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Quero ser escritor!

Desde a infância sonho em ser escritor. Alimentado pelos livros da série Sítio do Pica-Pau Amarelo de Monteiro Lobato, das clássicas coleções Vaga-lume e Para gostar de ler, pelos quadrinhos da Turma da Mônica e dos heróis da Marvel e DC, não é surpresa que eu tenha crescido fascinado pela arte de contar histórias.

Obviamente, escritor não é o tipo de profissão que deixa os pais satisfeitos e tranquilos quanto ao futuro de sua cria – ao menos não aqui no Brasil. Assim, à medida que eu amadurecia fui deixando o sonho de lado e encarando a dura realidade que assassina potenciais artistas ainda no berço (modéstia à parte).

O ciclo se repete a cada geração, com poucas variações: concluir os ensinos principais (de preferência com uma especialização técnica), encontrar um emprego para pagar a faculdade, graduar-se num curso com amplo mercado de trabalho, melhorar de emprego. Mas não termina por aí: ainda é preciso trabalhar por promoções (ou por um concurso público), constituir família, cuidar dos filhos e de sua educação…

Há pouco mais de um ano decidi rebelar-me contra essa “ordem natural” que nos é imposta. Desde então tenho me dedicado ao sonho, estudado técnicas de escrita e buscado aprender com outros escritores, nacionais e internacionais. Em minhas surfadas digitais já topei com conselhos preciosos de autores como os best-sellers Neil Gaiman e Stephen King.

Mas há exemplos mais próximos de nossa realidade, indivíduos jovens e de origens humildes com os quais é fácil identificar-se e de onde se pode extrair inspiração diária. Autores como Eduardo Spohr (A Batalha do Apocalipse) e Raphael Draccon (Dragões de Éter) são famosos por compartilhar textos valiosos para escritores em início de carreira.

Há inúmeros outros, é claro, com mais anos de estrada, mas não se pode desprezar a experiência desses jovens escritores que têm abalado as estruturas do mercado editorial.

Se o leitor, como eu, sonha em se dedicar a esta profissão tão ingrata e tão gratificante, recomendo a leitura de alguns textos de Draccon sobre o gênero fantástico e a vida de escritor. Já Spohr preparou um guia para a carreira literária em seu blog – os que residem em São Paulo também devem ficar antenados ao já renomado curso de estrutura literária promovido pelo autor.

Aprendizes e escritores espalhados por aí, compartilhem com o mundo suas experiências, entrem em contato!

Para saber mais:

  1. Não perca a motivação – 10 dicas para escritores: minha tábua de mandamentos pessoais para os momentos de crise existêncial. :)
  2. 5 livros que ensinam a escrever: algumas obras em português que podem ser úteis aos escritores iniciantes.
  3. Série 7 coisas que aprendi: página principal do projeto que convida escritores em diversas fases da carreira a compartilharem suas experiências.
  4. Mercado Fantástico: Raphael Draccon compartilha o que sabe sobre o mercado editorial.
  5. Jornadas Fantásticas: aqui Draccon escreve um pouco sobre a vida de escritor e compartilha conselhos preciosos.
  6. Guia para a carreira literária: Eduardo Spohr apresenta uma coletânea de dicas, podcasts, livros e muitas outras preciosidades para aprendizes de escritor.
  7. 10 passos para ser escritor: excelente texto do escritor e oficineiro de escrita criativa Charles Kiefer.
  8. Quero ser escritor: ótimo artigo com sugestões de livros para os que sonham em ser escritor.
  9. Escrevi meu livro. E agora? – Apostila da escritora Ana Cristina Rodrigues dedicada aos que já tem livros prontos para publicar.
  10. Quer ser escritor? – Página do curso on-line oferecido pela famosa escritora Thalita Rebouças.

5 dicas para escrever contos

Há pouco tempo o escritor americano Philip Athans publicou em seu blog algumas dicas sobre como produzir um conto completo numa única sessão de escrita.

Imaginem quantas histórias uma pessoa que escreve regularmente poderia produzir assim? Bom demais para ser verdade? Talvez, mas é possível. E nem é preciso ser um best-seller como Athans.

5 atitudes ao escrever contos
  1. “Tenha a história quase pronta em sua imaginação antes de começar.”

    Não é preciso montar um roteiro completo, mas imaginar uma parte do todo ajuda bastante. Particularmente, procuro visualizar primeiro personagens (não muitos; de dois a três, às vezes só um) com características e históricos inusitados – costumo ser detalhista neste ponto, o que não é o ideal para narrativas curtas (tenho trabalhado esta questão, mas falo disso outro dia).

    O próximo passo é imaginar o conflito do conto, algo que os personagens queiram e que os coloque em atrito um com os outros ou consigo mesmos. A seguir, eu imagino o momento ou a cena em que o conflito eclodirá (o clímax), explicitamente ou não. Às vezes tento antecipar também o final, mas se não o encontro me contento com o que já tenho.

