Tag: Minha Metodologia (Página 1 de 4)

7 dicas para ser um escritor (mais) produtivo

Productive Writer - TypewriterPara evoluir como autor basta escrever todos os dias; o problema é se motivar para escrever. Acho que foi Jerry Seinfeld quem disse isso (ou algo parecido) e eu concordo. Não estou dizendo que escreve melhor quem escreve todo dia – vamos evitar polêmicas por agora, sim? –, mas quem escreve todo dia produz muito mais.

Tudo bem, tudo bem, talvez boa parte da produção de um escritor prolífico jamais veja a luz do dia, mas ao menos ele tem muito mais com o que trabalhar – e tentar emplacar por aí – do que alguém que escreve um conto ou outro a cada seis meses. Vai dizer que esta não é uma perspectiva interessante?

Continue lendo

8 dicas para ser um escritor mais feliz

Escritor na NaturezaQuem acompanha o Escriba Encapuzado deve ter notado que tanto o chefe quanto eu estamos sumidos daqui. O T.K. tem uma boa desculpa – férias na Tailândia, tá?! –, mas eu… bem, digamos que eu ando meio pra baixo com esse lance de escrita.

Como o drama de uns é pode ser a inspiração de outros, eu dei uma pesquisada por aí e montei essa listinha de atitudes positivas para escritores em crise. Não sei se vai resolver meu problema, mas vai que ajuda algum leitor, não é? Nunca se sabe.

Confira a seguir 8 dicas para ser um escritor mais feliz.

1 – Escreva

O escritor que não escreve definha. A abstinência de palavras machuca. Angústia, ansiedade, desorientação, frustração são alguns sintomas que podem se manifestar por dias, meses, anos. O tratamento é um só: escrever. Não importa se diário, artigo, crônica, conto, romance, roteiro ou uma bobagem qualquer que apenas os mais íntimos lerão. Preencha o vazio interior com palavras.

Escritor Feliz

Escritor que escreve é mais feliz.

 

2 – Relaxe

Ao escrever, o escritor se esforça para fazer o melhor possível, sempre. Ele não está disposto a aceitar menos do que o melhor. Mas nem sempre isso é possível. Então, preocupe-se menos. Ninguém precisa acertar de primeira. Se o texto está ruim, bem diferente do que tinha em mente, relaxe e curta o processo de ver, pouco a pouco, um rascunho ruim se transformando em um material digno.

Escritor Zen

Não precisa ser zen, basta saber relaxar.

3 – Permita-se

O escritor deve ser leal aos seus desejos. Literatura de entretenimento é irrelevante? Contos não vendem? Ninguém lê poesia? Dane-se. Escreva o que quiser e como quiser. Não tente se adequar a padrões, a modinhas nem a nada que não lhe desperte paixão. A vida é curta, o tempo escasso, a carreira de escritor não remunera tão bem, portanto, permita-se.

Escreva o que você quiser escrever.
4 – Simplifique

Escrever o grande romance brasileiro, a trindade fantástica, a série adaptada para o cinema. Quem nunca sonhou com isso? Todo escritor é um pouco megalomaníaco. Não há nada demais nisso, mas é preciso cautela, certo grau de organização e bom senso. Para evitar frustrações, estabeleça metas realísticas, curtas e controláveis – “ter o original aceito por uma editora até…” é um ótimo contraexemplo.

Planejamento de Escritor

Simplificação: você está fazendo isso errado!

 

5 – Foque

Conhecer as engrenagens do mercado editorial é útil? Sim. É preciso pautar seu trabalho por elas? Não deveria. Preocupe-se em escrever o que você quer escrever, dê o seu melhor. Somente quando tiver um produto em mãos (sim, o livro é arte, mas também é produto) veja como utilizar a máquina a seu favor. Como escritor seu foco deve ser sempre escrever; eventualmente a publicação virá.

Escritor Trabalhando

Às vezes isolar-se do mundo é necessário.

 

6 – Desapegue

Não se preocupe com números: vendas, ranques, acessos, curtidas, compartilhamentos; um escritor em início de carreira não deveria condicionar sua felicidade a nada disso. O que é mais importante? Feedback. De que vale uma página com dezenas de milhares de seguidores que não se manifestam quando você publica ali um novo conto ao qual se dedicou tanto?

