por um mês inteiro para escrever um livro. Unindo-me a outros loucos de todo o mundo, topei o desafio proposto pelo National Novel Writing Month ou NaNoWriMo (Mês Nacional de Escrita de Romances, em tradução livre).

Com a proximidade de mais uma edição, decidi elaborar uma breve série de artigos para compartilhar um pouco dessa inesquecível e enriquecedora experiência.

Iniciado nos Estados Unidos, o NaNoWriMo completa 15 anos em 2013 com mais de 300 mil (número da última edição) inscritos de diversos países, incluindo o Brasil – já passou da hora dos organizadores reverem o nome do evento, não? A participação é livre e não há restrições quanto a gênero, tema, idioma ou estrutura da obra.

Em contrapartida, espera-se que algumas diretrizes sejam seguidas pelos participantes. Mas as únicas regras verdadeiras são essas: o livro deve ser escrito num mês (Novembro) e ter, no mínimo, 50 mil palavras.

Trinta dias de abandono literário

Para alcançar uma meta tão assustadora, é preciso escrever algo em torno de 1.667 palavras por dia. Difícil? Pode apostar que sim. Mas não é impossível, como comprovam os milhares de vencedores das edições passadas.

A chave para a conquista é ter consciência de que o livro não estará pronto para publicação ao final do desafio. Os próprios idealizadores alertam que tal chance é ínfima: o mais provável é que o resultado será horrível. Tudo bem, afinal, o objetivo aqui é outro.

“A primeira versão de qualquer coisa é uma merda.”

O NaNoWriMo é o necessário chute nos fundilhos daqueles que querem ser escritores, mas se deixam desanimar pelo perfeccionismo, pela inércia, e por outras tantas desculpas fajutas. Trata-se de um incentivo à produção de algo concreto, nem que seja um rascunho tosco.

Ao encarar o desafio, é preciso desligar o crítico interno. As revisões, adaptações e reescritas serão necessárias, mas somente mais adiante. Novembro é o mês para transpor ao papel uma história que se deseja contar ou pensamentos que se queira expressar. A única preocupação deve ser escrever, escrever, escrever.

Começando do zero (mas nem tanto)

Pelas diretrizes, trabalhos anteriores não podem ser aproveitados, ou seja, é preciso escrever um livro a partir do nada. Nada impede, porém, que o participante rascunhe um planejamento com certa antecedência. Na verdade, um guia é mais do que aconselhável, é essencial para a vitória.

O NaNoWriMo é uma maratona; é preciso produzir muito no menor tempo possível – e ainda conciliar a escrita com as demandas naturais do dia a dia. Por isso, o ideal é ter claro desde o começo o livro que se pretende escrever para evitar desperdiçar horas tentando encontrar o rumo perdido.

“É tudo parte do plano.”

O planejamento é ainda mais útil ao se produzir uma coletânea de contos, já que esta trará diferentes narrativas, com personagens e situações diversas. Planejar evita bloqueios e ajuda a focar apenas na escrita durante os 30 dias.

Para aprender com os colegas

Para promover a interação entre os participantes, o site do NaNoWriMo dá suporte a vários fóruns. Divididos por regiões, esses pontos de encontro virtuais são moderados por municipal liaisons (algo como referências municipais): a eles cabem, entre outras, a função de divulgar o evento em sua comunidade.

Até 2012 os fóruns brasileiros eram gerenciados pelo paulista Fernando Aires e pela porto-alegrense Luiza Monteiro, ambos participantes (e vencedores) de várias edições anteriores – é preciso ter vencido o NaNoWriMo para se tornar um municipal liaison.

Os encontros presenciais, chamados write ins ou parties (saraus), também são comuns. Neles os participantes confraternizam, celebram o começo ou o fim do evento e, é claro, escrevem – mas nem todos, já que é possível encontrar quem participe apenas como observadores desse grande laboratório.

Uma brincadeira séria

Ao contrário do que parece, o NaNoWriMo não é uma competição. De fato, não há nada de espetacular na premiação reservada àqueles que alcançarem a meta de 50 mil palavras: um certificado, um emblema, artes para camisetas, alguns descontos em programas de parceiros e só.

Recompense-se com um delicioso cappuccino.

O valor do evento está na motivação proporcionada por sua meta e prazo, na chance de ter ao menos uma primeira versão completa do livro tão sonhado, na oportunidade de interagir e aprender com uma comunidade que reúne escritores amadores e profissionais.