  2. “Não ligue o computador até que saiba qual será a sua primeira frase.”

    Acrescento: e até que saiba como o conto começará. A página em branco intimida, confunde. Ela tenta te convencer de que sua ideia não é tão boa quanto parece e, por isso, não merece ser escrita. Como ela ousa?! Felizmente, a página em branco tem ponto fraco: uma vez preenchida (quanto mais palavras, melhor), ela perde seu poder. Arme-se antes de desafiá-la.

    Travou? Dê um tempo e tente novamente.

  3. “Não se preocupe com os detalhes. Deixe-os para depois.”

    Não se trata de escrever algo superficial. Detalhes são importantes, dão cor e vida próprias ao texto. Mas a preocupação agora é tirar aqueles fragmentos de informação da cabeça e uni-los para contar uma história. Neste momento não importa o tipo de tecido do vestido daquela mulher sedutora nem o nome do drinque que o psicopata lhe paga.

    Quando não consigo evitar a necessidade de ser específico, faço uma consulta rápida a um dicionário, a uma enciclopédia, a um conhecido ou mesmo ao Google – ainda não consegui me convencer a não escrever com Internet ligada –, mas, se não encontro o que procuro, escrevo algo genérico, destacado em negrito e caixa-alta, e sigo em frente.

  4. “Continue escrevendo, o mais rápido que puder, não importa como.”

    Não pense, apenas escreva. Não se preocupe com os erros de ortografia e gramática, ignore as frases mal construídas e os diálogos patéticos, deixe passar as falhas de continuidade. Não releia o texto, coloque palavra atrás de palavra e prossiga. Escreva, escreva, escreva. E então…

    Entregue-se à escrita.

  5. “Quando achar que chegou a um ponto onde a história deve acabar, pare.”

    Normalmente ele está em algum lugar logo após o clímax do conflito. É mais fácil identificar esse ponto, obviamente, quando se conhece de antemão o desfecho do conto. Por outro lado, também é possível que o final se forme na mente durante a escrita. Mas se nenhum dos dois casos se aplicarem, o melhor é seguir a intuição. De qualquer modo, uma vez exposto o conflito, é importante não se alongar e concluir o conto o quanto antes.

“E atenção: se liga aí que é hora da revisão.”

Com um pouco de prática, é perfeitamente possível escrever um conto numa única sentada, parafraseando Athans. A satisfação de ver sua história narrada do inicio ao fim bem ali, diante de seus olhos, é única – igualável apenas, talvez, pela satisfação de concluir um romance.

Mas calma lá!

O texto está terminado, mas não está pronto para ser apresentado ao mundo, pelo contrário. Esta é apenas a primeira versão e é bem provável que seja horrível – não se podem esquecer os problemas ignorados lá atrás, correto? Antes de enviá-lo para os amigos ou postá-lo no blog será preciso lapidar (e muito) esse diamante bruto.

Deixe isso para outra oportunidade. Por ora, encoste o texto e esqueça-se dele por uns dias. Fique feliz por ter escrito um conto completo de uma só vez e vá pegar aquele agradinho que prometeu a si mesmo caso conseguisse cumprir mais este desafio.

Aproveite um repouso merecido.

E vocês, leitores? Como costumam escrever seus contos?

Para saber mais:

  1. Não perca a motivação – 10 dicas para escritores: minha tábua de mandamentos pessoais para os momentos de crise existêncial. :)
  2. O pesadelo das revisões constantes: um desabafo sobre essa dificuldade que, felizmente, tenho conseguido superar.
  3. Metodologia 5+10: 5 regras e 10 orientações flexíveis que busco seguir em meu caminho para tornar-me um escritor.
  4. Estrutura dramática de um conto: ótimo artigo escrito pela escritora parceira Sara Farinha.
  5. The one-sitting short story: onde Philip Athans fala sobre como escreveu um conto de 6.000 palavras numa única noite. Visite outras seções do blog para saber mais sobre o escritor (em inglês).

7 coisas que aprendi: de escritores para escritores

eBook 7 coisas que aprendiNo 100º post do Escriba Encapuzado, nada mais adequado que falar da série mais popular do blog.

Quando decidi me tornar um escritor, uma de minhas primeiras fontes de aprendizado foi o site americano Writer’s Digest (WD). Além das inúmeras dicas e conselhos publicados por lá, uma coluna regular despertou meu interesse.

Nela escritores convidados compartilhavam com os leitores 7 coisas que aprenderam ao longo de suas trajetórias. Lembro-me de pensar de pronto: por que não existe algo assim aqui no Brasil?

Aprendendo com casos de sucesso

É incrível o quanto se pode aprender com autores publicados, ainda que de outros países. O que mais me surpreendeu, porém, foi a disposição deles em escrever sobre tópicos uteis tanto para profissionais quanto para aspirantes – alguns até cedem cópias de seus livros para ser sorteado entre os comentaristas. Eis algo que não se vê todo dia em terras tupiniquins.