Escrevendo na Natureza

Caderno, lápis e uma ideia. Do que mais um escritor precisa?

 

7 – Motive-se

Dinheiro é importante? Óbvio! Ele deve ser seu objetivo final? Nunca. Todo escritor quer viver de seu ofício, mas não deixe que este desejo seja sua motivação para escrever. Escreva pelo gosto de contar histórias, para tornar o mundo melhor, por acreditar que tem algo a dizer, para não enlouquecer, escreva porque sim. Mas ame o ofício, não o dinheiro.

Escritora Motivada

Café, uísque, tanto faz… recompense-se por um serviço bem feito.

 

8 – Termine

Começou? Vá até o fim. Não terminar é desistir, é ceder ao medo, à insegurança. Um escritor morre um pouco a cada texto abandonado: sonhos são sufocados, a alma é ferida por culpa, angústia, tristeza. Por pior que seja, um trabalho concluído te preenche de satisfação, te motiva a prosseguir, te deixa feliz. Afinal, nenhum texto será pior do que aquele que você nunca terminou.

Escritor Bebê

Desenvolva, desde cedo, o hábito de terminar (ok, nem tanto).

 

E aí? Você é um escritor feliz? Quer acrescentar algo? Comente!

Para saber mais:

  1. 8 mentiras que escritores iniciantes contam para si mesmos: quais dessas você já usou?
  2. 8 dicas para escrever um texto em poucos minutos: dicas espertas para produzir mais.
  3. 10 dicas para escritores por J.R.R. Tolkien: alguns conselhos do mestre da fantasia.
  4. 5 fatos sobre escrever primeiras versões: coisas que um escritor pensa ao terminar o rascunho de um texto.
  5. Não perca a motivação – 10 dicas para escritores:uma tábua de mandamentos pessoais para os momentos de crise existencial.
  6. 5 eBooks Gratuitos para Escritores Iniciantes: dicas valiosas em bom português imperdíveis para quem quer ser escritor.
  7. 5 Livros que ensinam a escrever: cinco recomendações para os aprendizes de escritor.
  8. eBook 7 coisas que aprendi: 58 escritores nacionais incríveis compartilham suas experiências neste eBook gratuito. Imperdível!
  9. Série 7 coisas que aprendi: página principal do projeto que convida escritores em diversas fases da carreira a compartilharem suas experiências.

10 artigos mais lidos do Escriba Encapuzado em 2014

TOP 10 Posts do Escriba Encapuzado - 2014Talvez o leitor não se lembre, mas 2014 começou para mim com um pedido de desculpas: comprometido com a conclusão do meu livro de contos, eu temia não conseguir atualizar o Escriba Encapuzado regularmente.

Felizmente, meus temores foram em vão. 2014 foi um ano frenético de escrita por aqui, com artigos bastante populares. Quatro deles se sobressaíram, atraindo muitos novos leitores – a propósito, sejam bem-vindos. Textos mais antigos foram redescobertos e compartilhados nas redes sociais.

Começo este ano de 2015 agradecendo a você, leitor, pela confiança. É você quem faz tudo isso fazer a pena!

Confira a seguir os 10 posts mais lidos do Escriba Encapuzado em 2014.

10 – 5 fatos sobre escrever primeiras versões (leia)

De repente você tem uma ideia na cabeça. Não importa se ela surgiu num lampejo de inspiração ou foi amadurecendo com o tempo, você chegou a um ponto em que não aguenta mais: ou descarrega a ideia no papel ou enlouquece. Mas entre a ideia e o texto final há um longo caminho que começa pelo rascunho. Identifique alguns problemas dessa fase para não tropeçar ainda nos primeiros passos.

Rascunhos

9 – Livros que ensinam a escrever (leia)

Eu sou um fanático por livros sobre escrita e escritores. É comum eu topar com volumes sobre motivação, inspiração, ato e desejo de escrever. Obras técnicas em português são mais raras, mas não impossíveis de encontrar – tem havido um lento, mas crescente interesse neste tipo de publicação pelas editoras nacionais. Confira minhas 5 indicações e outras tantas deixadas nos comentários.

