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A Nostalgia em “The Country of the Pointed Firs” de Sarah Orne Jewett

Um livro obrigatório para escritores comprometidos em aperfeiçoar seu ofício.

A decadência da indústria pesqueira local desempenha um papel crucial na mobilidade social traduzida pela saída dos jovens de Dunnet Landing para outras regiões em decorrência da falta de oportunidades. O foco da escritora, entretanto, não é na construção de uma narrativa coesa, mas sim no desenvolvimento de um ambiente que permita aos leitores uma percepção aguçada das histórias de sofrimento e desilusões vividas pelos personagens.

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Os Frankensteins ainda estão Vivos

Frankenstein de Mary Shelley

“Se não posso inspirar amor, EU PROVOCAREI MEDO!”

O extraordinário da leitura é que poucas horas reservadas a bons livros nos permitem fazer associações entre a ficção e nossas próprias vidas. Afinal de contas, toda obra de ficção apresenta em suas raízes alguma dose de inspiração na realidade.

Tendo dito isso, analisarei a obra Frankenstein da autora britânica Mary Shelley, tentando fortalecer o argumento da contemporaneidade dos temas abordados por Shelley.

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Li e Comento: A Pesquisadora dos Arcanos (Conto)

PenaPenaPena

Saiba antes de ler: além de romances e livros sobre a arte da escrita, tenho o hábito de ler historietas avulsas por aí. Senti a vontade de comentar sobre esses textos breves, portanto, eu comentarei por aqui sobre contos, novelas e outras leituras mais enxutas. Note-se que este post não é uma resenha, mas um apanhado de considerações breves suscitadas após a leitura do texto.

Em A Pesquisadora dos Arcanos, Miguel Carqueija retorna ao enlouquecedor universo de H. P Lovecraft. Espécie de continuação a Os pesadelos atacam e originalmente publicado na edição 18 da extinta revista Dragão Brasil, o conto narra a busca obstinada de Valquíria por seres sobrenaturais que vivem às sombras da humanidade.

Após uma experiência aterrorizante que lhe revelou a existência de entidades mais antigas que o próprio tempo, a jovem Valquíria visita a cidadezinha de Pedra Torta à caça do raríssimo exemplar de um livro profano. Mal sabe ela que seus passos são acompanhados com muito interesse e que uma simples visita à biblioteca pode lhe custar a sanidade.

Mais consistente que Os pesadelos atacam, também protagonizado por Valquíria, o conto faz uso do recurso de reproduzir trechos do livro (o Necronomicon, é claro), mas aqui estes fazem todo sentido à história contada. Em dado momento, ao justificar a ameaça que paira sobre a protagonista, o texto assume um aspecto acadêmico e se torna excessivamente expositivo, o que prejudica um pouco.

O trunfo da história é o ataque à Valquíria e o modo como esta se defende ao empregar uma espécie de truque científico – ainda que este pareça mais algum tipo de mágica – baseado na Lei da Relatividade de Einstein! Os paradoxos são igualmente interessantes.

Um exemplar do misterioso “Necronomicon”

Este é o terceiro conto de Carqueija ambientado em Pedra Torta, o que cria uma atmosfera macabra em torno da cidadezinha fictícia (o próprio autor já se referiu a ela como a Arkham brasileira). Quem leu o conto Não é humano também experimentará uma agradável sensação de familiaridade com a ambientação.

Os erros de português incomodam um pouco, mas estes são visivelmente falhas de digitação. Trata-se de um bom conto, enfim, mas pouco recomendado para quem nunca leu os contos de H. P. Lovecraft e do próprio Carqueija: as referencias aos Antigos e ao Necronomicon não farão muito sentido, embora não seja difícil supor sua natureza extradimensional.

O conto foi disponibilizado pelo autor em sua coluna, Anexos da Realidade, no portal Entre Textos.

Para saber mais:

  1. Li e Comento: minhas breves considerações sobre contos, novelas e outras narrativas curtas.
  2. Li e Comento: Não é humano (Conto): bom conto de Miguel Carqueija, o primeiro ambientado na cidadezinha de Pedra Torta.
  3. Li e Comento: Vi uma coisa medonha no céu (Conto): neste conto razoável algo sinistro ocorre em Pedra Torta.
  4. Li e Comento: Os Pesadelos Atacam (Conto): primeiro conto de Valquíria, a protagonista de A Pesquisadora dos Arcanos.
  5. Quem é Miguel Carqueija: entrevista com o escritor por Tibor Moricz no site É só outro blogue. Confira no artigo os links para vários trabalhos disponibilizados gratuitamente pelo autor, como a novela A face oculta da galáxia.
  6. A vida e obra de H. P. Lovecraft: site em português que há 8 anos divulga os trabalhos deste cultuado escritor. Descubra o que são os Mitos de Chtulhu.
  7. O universo inominável de H.P. Lovecraft: episódio 321 do NerdCast dedicado inteiramente ao escritor.