Não que seja impossível achar textos de valor semelhante por aqui. Eduardo Spohr e Raphael Draccon são dois exemplos de escritores de renome que já compartilharam muitos conselhos sábios. Há também podcasts literários como o Ghost Writer e o LiteratusCast cujos autores entrevistados tem muito a dizer. Depoimentos preciosos estão disponíveis também em livros como os da série Mistérios da Criação Literária.

Há muita coisa boa por aí, mas encontrá-las requer a dedicação e paciência de um mineiro (sacaram? :P). Enquanto eu me dedicava a esta laboriosa pesquisa, não podia deixar de pensar em como seria bom se houvesse um site que, como a coluna do WD, reunisse textos de diversos escritores em um só lugar, cada um compartilhando 7 coisas que teriam aprendido até aquele momento de suas vidas literárias.

Spohr dá dicas em seu site e leciona em curso de estrutura literária.

“Versão brasileira: Herbert Richers”.

Uma semente germinou e foi se desenvolvendo em minha mente: a criação de um acervo de contribuições, voltado tanto para aspirantes quanto para profissionais da escrita, onde todos pudessem trocar experiências e aprender uns com os outros. Nesta época eu já mantinha meu blog, Escriba Encapuzado, e pensei que poderia utilizá-los para dar vida àquela ideia.

Havia um problema: quem daria bola para um projeto tocado por um aprendiz de escritor, um mané cujo blog mal e mal tinha uns poucos contos e crônicas? Era preciso um parceiro, um escritor com mais experiência que desse maior credibilidade à coisa toda. Então, entrei em contato com Alexandre Lobão, autor cujo blog, o Vida de Escritor, era (e ainda é) também uma de minhas referências.

Alexandre é alguém muito receptivo, sempre aberto a dúvidas e disposto a ajudar aspirantes a escritor com seus posts repletos de dicas. Quando soube do projeto, ele topou sem hesitar e inaugurou a série com um texto fantástico. Assim nasceu o projeto “7 coisas que aprendi”.

Quem não gostaria de ser apadrinhado por um grande escritor?

Mais de 200 tópicos sobre ser escritor

O projeto ainda está em fase bem inicial, mas tem atraído cada vez mais interessados. Há 36 contribuições até o momento, algumas postadas no meu blog, outras no do Alexandre. Temos alguns planos ambiciosos, mas por hora estamos focando em centralizar as contribuições num único lugar – todas estão listadas na seção homônima no Escriba Encapuzado.

É importante dizer que toda contribuição tem seu valor, mesmo que o autor não tenha livros publicados. Um dos aspectos fascinantes do projeto é identificar-se com o desenvolvimento de colegas aprendizes. Outro é notar a recorrência de alguns tópicos, como a necessidade de se escrever regularmente, de ser persistente e paciente.

Também comuns são as dicas que tratam de métodos de escrita, da busca pela inspiração, do exercício da criatividade, do mercado editorial, das estratégias para conquistar leitores. Enfim, é possível encontrar de tudo nos textos da série; são pontos que fornecem uma visão ampla e diversificada dos caminhos do escritor.

Há textos que apresentam pontos de vista verdadeiramente únicos, como o do Diego Schutt, do excelente site Ficção em Tópicos (outra de minhas referências), Ananda Santos (que fala de tal “lei do prazer”) e Sara Farinha, a primeira a enviar uma contribuição de lá do outro lado do Atlântico.

Colegas escritores aprendendo uns com os outros.

Compartilhe sua experiência. Ajude a divulgar.

Com tamanha diversidade, é difícil não se identificar com algum colega de profissão (sim, a escrita deve ser encarada dessa forma). É importante dizer que, embora seja possível aprender com a experiência alheia, o caminho de cada escritor é único e só será descoberto à medida que for trilhado.

Tocar esse projeto tem sido uma experiência incrível e tem me permitido conhecer pessoas fantásticas – sou muito grato a todos os que já contribuíram.

Se você, leitor, tem em si algo de escritor deixo aqui meu convite para que contribua com o projeto “7 coisas que aprendi”. Caso também queira ajudar na divulgação, peço que leia esta breve explicação e utilize estes banners.

Aprendizes e escritores espalhados por aí, compartilhem com o mundo suas experiências, entrem em contato!

eBook 7 coisas que aprendiQuer aprender mais com a experiência de outros 58 escritores? Baixe agora o eBook gratuito da série 7 coisas que aprendi. Imperdível para aprendizes e mestres.

Para saber mais:
  1. Série 7 coisas que aprendi: página principal do projeto que lista todos os escritores que já contribuíram.
  2. O que é isso? Um meme? – breve explicação sobre o que o projeto “7 coisas que aprendi” NÃO é.
  3. Ajude a divulgar o projeto: algumas orientações e banners que podem ser utilizados livremente.
  4. Não perca a motivação – 10 dicas para escritores: minha tábua de mandamentos pessoais para os momentos de crise existêncial. :)
  5. 5 livros que ensinam a escrever: algumas obras em português que podem ser úteis aos escritores iniciantes.
  6. 7 things I’ve learned so far: coluna da Writer’s Digest que inspirou a versão nacional do projeto (em inglês).

