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Li e Comento: Vi uma coisa medonha no céu (Conto)

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Saiba antes de ler: além de romances e livros sobre a arte da escrita, tenho o hábito de ler historietas avulsas por aí. Senti a vontade de comentar sobre esses textos breves, portanto, eu comentarei por aqui sobre contos, novelas e outras leituras mais enxutas. Note-se que este post não é uma resenha, mas um apanhado de considerações breves suscitadas após a leitura do texto.

Mais uma incursão de Miguel Carqueija pelo universo aterrorizante e enlouquecedor de H. P. Lovecraft, este conto foi publicado na edição 12 da revista Dragão Brasil ao lado de Os Pesadelos Atacam – trabalho do escritor que será comentado em outro post.

A história é apresentada como o relato de um personagem sem nome, um joão-ninguém cuja vida é abalada por um evento sinistro que deixa marcas tanto em suas lembranças quanto na interiorana Pedra Torta, cidadezinha em que reside.

A certa altura a narrativa adota a forma de uma matéria jornalística transcrita que é lida pelo protagonista. Particularmente, este recurso me incomoda um pouco, mas seu uso justifica-se neste caso, já que é um modo mais direto de expor ao leitor informações importantes para a conclusão do conto.

Vi uma coisa medonha no céu é uma leitura rápida e despretensiosa, nada mais.

Para saber mais:
  1. Li e Comento: minhas breves considerações sobre contos, novelas e outras narrativas curtas.
  2. Li e Comento: Não é humano (Conto): minhas considerações sobre este bom conto de Miguel Carqueija, ambientado no universo de H. P. Lovecraft.
  3. Miguel Carqueija: perfil do escritor no site Recanto das Letras.
  4. Miguel Carqueija no Portal Cranik: entrevista concedida ao editor Ademir Pascale em 2009.
  5. A vida e obra de H. P. Lovecraft: site em português que há 8 anos divulga os trabalhos deste cultuado escritor. Descubra os Mitos de Chtulhu!

Li e Comento: O matagal (Conto)

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Saiba antes de ler: além de romances e livros sobre a arte da escrita, tenho o hábito de ler historietas avulsas por aí. Senti a vontade de comentar sobre esses textos breves, portanto, eu comentarei por aqui sobre contos, novelas e outras leituras mais enxutas. Note-se que este post não é uma resenha, mas um apanhado de considerações breves suscitadas após a leitura do texto.

Escrito pelo falecido escritor americano Steven Utley, O Matagal foi publicado na primeira edição nacional da Isaac Asimov Magazine – Ficção Científica (Record, 1990). O conto tem uma atmosfera óbvia, embora destaque-se por apresentar uma pegada mais psicológica.

A narrativa é desenvolvida em torno de um biólogo que se acidenta numa expedição a uma floresta tropical. Enquanto aguarda seu resgate, o protagonista medita sobre si e relembra a infância passada numa Okinawa pós-guerra.

Não se deixe enganar pela sinopse, afinal, o conto está numa revista de ficção científica. Os aspectos do gênero estão lá, revelados pouco a pouco pelo autor. As divagações do biólogo sobre seu passado e, especialmente, sobre certo pavor infantil, parecem despropositadas a princípio, mas são essenciais para o excelente desfecho do conto, o qual sela o destino do seu protagonista. Ou não?

Para saber mais:
  1. Li e Comento: minhas breves considerações sobre contos, novelas e outras narrativas curtas.
  2. Impatient Ape – Steven Utley: blog que o autor costumava manter (em inglês).
  3. Free Speculative Fiction Online: alguns trabalhos do autor disponibilizados gratuitamente; é uma pena que O Matagal (The Tall Grass) não se encontre entre eles (em inglês).
  4. The Internet Speculative Fiction Database: perfil e bibliografia do autor (em inglês).
  5. Science Fiction Encyclopedia – Steven Utley: biografia do autor (em inglês).

Li e Comento: A greve (Conto)

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Saiba antes de ler: além de romances e livros sobre a arte da escrita, tenho o hábito de ler historietas avulsas por aí. Senti a vontade de comentar sobre esses textos breves, portanto, eu comentarei por aqui sobre contos, novelas e outras leituras mais enxutas. Note-se que este post não é uma resenha, mas um apanhado de considerações breves suscitadas após a leitura do texto.

Muitos autores dizem se surpreender com personagens que ganham vida e fogem ao seu controle durante a criação de uma obra. Mas o que aconteceria se eles decidissem radicalizar de vez? Em A Greve a jornalista e escritora Maristela Deves tenta responder a questão.