Interessado? A próxima edição do NaNoWriMo está chegando. Ainda há tempo para se preparar, então que tal já ir tacando no papel algumas ideias para sua obra? Produza um guia caprichado e vá se aquecendo para um mês inteiro de abandono literário.

As “Regras” do NaNoWriMo

O evento garante liberdade de criação aos participantes, mas estabelece certas orientações para definir quem pode se considerar um vencedor do desafio.

Note-se que nada disso impede a participação, já que a única validação no site do NaNoWriMo se dá sobre a quantidade de palavras; cabe a cada um manter-se em paz com sua consciência.

  1. Escrever um romance de 50.000 mil palavras ou mais durante o mês de novembro.
  2. Começar do zero. Nada impede o participante de fazer planejamentos, pesquisas, rascunhos, mas nenhum material escrito previamente pode ser utilizado na contagem final do desafio. Não é permitido dar continuidade a um trabalho pré-existente.
  3. Aceita-se somente romances. É considerado um romance todo trabalho longo de ficção, incluindo ficções de fãs (FanFics) e coletâneas de contos, desde que tenham um tema em comum. Música, poesias, roteiros, quadrinhos, e obras de não ficção (biografias, memórias, autoajuda) não são romances.
  4. Autoria única. Não são permitidos livros escritos em parceria. Espera-se que o participante escreva mais do que uma única palavra repetida 50 mil vezes.
  5. Enviar o livro ao site para validação de palavras nos últimos dias de novembro.

Para saber mais:

  1. National Novel Writing Month: página oficial do evento. Acesse, informe-se e participe do desafio!
  2. Como consegui escrever um livro em 4 semanas: relato de Diego Schutt, autor do Ficção em Tópicos e participante da edição de 2010 do NaNoWriMo.
  3. NaNoWriMo: O que eu aprendi sobre ser escritor? relato de Bruno Cobbi, autor do Aprendiz de Escritor e editor na Terracota Editora.
  4. NaNoWriMo por Sara Farinha: a escritora lisboeta tem grande experiência e já escreveu vários posts sobre o evento. Confira suas dicas preciosas.

Os 5 pecados mortais em narrativas de ficção

Criado e editado por Diego Schutt, o Ficção em Tópicos é um excelente portal que reúne o mais completo acervo de técnicas de produção de narrativas ficcionais do Brasil.

Quem acompanha meu blog a mais tempo sabe que tenho este site entre minhas principais referências e até já deve ter lido a contribuição de Diego para a série 7 coisas que aprendi.

É uma grande honra, portanto, anunciar que a partir de hoje também escreverei por lá. E minha primeira colaboração para o trabalho do grande Diego já foi publicada: um texto onde trato dos 5 pecados mortais que escritores iniciantes cometem em suas histórias.

Confiram: http://ficcao.emtopicos.com/2013/07/pecados-narrativas-ficcao/

Resoluções de 2013

Em 2012 assumi de vez o desejo de tornar-me escritor e firmei o compromisso pessoal de me dedicar a isso seriamente. Dando continuidade à jornada, os objetivos para este novo ano são mais ambiciosos. Como antes, materializo e torno públicas as minhas resoluções para 2013, o ano da profissionalização.

Audácia em 6 resoluções
  • Estudar técnicas de estrutura literária

    A boa escrita exige mais do que familiaridade com as palavras, assim como um livro não se sustenta apenas sobre uma ideia criativa. É preciso conhecer os instrumentos utilizados para compartilhar histórias: modos de narração, criação de personagens, desenvolvimento de cenas, entre outros aspectos.

    Aprender por conta própria é possível – a Internet disponibiliza inúmeros recursos para isso –, mas há quem defenda que o ideal é ser instruído, desafiado e avaliado por profissionais experientes, cujos currículos listem trabalhos publicados e reconhecidos. No meu caso, optarei por ambos: além de continuar usufruindo das dicas de sites como Ficção em Tópicos, Writer’s Digest e Vida de Escritor, participarei de uma oficina de escrita criativa.

  • Fazer um curso sobre mercado editorial

    Engana-se quem pensa que o trabalho do autor termina com o ponto final. Há ainda um caminho longo e repleto de pedras a percorrer, mas a viagem pode ser mais agradável para os que sabem o que esperar dela.