Metodologia na prática: escrevendo uma monografia

Quem se lembra da Metodologia 5+10? Inspirada em dicas profissionais, esta coletânea de 5 regras e 10 orientações fundamentais para escritores iniciantes foi organizada e publicada aqui há cerca de… três anos!?

Mesmo após tanto tempo, ainda a tenho como um guia indispensável – e, até agora, imutável. Deixem-me explicar o porquê com um exemplo prático.

Minha jornada de escritor teve início em 2010. Na época, eu tencionava usar a metodologia 5+10 para escrever contos, mas, por estar graduando, tive de me dedicar exclusivamente a outro tipo de texto: monografia.

Sem dúvida, o tal trabalho de conclusão de curso, como também é conhecido, é um desafio torturante. Contudo, surpreendentemente, a metodologia facilitou bastante todo o processo.

“Quer escrever? Então leia.”

A definição do tema era a dificuldade mais recorrente entre meus colegas. Para mim isso não foi problema e creio que o motivo seja só este: antes eu li muita coisa relacionada à área – não somente livros, mas revistas, jornais e artigos de sites confiáveis. Com um conhecimento geral de assuntos diversos, eu só precisei escolher aquele com o qual mais me identifiquei.

“Faça uma tempestade de ideias.”

Meu tema era muito abrangente e eu nunca seria capaz de esgotá-lo num único trabalho. Assim, dentre as abordagens possíveis, optei por duas ou três mais intrigantes; refleti sobre os aspectos principais, a satisfação em explorá-los, os resultados que renderiam, e coloquei tudo no papel. Esses rascunhos tornaram proveitosos os encontros com minha orientadora: nossos debates indicavam pontos positivos, negativos e suscitavam novas ideias.

“Pesquisar é preciso.”

Definido o escopo, era hora de elaborar a bibliografia e pesquisar livros e artigos científicos. Reservei um bom tempo para esta fase, e fui muito criterioso na validação das informações, das biografias dos autores. Busquei não só textos de qualidade, mas que agregassem valor. Para não surtar com a oferta vasta (ler tudo era impraticável) eu fiz uma triagem inicial através de leituras superficiais ou resumidas.

Não tente abraçar o mundo durante a pesquisa.

“Tenha um caderninho sempre à mão.”

Quando já contava com um acervo bibliográfico considerável, reli os textos selecionados com atenção. De certo modo, eu ainda estava pesquisando, porém, mais profundamente. As fontes que se confirmavam valiosas eram registradas em cadernos (físicos e virtuais) para facilitar consultas futuras – bem como citações e parágrafos que se destacaram durante a leitura.

“Quer escrever? Então escreva.”

Vale ressaltar que mesmo durante a pesquisa eu já colocava em prática outra regra de ouro: escrever. As leituras constituem a fundamentação da monografia, mas ela deve conter o toque pessoal do graduando, suas impressões. Em outras palavras, é com base nos textos lidos que o autor escreve suas considerações sobre o tema.

A melhor maneira de fazer isso, para mim, foi resenhando tudo o que lia. Contendo informações sobre a fonte (autor) do texto, as principais ideais abordadas e minha opinião fundamentada, as resenhas permitiram uma abordagem por tópicos que, futuramente, foram relacionados e reescritos nas versões finais.

Resenhar os textos lidos ajuda a preparar o marco teórico.

“Não olhe para trás.”

Todo o marco teórico estava praticamente finalizado em minhas resenhas. Deixei-as de lado por um tempo para focar na estruturação da monografia segundo as normas de apresentação da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Findo esse trabalho mecânico, elaborei os aspectos metodológicos: forma de coleta de dados, execução de testes, e tudo mais que fosse ao encontro ou não do resultado proposto. Aqui a metodologia 5+10 foi de pouca valia. Na verdade, esta foi a etapa em que mais penei durante a produção da monografia.

“Escrever é reescrever.”

Concluídas as atividades mais práticas, era o momento de discorrer sobre seus resultados à luz do que foi descrito nos textos que elaborei. Novamente, não tive qualquer problema aqui: de posse das resenhas, só precisei relê-las e reescrevê-las.

Reordenei, adaptei, intercalei, eliminei trechos e inclui interpretações suscitadas pela releitura até finalmente obter um texto consistente. Foi a etapa mais agradável de todo o processo.

“Tenho um semestre inteiro pra fazer o TCC.”

“Tenha disciplina.”

A disciplina foi fundamental em todo o processo. Estabelecidos os momentos para pesquisa, leitura e escrita, com tempo e espaço reservados para cada, foi preciso um tremendo esforço para executar tudo o que havia sido exaustivamente planejado.