Livros sobre escrita

8 – Metodologia 5+10 (leia)

Este foi um dos primeiros artigos publicados quando resolvi levar a sério essa história de ser escritor. Na época, eu pesquisei bastante sobre o assunto e topei com um artigo do jornal Guardian com conselhos de autores renomados. Daquela imensa lista, eu selecionei 86 tópicos, depois os filtrei e montei uma cartilha com 15 dicas para escritores iniciantes perdidos.  Se este é o seu caso, confira agora mesmo!

Criança Escrevendo

7 – Resenha: O Caçador de Androides (leia)

Li muitos livros em 2014, mas não escrevi sobre nenhum. Foi um opção pessoal. Resenhar consome muito tempo – sou meticuloso; penso e repenso todo texto que leio. Além disso, o Escriba Encapuzado não é um blog literário e sim um espaço sobre a escrita. Mas confesso que fiquei surpreso ao ver este post entre os mais lidos do ano. Será que lançaram um nova edição do livro ou do filme Blade Runner?

Cena do Filme "Blade Runner - O Caçador de Androides"

6 – 7 coisas que aprendi: 58 escritores compartilham experiências em eBook com textos inéditos (leia)

O anúncio do eBook gratuito que celebra os dois anos da série 7 coisas que aprendi figurando entre os posts mais lidos do ano? Ah, que que satisfação. A alegria só não é maior do que perceber que, desde o seu lançamento no início de 2014, o eBook que reúne os conselhos e dicas de 58 escritores nacionais  já foi baixado por mais de 1.800 pessoas! Ainda não conferiu? Corre lá e baixe seu exemplar.

Escritores Inéditos no eBook "7 coisas que aprendi"

5 – Metodologia na prática: escrevendo uma monografia (leia)

Outro post mais antigo que aparece entre os mais lidos de 2014. No texto, eu mostro como apliquei com sucesso a metodologia 5+10 para concluir sem esforço nem traumas meu trabalho de conclusão de curso. E você, está tendo dificuldades para terminar o seu? Quem sabe meu exemplo não te inspira? Dá uma conferida aí no artigo, parceiro. 😉

Metodologia 5+10 na prática

4 – Não perca a motivação: 10 dicas para escritores (leia)

 Todo escritor conhece as dores do caminho que escolheu. Não são poucas as vezes em que bate a vontade de chutar o balde, abandonar a crônica que parece conto, o conto que quer ser romance, o romance imenso que não chega a lugar nenhum. O amor pela arte costuma nos colocar de volta nos trilhos, mas, às vezes, precisamos de uma forcinha extra para não perder a motivação. Confira essas dicas preciosas.

Escritora Feliz

3 – É preciso fazer faculdade para ser escritor? (leia)

Uma das primeiras dúvidas que pinta na cabeça do aspirante a escritor. Procure pelas redes sociais da vida e você verá inúmeras variações desta pergunta se repetindo infinitamente. Não é de se estranhar, portanto, que este texto tenha recebido a medalha de bronze dos posts mais lidos aqui no Escriba Encapuzado em 2014. Ah, a resposta à pergunta você pode conferir no texto. 😉

Escritora Graduada
2 – 8 mentiras que escritores iniciantes contam para si mesmos (leia)

Este foi de longe um dos o post mais lidos do ano passado, perdendo por muito pouco a medalha de ouro. Escrito pelo meu (sumido) parceiro Diogo Ruan Orta, este texto leve e divertido teve grande repercussão nas redes sociais e atraiu muitos novos leitores para o Escriba Encapuzado. Dê uma conferida na lista do Diogo e veja se identifica com alguma mentira. Eu? Com todas, meu caro, com todas.

Escritor Pinóquio

1 – 5 dicas para escrever contos (leia)

E chegamos ao vencedor, o post mais lido do Escriba Encapuzado. Inspirado em dicas do escritor norte-americano Philip Athans, o texto traz dicas para quem deseja escrever um texto completo em uma única sessão de escrita. Bom demais para ser verdade? Talvez, mas é possível. Saiba como lendo o artigo e praticando agora mesmo!

R. A. Salvatore (esquerda) e Philip Athans (direita)

E você, leitor, o que quer ver mais por aqui em 2015? Deixe suas sugestões nos comentários.