Li e Comento: O Cientista Frank (Conto)

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Saiba antes de ler: além de romances e livros sobre a arte da escrita, tenho o hábito de ler historietas avulsas por aí. Senti a vontade de comentar sobre esses textos breves, portanto, eu comentarei por aqui sobre contos, novelas e outras leituras mais enxutas. Note-se que este post não é uma resenha, mas um apanhado de considerações breves suscitadas após a leitura do texto.

Escrito pelo paraibano Bráulio Tavares, O Cientista Frank me marcou menos pela boa história e mais pela reflexão a que me levou: é válido usar uma imagem para complementar o sentido de um texto de ficção ou este deve se fazer entender por si só?

Velho, gordo, baixinho e recém-divorciado, Frank é um cientista cujas descobertas prometem uma grande revolução. Ultimamente, porém, seu único interesse é a mulher maravilhosa que conheceu num site de relacionamentos. Quando ela também demonstra interesse, o cientista não hesita em partir ao seu encontro.

Gosto do trabalho do Bráulio, porém, eu fiquei cismado depois da leitura deste conto. Junto ao texto há uma fotografia que, a princípio, pareceu-me deslocada, mas que no decorrer da narrativa passou a fazer sentido – e até me antecipou o desfecho. É aí que reside minha cisma.

Imaginei se eu teria compreendido a história sem a ajuda da tal fotografia – apesar de haver ali referências sutis que, numa leitura posterior mais cuidadosa, consegui identificar. Encafifado, copiei apenas o texto, enviei-o por e-mail a uma querida amiga e pedi sua opinião. Ela gostou e disse estar ansiosa para descobrir como tudo terminava e qual era o mistério carregado pelo Frank.

Uma imagem vale mais que mil palavras? (Arte: Juan Osborne)

Expliquei que não haveria continuação, que se tratava de um conto, e passei o link da fonte. Só depois de ver a fotografia (que não é essa aí em cima) no post original é que minha amiga entendeu a história. Enviei o texto para mais uma pessoa e o mesmo aconteceu.

DESAFIO

Decidi fazer o teste com os leitores do Escriba Encapuzado. Reproduzo o conto abaixo com a autorização do autor. O texto é exatamente o mesmo publicado no Mundo Fantasmo, blog pessoal onde Bráulio reproduz os textos publicados em sua coluna no Jornal da Paraíba.

Convido-o a ler o conto e tirar suas próprias conclusões; visite o site do escritor para conferir a fotografia à qual me refiro e depois deixe seus comentários ao final deste post. Tenho certeza de que o assunto pode render uma boa discussão. E então? Aceita o desafio?

O Cientista Frank
por Bráulio Tavares

Frank se considerou o sujeito mais azarado do mundo quando sua esposa o largou. Felizmente (pensou ele) tenho meu laboratório de Topologia Quântico-Temporal. As descobertas que fiz nos últimos seis meses, e que estão sendo codificadas por meus assistentes, estão com resultados muito melhores do que os que eu previa, e o relatório está gerando uns três artigos que irão desencadear um novo “Ano Miraculoso” na ciência.

Serões e mais serões se sucediam, e ocorreu que num daqueles intervalos de descontração, que às vezes duravam duas ou três horas, Frank viu-se preenchendo cadastro num saite de relacionamentos. E considerou-se o sujeito mais sortudo do mundo quando, poucos dias depois de se pavonear nos chats, fóruns e assemelhados, descobriu que tinha uma alma gêmea. Uma modelo, muito conhecida e fotografada, mas sofrendo de solidão crônica, tédio e repulsa pelo meio dos paparazzi e do show-business. Queria jogar tudo pra cima, casar, ter uma casa bem tradicional e alegre, ter filhos… “Eu nasci de quina pra lua”, disse, numa frase-feita equivalente, o pobre Frank. “Com 68 anos, gordo, baixinho, vivendo de salário de universidade pública… e uma mulher dessa quer casar comigo”. A essa altura, Frank já conferira que a modelo existia mesmo, e uma rápida intimação ao Google lhe produziu fotos bastante animadoras.