Na maior parte do tempo, a Internet e outras distrações cruéis (nada de videogames e filmes) foram mantidas à distância – estar off-line é uma das melhores recomendações aos escritores de nosso tempo.

“Encare o bloqueio.”

Obviamente, nem tudo foram flores. Houve momentos em que me vi às caras com o terrível bloqueio. Às vezes tentei driblá-lo escrevendo o que viesse à mente, sem preocupar-me com a qualidade, mas eu quase sempre desistia após alguns minutos – ou por não indisposto, ou por não conseguir fazer vista grossa às atrocidades que escrevia.

Ainda assim, quando retornava ao texto horas (dias) depois, o fato de ver algo escrito ali era muito mais estimulante do que encontrar uma página em branco.

Ei, tá faltando coisa aí…

Nem todas as orientações da metodologia 5+10 foram postas em prática, afinal, como dito, o foco dela é a produção de ficção. Contudo, muitas foram fundamentais para que eu concluísse minha monografia sem grandes sustos. Eu não poderia esperar menos do que isso de dicas dadas por escritores profissionais.

E você? Já experimentou a metodologia 5+10? Conhece outros processos de escrita? Que tal compartilhar um exemplo prático nos comentários?

Para saber mais:

  1. Metodologia 5+10: 5 regras e 10 orientações flexíveis que busco seguir em meu caminho para tornar-me um escritor.
  2. Não perca a motivação – 10 dicas para escritores: minha tábua de mandamentos pessoais para os momentos de crise existêncial. 🙂
  3. Pare o mundo que eu quero escrever! – texto sobre minha labuta contra as distrações do cotidiano.
  4. O pesadelo das revisões constantes: um desabafo sobre essa dificuldade que, felizmente, tenho conseguido superar.

Não perca a motivação: 10 dicas para escritores

Quero crer que todo escritor profissional, em algum momento da vida, sente-se angustiado e abatido, quiçá certo de que jamais escreverá algo digno de ser lido. Tal pensamento conforta este pobre e extremamente exigente aprendiz.

Além disso, recorro sempre a uma listinha com 10 breves dicas motivacionais que elaborei para essas ocasiões não tão raras. Se o capuz também lhe serviu, querido leitor, reserve uns minutinhos para lê-las e, talvez, pregá-las num lugar bem visível.

10 dicas para não perder a motivação
  1. Pare de sentir pena de si mesmo: e de lamuriar por não nunca ter tempo para escrever, por ser sempre importunado nas raríssimas vezes em que consegue fazê-lo, por ninguém ler os seus textos, por terem “roubado” aquela sua ideia brilhante e única para um livro, por não ser tão reconhecido quanto Cicrano ou Beltrano. Essa atitude não fará de você um escritor – muito pelo contrário.
  2. Identifique e supere suas limitações: aceite cada dificuldade como um desafio a ser vencido, não como uma barreira intransponível. Avalie os problemas que se apresentam e a si mesmo. Faça o que for possível dentro das atuais condições, sem condicionar-se a atitudes de terceiros ou situações de um futuro muito distante. Se algo não está funcionando, tente fazer de outro modo.
  3. Seja humilde: não inicie uma luta solitária contra o mundo; peça ajuda quando não for capaz de lidar com suas limitações por conta própria. Ouça o que colegas escritores mais experientes têm a dizer e aprenda com eles. Não amaldiçoe os que te ignorarem, pois isso não os torna maus, apenas pessoas com vidas tão ou mais atribuladas quanto a sua. Saiba aceitar críticas: se construtivas, seja grato e procure melhorar; se não, ignore-as – todos têm direito à opinião.
  4. Pegue leve consigo: exija de si a disciplina de dedicar ao menos alguns minutos de seu dia à escrita, mas não se frustre se seu texto não apresentar a quantidade ou a qualidade esperada. Encare cada linha, parágrafo, página como uma vitória e alegre-se. Um espaço preenchido com palavras é sempre uma visão mais estimulante do que um em branco – e não se preocupe se elas não forem exatamente as que você procura; lembre-se que escrever é reescrever.

  5. Confie em sua criatividade: não desista de um projeto somente por ter descoberto que algo semelhante já foi escrito. Acredite em sua capacidade de adicionar aquele toque pessoal a um tema recorrente, enriquecendo-o com novas interpretações, pontos de vista, e situações não imaginadas. Se tal pensamento derrotista imperasse, talvez Drácula de Bram Stoker – ou outro texto ainda mais antigo – fosse até hoje a única história de vampiro conhecida.
  6. Escreva com convicção: acredite naquilo que escreve e escreva aquilo em que acredita. Não se deixe intimidar pelo medo de expor o que pensa ou pelo que pensarão de você. Atente para o que os outros gostariam de ler, mas na medida certa: não se anule para agradar seu público-alvo. Seja polêmico, filosofe, explore o controverso, instigue à reflexão. Mas sempre respeite as crenças e opiniões alheias, ainda que discordantes. Deste modo, outros também respeitarão suas ideias – pelo menos a maioria civilizada o fará.
  7. Não seja (muito) ansioso: é natural que escritores iniciantes queiram ter seus textos lidos, comentados, compartilhados e, principalmente, publicados o quanto antes. Não se culpe por desejar reconhecimento imediato, mas procure dominar a ansiedade. Aceite que será preciso escrever, reescrever, revisar, e avaliar seus trabalhos antes de soltá-los no mundo. O resultado pode até não agradar a todos – quem é capaz disso? –, mas ao menos você estará certo de ter se dedicado para oferecer o melhor aos leitores.