Para saber mais – Bônus de outros 5 posts mais lidos:

  1. NaNoWriMo: 30 dias para escrever um livro: saiba mais sobre o evento que te desafia a escrever um livro em um mês.
  2. Aprenda com os Grandes – Hábitos de Escrita de 7 Escritores Espetaculares: um pouco do processo criativo de Stephen King, Ernest Hemingway, Vladimir Nabokov e outros autores renomados.
  3. 10 dicas para escritores por J.R.R. Tolkien: que aspirante a escritor não gostaria de aprender os segredos do ofício com um mestre?
  4. 8 dicas para escrever um texto em poucos minutos: tópicos breves sobre escrever para a Internet. Muito útil para quem pretende começar um blog.
  5. Como ser escritor? Qual é o caminho certo que conduz ao sonho de ser um autor reconhecido?

8 dicas para escrever um texto em poucos minutos

Jim Carrey em cena do filme "Todo Poderoso"É possível escrever contos ou romances em tempo recorde? Talvez. Eu duvido. De qualquer forma, não é disso que vou falar aqui. Não acredito em fórmulas mágicas. Desculpe. Mas saiba disso: desapegar-se de ilusões como essa fará de você um escritor bem mais feliz. Vai por mim.

Eu escrevo devagar. Muito devagar. E só quando tenho vontade. Não ando com um caderno a tiracolo, acumulo ideias rascunhadas e sofro para combinar pares de meias. Sou o oposto do ideal de escritor profissional e isso nunca me incomodou.

Mas escrever para a Internet requer uma postura diferente. Aqui onde tudo é pra ontem e os textos são embalados pra viagem, palavra cozinhada demais afugenta a clientela. Como “maus hábitos” são difíceis de mudar, pedi uma ajudinha ao grande irmão Google.

Quer aprender também? Confira a seguir 8 dicas de como escrever mais rápido (na Internet).

1 – Crie um banco de ideias.

Encontrar um assunto é o mais difícil. Não dá pra esperar pela inspiração quando existe uma pauta a cumprir, seja esta diária, semanal, mensal. Use cadernos, post its, o bloco de notas do computador, mas tenha sempre uma lista de temas à mão. Teve uma ideia enquanto escrevia, assistia à novela, navegava na Internet? Anote-a. Ela pode te render um texto no futuro.

Cadernos de Escritor

Sempre tenha um caderninho à mão… ou vários!

2 – Deixe as ideias maturarem.

Imagine-se diante de um abismo. Para chegar ao outro lado, você pode até arriscar um salto, mas não seria melhor providenciar uma ponte? Às vezes, transformar ideias em textos pode ser angustiante. Se a coisa não fluir, deixe a ideia ecoar um pouco em sua mente. Aproveite e leia mais sobre o assunto, debata-o, anote insights inesperados. Depois, tente outra vez.

Lâmpada

Poucas ideias nascem completamente maduras.

3 – Filtre as ideias.

Às vezes, uma ideia puxa a outra. Quando isso ocorre, é a glória. Você maltrata o teclado sem dó, um sorriso sádico no rosto. Daí você acaba e percebe que aquele artigo para o blog mais parece uma monografia. Sem problemas. Revise o texto e elimine tudo o que fugir do assunto principal. Mas não descarte o que cortar! As “sobras” também podem render textos futuros.

Escritor Desapegado

“Vou trabalhar a primeira ideia que cair sobre a mesa!”

4 – Faça uso de listas.

Listas facilitam a organização das ideias e a estruturação do conteúdo. Listas capturam mais a atenção e permitem rápida assimilação de informação. Listas tornam a leitura mais agradável, principalmente em dispositivos digitais. Duvida? Bom, você ainda está lendo este texto, não está?

Lista

Todo mundo adora uma boa lista.

5 – Vá direto ao ponto.

Na Internet, menos é mais. Você quer escrever artigos, não tratados científicos. Mantenha o texto curto – algo entre 500 e 800 palavras está de bom tamanho. Mas cuidado: ser breve não implica baixa qualidade. A questão aqui é ser prático e transmitir o máximo de informações em poucas palavras.

Lápis e Folha em Branco

Imagine-se com um cotoco de lápis e não desperdice palavras.

6 – Não force a barra.