Nesta divertida narrativa, um escritor se prepara para escrever mais um conto, porém, vê-se às turras com suas criações. Apesar de sua teimosia, o protagonista acabará percebendo que a melhor forma de lidar com personagens rebeldes é deixando-os se rebelar.

Trata-se de uma história para ler de uma sentada e sorrir um pouco. Recomendo. A autora de O Caso do Buraco (AGE, 2011) e A Culpa é dos Teus Pais (AGE, 2010) disponibilizou este conto em seu blog, Palavra Escrita.

Leia o conto aqui.

Para saber mais:
  1. Li e Comento: minhas breves considerações sobre contos, novelas e outras narrativas curtas.
  2. +5 livros de autores nacionais: A Culpa é dos Teus Pais foi um dos livros que me despertaram o interesse ano passado.
  3. Maristela Deves: site oficial da autora, onde é possível adquirir seus livros.
  4. Palavra Escrita: blog onde a autora disponibiliza outros contos e textos.
  5. Maristela no Skoob: perfil da autora na rede social de leitores.
  6. Maristela no Facebook: perfil da autora.
  7. Portal dos Jornalistas: perfil da autora.
  8. É o Bicho: blog da autora sobre o mundo animal.

Li e Comento: O uivo do sertão (Conto)

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Saiba antes de ler: além de romances e livros sobre a arte da escrita, tenho o hábito de ler historietas avulsas por aí. Senti a vontade de comentar sobre esses textos breves, portanto, eu comentarei por aqui sobre contos, novelas e outras leituras mais enxutas. Note-se que este post não é uma resenha, mas um apanhado de considerações breves suscitadas após a leitura do texto.

Escrito pela jornalista Andrea Carvalho, o conto O Uivo do Sertão conquistou o quarto lugar do Prêmio Maximiano Campos de Literatura de 2012.

A história trata da desventura de um trabalhador humilde que se apaixona pela filha de um latifundiário. O sentimento do jovem é correspondido, mas um segredo terrível pode destruir esse amor tão puro.

A proposta pode não ser das mais originais, porém, o desenvolvimento ágil e objetivo conduz o leitor por uma narrativa comovente. O protagonista é cativante; é impossível não torcer por sua felicidade, apesar de todos os indícios de que esta não será seu destino.

A obviedade do segredo – um conhecedor de lendas sertanejas mata a charada na hora – e o desfecho previsível desde o início da leitura são pontos negativos. Mas nada disso prejudica a poesia dessa história, que remete às fábulas de infância ou aos causos do interior.

O conto foi disponibilizado pela autora aqui (site Bar do Escritor).

Para saber mais:
  1. Li e Comento: minhas breves considerações sobre contos, novelas e outras narrativas curtas.
  2. Andrea Carvalho: site oficial da autora.
  3. Cartas de Madame Red: blog onde a autora disponibiliza outras ficções.
  4. 1º Concurso Cultural de Literatura Cranik: ebook que reúne 11 contos fantásticos. A autora participa com o conto A noite misteriosa dos mortos-vivos.
  5. Andrea Carvalho no Facebook: perfil da autora.
  6. Andrea Carvalho no Twitter: perfil da autora.
  7. Instituto Maximiano Campos: site oficial.

Li e Comento: Não é humano (Conto)

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Saiba antes de ler: além de romances e livros sobre a arte da escrita, tenho o hábito de ler historietas avulsas por aí. Senti a vontade de comentar sobre esses textos breves, portanto, eu comentarei por aqui sobre contos, novelas e outras leituras mais enxutas. Note-se que este post não é uma resenha, mas um apanhado de considerações breves suscitadas após a leitura do texto.

Não é humano é a estreia profissional do escritor Miguel Carqueija. Originalmente publicado na antologia Dinossauria Tropicalia, o conto foi reproduzido na sexta edição da extinta revista Dragão Brasil.

Narrada por um velho e enfermo professor da cidadezinha de Pedra Torta, a história trata de um livro profano raríssimo encontrado na biblioteca local e das terríveis consequências de tal descoberta.

É explícita a inspiração nos trabalhos de H. P. Lovecraft, cultuado escritor norte-americano de horror e criador dos Mitos de Cthulhu. No entanto, o texto se destaca pela interessante ideia da ameaça de seres pré-históricos não tão extintos quanto se habituou a crer.

Incomodou-me o clichê do vilão que se revela por conta própria e compartilha todos os seus planos à pretensa vítima indefesa – uma maneira prática e objetiva, mas pobre, de expor informações ao leitor. Mesmo apresentando desfecho forçado, abrupto e até previsível, trata-se de um bom conto.