  8. Teime, teime, teime: não duvide de que haverá momentos em que a vida parecerá conspirar para afastá-lo da escrita: agendas estudantis e profissionais, questões financeiras, familiares. Como se não bastasse, você achará sua escrita patética e se questionará se não deveria se ater às listas de compras. Quando isso ocorrer, respire bem fundo, lembre-se de que está nessa por amor às palavras – ninguém está te obrigando a escrever – e persevere. Logo tudo melhorará.
  9. Nunca pare de aprender: o caminho do escritor tem diversos destinos, mas não é finito. Não pense que sua jornada terá chegado ao fim somente por ter dominado técnicas, encontrado a própria voz, ter obras publicadas, reconhecidas. Quando se sentir confortável demais, desafie-se: experimente um novo gênero, brinque com as estruturas literárias, deturpe as regras que tanto se esforçou para conhecer. Sempre há algo novo a aprender, explorar e experimentar.
  10. Divirta-se: aprecie cada momento dedicado à escrita. Se a experiência estiver sendo penosa, considere afastar-se por um tempo: leia um livro, assista a um filme, encontre uns amigos. Mas se acaso nunca experimentou a satisfação de ver ideias transmutando-se em palavras nem se alegrou com um texto que saiu melhor do que o previsto, então talvez esta jornada não seja pra você.
Eis minhas dicas motivacionais. E vocês, leitores? Como costumam se motivar?

Dica Bônus

Faça exercícios físicos: alguns escritores podem ser criaturas muito sedentárias, ainda mais aqueles nascidos em certo estado do Nordeste – sou baiano, note-se. 😉 Além de prejudicial à saúde, obviamente, tal estilo de vida não é exatamente uma fonte de inspiração e criatividade. Além disso, as dores resultantes da inatividade excessiva comprometem os momentos de escrita. Como escritores ficam sentados na maior parte do tempo – alguém escreve de pé ou andando? – é importante alongar-se, praticar esportes, enfim, exercitar-se com regularidade.

Para saber mais:
  1. How to Find Your Daily Writing Motivation: este artigo sobre motivação para escritores apresenta dicas utéis e as interessantes regras de recompensa. Vale uma conferida; (em inglês).
  2. Metodologia 5+10: 5 regras e 10 orientações flexíveis que busco seguir em meu caminho para tornar-me um escritor.
  3. Pare o mundo que eu quero escrever: onde desabafo sobre meu desafio de lidar com as distrações do cotidiano.
  4. O pesadelo das revisões constantes: algumas palavras sobre como identificar e superar este terrível obstáculo.

O escritor Alexandre Lobão escreveu textos interessantes sobre motivação para escritores no Vida de Escritor. Confira-os a seguir.

  1. Como vencer sua inércia
  2. Tudo o que você queria saber sobre motivação para escritores e não tinha pra quem perguntar…
  3. Por que continuar escrevendo?
  4. Persistência, Motivação e Foco

Resoluções Revistas – Balanço de 2012

Repleto de bênçãos, conquistas, momentos especiais e histórias compartilhadas; assim foi o ano de 2012 para mim. Impossível estar mais feliz com um saldo tão proveitoso. É gratificante constatar as influências positivas da escrita nos últimos dozes meses desta montanha-russa chamada vida.

Esse foi um tempo decisivo; abracei meu lado escritor e, como tal, comprometi-me com algumas resoluções. Agora, na aurora de um novo ano, é chegado o momento de rever metas, refletir sobre o que foi cumprido ou não, e compor novas diretrizes para um promissor 2013.

Um bom ano

Em 2012, tomei para mim seis compromissos e compartilhei-os aqui com os fieis leitores. A razão era materializar minhas aspirações para que não se perdessem no rol das resoluções que nunca são cumpridas. Agora é hora de ver como me saí. Vamos lá?

  • Estudar e aperfeiçoar o uso do tempo

    O tempo é o que fazemos dele. Graças a uma radical mudança de atitude e ao uso de uma metodologia de gerenciamento do tempo, 2012 foi muito mais produtivo que o ano anterior. Escrever não é mais um mero passatempo e se tornou tão importante para mim quanto família e amor.