Este artigo não foi minha primeira opção do banco de ideias. Antes, eu tentei escrever sobre como ser um escritor mais feliz. Empaquei. Três horas depois, desisti e escolhi outro assunto. Em bem menos tempo conclui o texto que você está lendo agora. Ao travar, o melhor mesmo é tentar escrever outra coisa. Você sempre pode voltar àquele texto caso pinte a inspiração.

Escritor Experimentando - Fotografia por Joel Robison

Quando se sentir travado, experimente escrever outra coisa. – Fotografia por Joel Robison

7 – Não poupe munição.

Você abre seu banco de ideias e, de cara, identifica meia dúzia de assuntos que rendem fácil um bom artigo. O que você faz? Guarda-os pra uma emergência, certo? Errado. Por que sofrer escrevendo um texto mais difícil se você tem outro mais fácil logo ali? Carpe diem, meu caro. Poupe tempo e paz de espírito agora. Que seu futuro eu se preocupe com o próximo artigo.

Escrevendo Loucamente - Fotografia por Joel Robison

Escrevendo como se não houvesse amanhã! – Fotografia por Joel Robison

Jogo limpo.

Escrevi este artigo seguindo as regras acima. Levei pouco mais de 30 minutos. Não é nenhum recorde – há por aí quem se gabe de concluir textos em menos da metade desse tempo –, mas não está mal pra alguém que escreve devagar. Mas preciso ser honesto com você, leitor. O que escrevi rapidamente foi, na verdade, apenas um rascunho. Gastei mais uns 20 minutos editando tudo, corrigindo erros, cortando excessos. Permita-me, então, dar mais uma dica….

8 – Faça uma rápida revisão.

Quantos minutos você levou para escrever o artigo? Tente revisá-lo nesse mesmo tempo ou em menos. Concentre-se na correção de erros ortográficos e gramaticais, no corte de trechos ambíguos, repetitivos e que fujam da ideia principal do texto. Resista à tentação de reescrever tudo. Seja breve e objetivo.

Edição

Revisar é preciso, mas não exagere.

E então? O que achou das dicas? Concorda, discorda, quer acrescentar algo? Comente!

Para saber mais:

  1. Metodologia 5+10: 5 regras e 10 orientações flexíveis para quem quer trilhar o caminho do escritor.
  2. 5 fatos sobre escrever primeiras versões: coisas que um escritor pensa ao terminar o rascunho de um texto.
  3. O pesadelo das revisões constantes: saiba como identificar e superar este terrível obstáculo.
  4. Não perca a motivação – 10 dicas para escritores:uma tábua de mandamentos pessoais para os momentos de crise existencial.
  5. 5 eBooks Gratuitos para Escritores Iniciantes: dicas valiosas em bom português imperdíveis para quem quer ser escritor.
  6. 5 Livros que ensinam a escrever: cinco recomendações para os aprendizes de escritor.
  7. eBook 7 coisas que aprendi: 58 escritores nacionais incríveis compartilham suas experiências neste eBook gratuito. Imperdível!
  8. Série 7 coisas que aprendi: página principal do projeto que convida escritores em diversas fases da carreira a compartilharem suas experiências.

5 fatos sobre escrever primeiras versões

Máquina de Escrever, Papel, Caneta, RascunhosO primeiro esboço de qualquer coisa é uma merda, disse Ernest Hemingway. Poucos adágios são tão reconfortantes para um escritor; sem a obrigação de acertar de prima, este se vê livre dos grilhões do bloqueio criativo. Ele transpõe seus pensamentos para a folha em branco sem ressalvas nem receios.

Escreva bêbado, edite sóbrio é outra pérola do autor de tantos clássicos da literatura norte-americana. Eis aí o melhor modo de produzir: mantenha o editor psicótico que existe em você em uma jaula até que tenha concluído a primeira versão de seu conto, romance, artigo.

Nada disso deveria ser novidade para nós, aprendizes dedicados, certo? Às vezes, porém, nos perdemos na confusão que é o rascunho de um texto. Não há o que temer. Só é preciso saber identificar e lidar com certos fatos relacionados à escrita de primeiras versões.

1 – Primeiras versões não saem como planejado.