Depois alguns meses de correspondência cada vez mais íntima, ele passou a insistir para que ela o visitasse em Oklahoma, e ela dizendo sempre que estava na ponta aérea entre Paris, Londres, Milão, Zurique e Istambul. Ele terminou de redigir o terceiro “paper” enquanto revisava o segundo e abria a revista que acabava de publicar o primeiro. Logo voltou a se achar o sujeito mais azarado do mundo, porque a prometida turnê dela pela Costa Oeste tinha sido cancelada. Teria sido o encontro dos dois face a face, certamente um jantar juntos, quem sabe mais o quê! Ela disse que ia fotografar uma campanha na Bolívia. Se ele quisesse…

O aeroporto da Bolívia parecia um posto de gasolina, mas quem disse isso foi o executivo da poltrona ao lado; para ele, que nunca saíra de seu Estado, aquilo era um mundo de pulp fiction ou de seriado de TV. O hotel era desconfortável, e na portaria ele recebeu um envelope. O bilhete explicava que a sessão fotográfica tinha sido cancelada. Que ela estava indo para Amsterdam. Mas que por acaso deixara para trás uma de suas malas. Será que ele podia ser um doce, e trazer a mala dela para Amsterdam, onde ele o esperava cheia do amor pra dar? Eu sou o sujeito mais sortudo do mundo, disse ele. Por uma mulher como essa eu faço qualquer coisa.

Para saber mais:

  1. Li e Comento: minhas breves considerações sobre contos, novelas e outras narrativas curtas.
  2. Mundo Fantasmo: blog pessoal do escritor Bráulio Tavares
  3. Bráulio Tavares no Skoob: algumas obras do escritor.
  4. Juan Osborne: site oficial do artista responsável pela incrível arte que ilustra este post.

Li e Comento: O Homúnculo (Conto)

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Saiba antes de ler: além de romances e livros sobre a arte da escrita, tenho o hábito de ler historietas avulsas por aí. Senti a vontade de comentar sobre esses textos breves, portanto, eu comentarei por aqui sobre contos, novelas e outras leituras mais enxutas. Note-se que este post não é uma resenha, mas um apanhado de considerações breves suscitadas após a leitura do texto.

Publicado pela primeira vez na antologia de terror Brinquedos Mortais, da Editora Draco, O Homúnculo é um conto do falecido escritor mineiro Saint-Clair Stockler que mistura ficção científica e terror numa história perturbadora.

Num futuro não tão distante, a evolução da tecnologia de manipulação de genes permite aos seres humanos brincarem de Deus. E nem é preciso ser um cientista para isso. Desembolsando alguns trocados, qualquer cidadão pode adquirir a mais nova sensação da engenharia genética: o homúnculo, um brinquedinho biológico desenvolvido com o único proposito de entreter seus proprietários.

Narrado em primeira pessoa, este conto breve contém um terror sutil: aqui o leitor não teme o monstro que espreita nas sombras, mas aquele que vive em cada um de nós. Mais terrível que esse pensamento é cogitar que quanto mais progredimos como espécie, mais insensíveis e individualistas nos tornamos.

Imersos em mesquinhez e na busca incessante por formas de entretenimento que ofereçam uma fuga da nossa realidade, mal nos damos conta (ou não nos importamos mesmo) que isso se dê à custa da humilhação e do sofrimento alheio. Excelente conto. Não pude evitar imaginar que seria ainda mais aterrador se o protagonista fosse alguém mais jovem.

Dada a qualidade da prosa não é exagero dizer que um verdadeiro talento se perdeu com o falecimento do escritor. A versão Kindle do conto foi disponibilizada de graça pela editora no site da Amazon.

Para saber mais:

  1. Li e Comento: minhas breves considerações sobre contos, novelas e outras narrativas curtas.
  2. Brinquedos Mortais: informações sobre a coletânea lançada pela Editora Draco.
  3. Saint-Clair no Skoob: algumas obras que contam com a participação do escritor.
  4. Saint-Clair Stockler: site que o escritor costumava manter.
  5. Sobre Dias Estranhos: no site de Tibor Moricz, um depoimento de Saint-Clair sobre o livro de contos que publicou e que, atualmente, é bem difícil de encontrar.

Li e Comento: Fritei minha dignidade no bacon (Conto)

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Saiba antes de ler: além de romances e livros sobre a arte da escrita, tenho o hábito de ler historietas avulsas por aí. Senti a vontade de comentar sobre esses textos breves, portanto, eu comentarei por aqui sobre contos, novelas e outras leituras mais enxutas. Note-se que este post não é uma resenha, mas um apanhado de considerações breves suscitadas após a leitura do texto.

Fritei minha dignidade no bacon foi escrito pela escritora e ilustradora carioca Alliah, que já participou de várias antologias, tem um livro publicado (Metanfetaedro) e já contribuiu para a série “7 coisas que aprendi”. Trata-se de um conto bizarro… e muito bom!