  • Determinar horário e local para escrever

    Sou mais produtivo de manhã. Vez por outra, sob uma súbita inspiração, a tarde dá bons resultados. Contudo, a noite é um período perdido. Após o trabalho, a mente, mesmo fervilhando de ideias, recusa-se a fazer mais do que registrá-las sem esmero.

    O local é irrelevante, desde que não haja barulho nem interrupções; quando inspirado, estes não são problema, senão, um alfinete caindo no vizinho do outro lado da rua já é uma grande perturbação.

  • Escrever por 21 dias

    O objetivo era fixar o hábito de escrever num mesmo horário e local, ou seja, assumir a postura de um verdadeiro profissional.

    Ainda que tenha escrito com maior frequência que em 2011, não consegui manter o ritmo ininterrupto que esperava, nem mesmo durante minha participação no Mês (Inter)Nacional de Escrita de Romances (do inglês National Novel Writing Month ou NaNoWriMo) – dos 30 dias previstos, eu escrevi durante 23, e destes somente os últimos 17 foram seguidos.

  • Experimentar outro gênero

    Deixando um pouco de lado a fantasia medieval, meu gênero favorito, eu enveredei por gêneros tão diversos quanto horror, erótico, policial. Alguns textos foram publicados no blog (vejam a seção Histórias), mas a maioria permanece inédita.

    Há ainda oito contos frutos da minha participação no NaNoWriMo que serão revisados antes que eu tenha coragem de disponibilizá-los aos leitores.

  • Ser mais social

    Limitei-me a acompanhar alguns sites sobre escrita, mas não interagi tanto com seus autores quanto esperava, em parte por ter de optar em dar mais atenção à escrita e ao seu estudo.

    No entanto, por intermédio do projeto “7 coisas que aprendi”, iniciado em parceria com Alexandre Lobão, eu travei contato com escritores diversos e pude aprender bastante com seus depoimentos (vejam a seção Aprendiz de Escritor).

  • Recrutar leitores pessoais

    Tive dificuldades para encontrar leitores críticos. Não queria pessoas próximas demais cujas críticas fossem resguardadas, nem totais desconhecidos que pudessem apropriar-se de meu trabalho (medo tolo, eu reconheço).

    Acabei encontrando três leitores, dos quais só um é fixo – como verdadeiro profissional das palavras, suas criticas sinceras (e cruéis) são exatamente o tipo de retorno de que preciso. Também criei mecanismos de avaliação dos textos publicados no blog; mesmo com uma participação ainda modesta, os leitores contribuem imensamente para minha formação como escritor.

O que esperar de 2013

Sou um espírito inquieto e ambicioso. Sim, o passado foi ótimo, mas o futuro pode (e deverá) ser ainda melhor. Os planos são muitos, por isso preciso refletir com calma sobre o que focar neste ano que se inicia. Falarei mais a respeito no próximo post, mas já adianto isto: este será o ano da profissionalização.

E vocês, aprendizes de escritor e fieis leitores, o que planejam para este novo ano?

Para saber mais:

  1. Resoluções de Escritor: reveja o post onde falo sobre o valor de assumir resoluções publicamente.
  2. O problema das resoluções de ano novo: texto interessantíssimo do Jornal do Empreendedor que aborda, inclusive, o problema dos livros de autoajuda. Recomendo a leitura.
  3. 5 resoluções de ano novo para escritores: reservar tempo para escrever, abraçar seu estilo de escrita, revisar enquanto escreve, sair da zona de conforto, e denominar-se escritor. Saiba mais neste interessante artigo no Writer’s Digest (em inglês).
  4. Quer escrever um livro? Defina suas metas: post tradicional onde o escritor Alexandre Lobão descreve seu processo de metas.
  5. Metas para uma nova escrita: Wilian Nascimento defende que é preciso ser cuidadoso ao estabelecer metas de escrita.
  6. TOP 10 Resolutions for Writers: as 10 resoluções de ano novo mais comuns assumidas por escritores (em inglês).

Libere a criatividade com propostas de escrita

Encontrar tempo e um refúgio para dedicar-se à escrita é um desafio. Por isto, é frustrante ver-se diante da página em branco e perceber que não tem sobre o que escrever. Mas há algo ainda pior: passar a semana inteira com uma ideia na cabeça e vê-la tomar chá de sumiço no momento de desenvolvê-la.

Felizmente, isto é mais comum do que parece – que escritor nunca passou por isto? Algumas atitudes simples ajudam a superar este bloqueio: passear, exercitar-se, ler, assistir um filme, encontrar amigos. Particularmente, porém, vejo um problema aí: tais atividades podem ocupar um tempo que deveria ser destinado à escrita, e nada mais.

Uma caminhada na vizinhança pode renovar o espírito e a criatividade, mas de que adiantará se não houver ocasião para escrever no mesmo dia? Nada garante que o bloqueio não voltará amanhã também. O que fazer, então? Não despregar da cadeira até reencontrar aquela ideia perdida? Vasculhar a Internet por um assunto da moda?