    Modalidades de publicação, direitos autorais, acordos contratuais; estes e muitos outros são conhecimentos fundamentais para quem pretende iniciar uma carreira de escritor. O curso mais completo e acessível que encontrei até o momento é prestado on-line por Thalita Rebouças, escritora renomada com mais de 11 anos de experiência.

  • Acompanhar as narrativas digitais e o mercado de e-books

    Dois temas que têm atraído meu interesse nos últimos anos. O primeiro diz respeito às novas maneiras de contar histórias, criando experiências mais interativas – há projetos interessantíssimos nesta área, alguns da autoria de brasileiros. O segundo tem se destacado com a chegada da Amazon ao país, e, naturalmente, pretensos escritores como eu devem estar sintonizados.

  • Participar de eventos literários

    O ofício de escritor é solitário por natureza, mas é importante não se tornar um ermitão. Cercar-se de tudo relacionado à literatura não só permite estar atento às tendências como também possibilita contato (e aprendizado) com escritores em diversos estágios da carreira e, mais importante, com leitores.

  • Escrever um livro

    A participação no NaNoWriMo demonstrou que, com a medida certa de estímulo, preparação e dedicação, produzir uma obra não é o pesadelo que eu imaginava. O objetivo é pôr logo em prática a experiência adquirida nos estudos citados acima. Ideias não me faltam, mas devo optar por uma de duas que há algum tempo me imploram para serem escritas.

    Comecei determinando períodos exclusivos para isso, livres de preocupação com trabalho e outras responsabilidades; durante eles ficarei inacessível para a maioria das pessoas, a exemplo do que fiz em novembro passado, quando escrevi oito contos, totalizando mais de 50 mil palavras. Maiores detalhes sobre o livro não serão compartilhados tão cedo, porém, tenciono manter um diário de produção que divulgarei posteriormente por aqui.

    Quem mais se atreve a escrever um livro em 2013?

  • Buscar pareceres profissionais de textos autorais

    Tenho trabalhos inacabados que pretendo finalizar e disponibilizar para a avaliação de um profissional antes de publicá-los – o que também vale para meu primeiro livro, assim que a primeira versão estiver finalizada. Espero que este retorno, somado à participação em oficina criativa, contribua para meu amadurecimento como escritor.

Ainda sob o capuz

Aí estão minhas resoluções para 2013. Algumas são atrevidas, admito, mas há pouco valor na conquista sem um pouco de ousadia. Obviamente, também pretendo escrever bastante nesse ano, afinal, isso é o que faz um escritor. Mas, com exceção dos artigos do blog e uma ou outra historieta despretensiosa, a minha produção ainda não deverá ser disponibilizada aos leitores.

Tal decisão é tremendamente angustiante, pois o desejo de ser lido (e reconhecido, é claro) é maior que tudo. Conter a ansiedade de divulgar trabalhos que ainda não estão completamente finalizados não será fácil – de fato, este será um dos grandes desafios do ano –, mas creio que é preciso por ora.

E vocês, aprendizes, o que planejam para este novo ano?

Para saber mais:

  1. 25 resoluções de escritor para 2013 (e além): tendo dificuldades em elaborar suas resoluções de ano novo? Dê uma olhada nas listadas neste interessante artigo; algumas delas podem se aplicar a você (em inglês).
  2. O problema das resoluções de ano novo: artigo do Jornal do Empreendedor. Recomendo a leitura.
  3. Mercado editorial para escritores iniciantes: os bastidores de tudo o que você precisa saber para publicar e divulgar o seu livro. Curso ministrado on-line pela escritora Thalita Rebouças.
  4. Ficção em Tópicos: Diego Schutt compartilhar dicas valiosas sobre desenvolvimento de ideias, estrutura, estilo, criação e muito mais. O site mais completo sobre a arte de escrever.
  5. Vida de Escritor: site do escritor e parceiro Alexandre Lobão, repleto de dicas sobre escrita e mercado. Também publica os artigos da série 7 coisas que aprendi.
  6. Writer’s Digest: disponibiliza dicas, livros, arquivos digitais, propostas de escrita, e um vasto acervo de recursos para escritores (em inglês).
  7. Amazon.com.br: versão nacional da maior varejista on-line do mundo. Atualmente, só o Kindle e seus livros estão disponíveis para compra.
  8. Resoluções de Escritor: post de 2012 onde discorro sobre o valor de assumir resoluções publicamente.
  9. Resoluções Revistas – Balanço de 2012: post onde revejo as resoluções que foram ou não cumpridas.

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