Um livro obrigatório para escritores comprometidos em aperfeiçoar seu ofício.
A decadência da indústria pesqueira local desempenha um papel crucial na mobilidade social traduzida pela saída dos jovens de Dunnet Landing para outras regiões em decorrência da falta de oportunidades. O foco da escritora, entretanto, não é na construção de uma narrativa coesa, mas sim no desenvolvimento de um ambiente que permita aos leitores uma percepção aguçada das histórias de sofrimento e desilusões vividas pelos personagens.
O extraordinário da leitura é que poucas horas reservadas a bons livros nos permitem fazer associações entre a ficção e nossas próprias vidas. Afinal de contas, toda obra de ficção apresenta em suas raízes alguma dose de inspiração na realidade.
Tendo dito isso, analisarei a obra Frankenstein da autora britânica Mary Shelley, tentando fortalecer o argumento da contemporaneidade dos temas abordados por Shelley.
Saiba antes de ler: não sou crítico literário nem detentor da verdade absoluta. O texto abaixo relata as impressões que tive após a leitura e não traz quaisquer revelações quanto ao enredo.
Em A Pesquisadora dos Arcanos, Miguel Carqueija retorna ao enlouquecedor universo de H. P Lovecraft. Espécie de continuação a Os pesadelos atacam e originalmente publicado na edição 18 da extinta revista Dragão Brasil, o conto narra a busca obstinada de Valquíria por seres sobrenaturais que vivem às sombras da humanidade.
Saiba antes de ler: não sou crítico literário nem detentor da verdade absoluta. O texto abaixo relata as impressões que tive após a leitura e não traz quaisquer revelações quanto ao enredo.
Escrito pelo paraibano Bráulio Tavares, O Cientista Frank me marcou menos pela boa história e mais pela reflexão a que me levou: é válido usar uma imagem para complementar o sentido de um texto de ficção ou este deve se fazer entender por si só?
Saiba antes de ler: não sou crítico literário nem detentor da verdade absoluta. O texto abaixo relata as impressões que tive após a leitura e não traz quaisquer revelações quanto ao enredo.
Publicado pela primeira vez na antologia de terror Brinquedos Mortais, da Editora Draco, O Homúnculo é um conto do falecido escritor mineiro Saint-Clair Stockler que mistura ficção científica e terror numa história perturbadora.
Saiba antes de ler: não sou crítico literário nem detentor da verdade absoluta. O texto abaixo relata as impressões que tive após a leitura e não traz quaisquer revelações quanto ao enredo.
Fritei minha dignidade no bacon foi escrito pela escritora e ilustradora carioca Alliah, que já participou de várias antologias, tem um livro publicado (Metanfetaedro) e já contribuiu para a série “7 coisas que aprendi”. Trata-se de um conto bizarro… e muito bom!
Saiba antes de ler: além de romances e livros sobre a arte da escrita, tenho o hábito de ler historietas avulsas por aí. Senti a vontade de comentar sobre esses textos breves, portanto, eu comentarei por aqui sobre contos, novelas e outras leituras mais enxutas. Note-se que este post não é uma resenha, mas um apanhado de considerações breves suscitadas após a leitura do texto.
Publicado na edição 12 da extinta revista Dragão Brasil, Os Pesadelos Atacam é outro conto de terror do escritor Miguel Carqueija inspirado nos Mitos de Cthulhu de Lovecraft.
Valquíria, uma pesquisadora fascinada por mitos e ocultismo, é surpreendida pela visita de uma entidade com intenções sinistras. Transportada para um plano entre sonho e realidade, ela será confrontada por revelações que porão em xeque suas crenças e sua alma.
Embora a proposta e a protagonista sejam interessantes, a história, infelizmente, é fraca. O que torna Valquíria tão especial? E por que essa entidade em particular se interessa por ela? Na obra de Lovecraft são comuns personagens que enlouquecem ou têm experiências sobrenaturais após ter contato com objetos profanos, mas aqui isso parece forçado.
Incomodaram-me os diálogos inocentes e a mudança no tempo linguístico: a história começa narrada no passado e, inesperadamente, muda para o presente. A cena da fuga de Valquíria é inverossímil: quem refletiria sobre um apelido ao ser perseguido por um monstro?
Como em Vi uma coisa medonha no céu, Carqueija reproduz passagens de obras fictícias para ambientar o leitor, mas o recurso não funciona e soa didático. O desfecho é inesperado, mas não afasta a sensação de que uma boa ideia foi desperdiçada num conto curto demais.
Para saber mais:
Li e Comento: minhas breves considerações sobre contos, novelas e outras narrativas curtas.
Li e Comento: Não é humano (Conto): minhas considerações sobre este bom conto de Miguel Carqueija, ambientado no universo de H. P. Lovecraft.
O Estigma do Feiticeiro Negro: um dos livros mais recentes de Carqueija, produzido em coautoria com Melanie Evarino e lançado pela editora Ornitorrinco.
Quem é Miguel Carqueija:entrevista com o escritor por Tibor Moricz no site É só outro blogue. Confira no artigo os links para vários trabalhos disponibilizados gratuitamente pelo autor, como a novela A face oculta da galáxia.