Tudo isto é contraproducente (principalmente a Internet): o tempo voará e a angústia apenas aumentará. Há maneiras mais eficientes de superar tal barreira. Pode-se, por exemplo, manter listas de assuntos de interesse e ideias – tratarei disto em outra oportunidade – ou utilizar uma proposta de escrita.

Escreva! Eu o desafio!

Na aula de redação, o professor pede aos alunos que escrevam um texto sobre a preservação ambiental. Na embalagem do achocolatado, a chamada do concurso promete prêmios para o relato de férias mais criativo. Numa brincadeira, amigos desafiam uns aos outros a criar frases contendo determinadas palavras.

Não é preciso ser um escritor profissional para perceber que há propostas de escrita por toda parte. Trata-se, simplesmente, de um tema sugerido sobre o qual se desenvolverão ideias. Este pode se apresentar como combinações de palavras, uma frase, parágrafo, imagens, manchetes de jornal, perguntas, hipóteses, etc.

Uma proposta de escrita é como um gatilho que, disparado, desbloqueia a mente, estimula a criatividade e impulsiona a escrita. O resultado pode ser uma coleção de notas desencontradas e cruas, uma simples descrição, um conto, ou até mesmo um romance. No entanto, isto pouco importa. O objetivo é fornecer um foco e um ponto de partida ao escritor, que pode ater-se à proposta ou extrapolá-la por completo.

Trata-se de um recurso útil que permite escrever sem medo nem inibições. Assim, é estranho que este não seja, aparentemente, tão utilizado por aqui quanto nos países de língua inglesa. E basta uma busca pelas palavras writing prompts para ser direcionado a inúmeras propostas de escrita, em seus diversos formatos. Mas talvez eu apenas não tenha sido feliz na escolha dos termos equivalentes em português.

Atualização (25/03/14): uma tradução mais adequada para writing prompt seria provocação, termo utilizado em algumas oficinas de escrita literária.

Quatro benefícios e um apelo

Em DailyWritingTips, Simon Kewin aponta quatro razões para se utilizar propostas de escrita.

  1. Permitem que a criatividade flua livremente: quando intimidado por uma página em branco, experimente escrever sobre qualquer outro assunto por 10 minutos. Depois retorne ao seu trabalho principal e veja como as palavras surgem naturalmente.

  2. Fornecem material valioso: palavras e ideias podem ser utilizadas num futuro projeto de escrita ou aproveitadas num atual. Não se preocupe se algo parecer cru demais, já que tudo sempre pode ser trabalhado posteriormente.

  3. Desenvolvem o hábito da escrita: encaradas como verdadeiros exercícios, evitam que o escritor seja completamente improdutivo quanto a inspiração faltar.

  4. Promovem a interação em comunidades de escritores: através do compartilhamento das propostas e dos textos resultantes é possível obter avaliações, encorajamento e dicas.

Kewin está absolutamente certo em suas colocações. Tenho comprovado isto no dia-a-dia. As propostas de escrita são um modo eficiente de livrar-se dos bloqueios e devem ser utilizadas. Alguns dos textos que compartilho neste blog nasceram delas, ainda que um ou outro tenha se desviado muito da proposta inicial. Mas o que realmente importa é que desfrutei do tempo reservado à escrita para fazer o que um escritor deve fazer: escrever.

Assim, deixo aqui um apelo aos colegas escritores, aprendizes ou profissionais: façamos mais uso das propostas de escrita. Estimulemos mais nossas mentes com palavras, imagens, música. Vamos desafiar mais uns aos outros, compartilhar e avaliar os resultados, percorrer juntos esta estrada eterna de aprendizado.

E, então, amigo escritor? Topa o desafio de compartilhar suas próprias propostas de escrita?

Para saber mais:

  1. Exercícios de Criação: o site Gambiarra Literária é o que mais se aproxima de um acervo de propostas de escrita em português. Vale a pena conferir.
  2. Duelo de Escritores: a cada 15 dias um tema é proposto aos duelistas, que escrevem e disponibilizam seus textos. O escritor mais bem votado pelo público propõe, então, um novo tema.
  3. Writers Digest, Prompts: propostas de escrita disponibilizadas por uma das revistas sobre escrita mais conceituadas do mundo (em inglês).
  4. Propostas Visuais: propostas acompanhadas de imagens. Site muito bom (em inglês).
  5. Creative Writing Prompts: grande acervo de propostas de escrita (em inglês).
  6. Sobre Propostas de Escrita: artigo de Simon Kewin no site Daily Writing Prompts (em inglês).
  7. Pequenas propostas: o site One Writer Minute disponibiliza propostas para textos rápidos, ideais para o escritor com problemas de agenda (em inglês).
  8. Propostas no Twitter: uma busca por #writingprompt pode trazer centenas de propostas (em inglês).
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