Imagine um Rio de Janeiro alternativo, fantástico e estranho, onde há alegorias carnavalescas vivas e traficantes de Nutella (!). Pois é nesse cenário improvável que se passa a história de uma veterinária à caça de um quase extinto naco de bacon para a cobiçosa esposa grávida.

Alliah apresenta uma surpresa atrás da outra e várias vezes me vi relendo algum trecho para ter certeza de que não estava alucinando. Os personagens são ótimos em suas esquisitices – achei deslocado o uso do inglês nos diálogos da protagonista, já que, apesar de descender de estrangeiros, ela foi criada no Brasil.

Incomodaram-me as trocas de foco entre os personagens, mais em razão de ter lido em e-book, que separava os pontos de vista (seria este o termo correto?) apenas com espaços, ao invés de utilizar asteriscos ou outro símbolo qualquer de separação (mas aí já é chatice da minha parte). Também achei desnecessário falar sobre o traficante.

Senti falta de justificativas para a existência de um universo tão bizarro, porém, entendo que estas não encontram lugar no espaço curto de um conto. Este é meu primeiro contato com o new weird e, graças autora, pretendo buscar mais textos deste gênero literário

O conto em formato do Kindle está disponível para compra na Amazon por apenas R$ 2,99.

Para saber mais:

  1. Li e Comento: minhas breves considerações sobre contos, novelas e outras narrativas curtas.
  2. Trecho gratuito do conto: post no blog da autora onde ela comenta sobre o conto e disponibiliza um pequeno trecho. É uma opção para quem está em dúvida se compra ou não, mas aviso que há spoilers.
  3. Alliah: site oficial da escritora e ilustradora, onde ela lista todos os seus trabalhos publicados.
  4. 5 influências na obra de Alliah: texto interessantíssimo publicado no site da Editora Draco. De novo: há spoilers do conto.
  5. Resenha de Metanfetaedro: Antônio Luiz M. C. Costa escreve sobre o primeiro livro da autora, uma coletânea de contos new weird.
  6. O estranho gênero new weird: podcast do site HomoLiteratus sobre este gênero não tão novo assim.

Li e Comento: Os pesadelos atacam (Conto)

PenaPena

Saiba antes de ler: além de romances e livros sobre a arte da escrita, tenho o hábito de ler historietas avulsas por aí. Senti a vontade de comentar sobre esses textos breves, portanto, eu comentarei por aqui sobre contos, novelas e outras leituras mais enxutas. Note-se que este post não é uma resenha, mas um apanhado de considerações breves suscitadas após a leitura do texto.

Publicado na edição 12 da extinta revista Dragão Brasil, Os Pesadelos Atacam é outro conto de terror do escritor Miguel Carqueija inspirado nos Mitos de Cthulhu de Lovecraft.

Valquíria, uma pesquisadora fascinada por mitos e ocultismo, é surpreendida pela visita de uma entidade com intenções sinistras. Transportada para um plano entre sonho e realidade, ela será confrontada por revelações que porão em xeque suas crenças e sua alma.

Embora a proposta e a protagonista sejam interessantes, a história, infelizmente, é fraca. O que torna Valquíria tão especial? E por que essa entidade em particular se interessa por ela? Na obra de Lovecraft são comuns personagens que enlouquecem ou têm experiências sobrenaturais após ter contato com objetos profanos, mas aqui isso parece forçado.

Incomodaram-me os diálogos inocentes e a mudança no tempo linguístico: a história começa narrada no passado e, inesperadamente, muda para o presente. A cena da fuga de Valquíria é inverossímil: quem refletiria sobre um apelido ao ser perseguido por um monstro?

Como em Vi uma coisa medonha no céu, Carqueija reproduz passagens de obras fictícias para ambientar o leitor, mas o recurso não funciona e soa didático. O desfecho é inesperado, mas não afasta a sensação de que uma boa ideia foi desperdiçada num conto curto demais.

Para saber mais:
  1. Li e Comento: minhas breves considerações sobre contos, novelas e outras narrativas curtas.
  2. Li e Comento: Não é humano (Conto): minhas considerações sobre este bom conto de Miguel Carqueija, ambientado no universo de H. P. Lovecraft.
  3. O Estigma do Feiticeiro Negro: um dos livros mais recentes de Carqueija, produzido em coautoria com Melanie Evarino e lançado pela editora Ornitorrinco.
  4. Quem é Miguel Carqueija: entrevista com o escritor por Tibor Moricz no site É só outro blogue. Confira no artigo os links para vários trabalhos disponibilizados gratuitamente pelo autor, como a novela A face oculta da galáxia.
  5. O universo inominável de H.P. Lovecraft: episódio 321 do NerdCast dedicado inteiramente ao escritor.
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