Para saber mais:

  1. Li e Comento: minhas breves considerações sobre contos, novelas e outras narrativas curtas.
  2. Quem é Miguel Carqueija: entrevista com o escritor por Tibor Moricz no site É só outro blogue. Confira no artigo os links para vários trabalhos disponibilizados gratuitamente pelo autor, como a novela A face oculta da galáxia.
  3. Dinossauria Tropicalia no Skoob: veja que outros autores tiveram seus contos publicados nesta antologia.
  4. A vida e obra de H. P. Lovecraft: site em português que há 8 anos divulga os trabalhos deste cultuado escritor. Descubra os Mitos de Chtulhu!
  5. O universo inominável de H.P. Lovecraft: episódio 321 do NerdCast (Jovem Nerd) dedicado inteiramente ao escritor.

Li e Comento: Bolas de feno ao vento (Miniconto)

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Saiba antes de ler: além de romances e livros sobre a arte da escrita, tenho o hábito de ler historietas avulsas por aí. Senti a vontade de comentar sobre esses textos breves, portanto, eu comentarei por aqui sobre contos, novelas e outras leituras mais enxutas. Note-se que este post não é uma resenha, mas um apanhado de considerações breves suscitadas após a leitura do texto.

Bolas de Feno ao Vento é outro miniconto de ficção científica do escritor Luiz Braz (alter ego de Nelson de Oliveira) que integra a coletânea Pequena coleção de grandes horrores, prevista para este março pela Terracota Editora.

Apresentando um tom mais sério, este não é tão divertido quanto Só Poeira (também comentado por aqui), mas é igualmente criativo. O autor trata dos pequenos acontecimentos, coincidências, incidentes e clichês do cotidiano da raça humana, atribuindo-lhes uma explicação que paira além da nossa realidade monótona e destrutiva.

A questão da extinção me pareceu um tanto desproporcional – talvez deslocada –, mas ainda assim gostei bastante do texto. Trata-se de uma leitura interessante e recomendada, embora esta suscite menos interpretações do que a história de Só Poeira.

Ambos os contos estão disponíveis aqui (site do jornal Cândido, publicado pela Biblioteca Pública do Paraná).

Para saber mais:
  1. Li e Comento: minhas breves considerações sobre contos, novelas e outras narrativas curtas.
  2. Li e Comento – Só poeira (Conto): outro miniconto de ficção científica de Luiz Braz, lido e comentado por mim aqui no blog.
  3. Cobra Norato: blog pessoal do escritor Luiz Braz.
  4. Lenda Urbana: blog do escritor Nelson de Oliveira que permanece desatualizado desde que este se tornou Luiz Braz.
  5. Terracota Editora: site oficial da editora.

Li e Comento: Só poeira (Miniconto)

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Saiba antes de ler: além de romances e livros sobre a arte da escrita, tenho o hábito de ler historietas avulsas por aí. Senti a vontade de comentar sobre esses textos breves, portanto, eu comentarei por aqui sobre contos, novelas e outras leituras mais enxutas. Note-se que este post não é uma resenha, mas um apanhado de considerações breves suscitadas após a leitura do texto.

Escrito por Luiz Braz (pseudônimo de Nelson de Oliveira), Só Poeira é um criativo e divertido miniconto de ficção científica que integra a coletânea Pequena coleção de grandes horrores, obra inédita a ser lançada em março deste ano pela Terracota Editora.

Num futuro próximo, quatro irmãos desenvolvem o primeiro androide. Orgulhosos de sua obra, feita à exata semelhança do ser humano, eles anunciam sua criação e revelam que esta possui um mecanismo de autodefesa projetado para protegê-la em toda a sua perfeição. Anos mais tarde, porém, isso pode se revelar uma má decisão.

Escrito numa linguagem fácil e permeado pelo humor, o texto apresenta um desfecho que se pode supor, mas mesmo assim surpreende. A citação aos profetas me pareceu uma crítica religiosa velada. A escolha do nome dos irmãos foi uma ótima sacada: Karamazov, como na obra do russo Fiódor Dostoievski. Considerando-se a interpretação de seu significado – ‘aquele que com seu comportamento desacertado provoca a própria punição’* –, a escolha foi bem apropriada.

O conto está disponível aqui (site do jornal Cândido, publicado pela Biblioteca Pública do Paraná).

 * Os irmãos Karamázov. Círculo do Livro. São Paulo, Brasil. Tradução de Natália Nunes e Oscar Mendes.

Para saber mais:
  1. Li e Comento: minhas breves considerações sobre contos, novelas e outras narrativas curtas.
  2. Cobra Norato: blog pessoal do escritor Luiz Braz.
  3. Lenda Urbana: blog do escritor Nelson de Oliveira que permanece desatualizado desde que este se tornou Luiz Braz.
  4. Terracota Editora: site oficial da editora.
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