Você escreve, escreve, escreve e, ao terminar, percebe que o resultado pouco ou em nada se parece com o que esperava daquela ideia original. O herói se revela um vilão, uma reviravolta invalida acontecimentos anteriores, um conto se transforma numa novela – ou pior, num livro! Isso não é necessariamente ruim. Aceite as mudanças, elas podem resultar em algo melhor.

Cena do Filme "Sem Limites" - Bradley Cooper

“Você acredita que eu só queria escrever um conto?”

2 – A tentação de editar uma primeira versão está sempre presente.

Lembre-se das palavras de Hemingway e resista à vontade de combinar edição e escrita. Faça uma coisa de cada vez, sem pressa. Foque no que interessa e faça seu cérebro entender que o texto poderá ser lapidado mais tarde, com toda a atenção e o carinho que ele merece. E não se esqueça de que é impossível editar uma página em branco.

Dupla Personalidade

“Você só vai tocar neste texto quando eu terminá-lo!” – Fotografia por Luca (deviantArt)

3 – Primeiras versões fluem melhor se houver um roteiro.

Ainda mais se você estiver preparando a primeira versão de um romance. O roteiro é como um guia breve dos principais personagens, acontecimentos e reviravoltas. Com ele será mais fácil trazer a história de volta aos eixos sempre que esta se desviar de suas intenções originais. Você ainda pode tê-lo como referência ao espalhar dicas aos leitores sobre o que a história lhes reserva.

Notebook, Mesa, Roteiro, Livros - Ferramentas de Escritor

Elaborar um roteiro é uma boa forma de evitar o bloqueio criativo.

4 – Você odiará suas primeiras versões.

Atire a primeira bolinha de papel quem nunca encarou um esboço tempos depois e se negou a acreditar que o tivesse escrito. Pensando ser o pior escritor do mundo, você tem vontade de jogar tudo para o alto e estudar para concursos públicos – ou jogar videogame. Não faça nada disso. Lembra-se do editor psicótico? É hora de libertá-lo e vê-lo fatiar versões ao bel prazer.

Michonne - Personagem da Série "The Walking Dead"

Ao editar seu texto, seja como a Michonne: corte sem dó!

5 – Agora é o melhor momento para escrever uma primeira versão.

 Há escritores que preferem dedicar algum tempo à maturação de uma ideia antes de colocá-la no papel. Se você pertence ao time dos preparadores, atenção: preparação demais pode ser uma desculpa para procrastinar. Mesmo que você não se sinta pronto nem motivado, alguma hora terá de pôr a mão à obra ou jamais a escreverá. Então, por que não agora?

Escritor e o Relógio

Não há momento ideal. Comece a escrever agora!

O mais importante ao escrever primeiras versões é sentir a liberdade que elas proporcionam. Não há nada como preencher o branco com ideias, temas, personagens e histórias emergentes das mais puras fontes do inconsciente. Na verdade, há sim: saber que esses diamantes brutos jamais serão submetidos ao crivo dos leitores. E isso é, realmente, reconfortante.

E você, colega escritor, o que sente ao escrever suas primeiras versões?

Para saber mais:

  1. Metodologia 5+10: 5 regras e 10 orientações flexíveis que busco seguir em meu caminho para tornar-me um escritor.
  2. Livros não se escrevem sozinhos: descubra o que escritores de sucesso fazem para concluir seus livros.
  3. O pesadelo das revisões constantes: algumas palavras sobre como identificar e superar este terrível obstáculo.
  4. Não perca a motivação – 10 dicas para escritores: minha tábua de mandamentos pessoais para os momentos de crise existencial.
  5. 5 dicas para escrever contos: confira 5 conselhos do renomado escritor de fantasia norte-americano Philip Athans.
  6. Série 7 coisas que aprendi: página principal do projeto que convida escritores em diversas fases da carreira a compartilharem suas experiências.

5 dicas para escrever contos

Há pouco tempo o escritor americano Philip Athans publicou em seu blog algumas dicas sobre como produzir um conto completo numa única sessão de escrita.

Imaginem quantas histórias uma pessoa que escreve regularmente poderia produzir assim? Bom demais para ser verdade? Talvez, mas é possível. E nem é preciso ser um best-seller como Athans.

5 atitudes ao escrever contos
  1. “Tenha a história quase pronta em sua imaginação antes de começar.”

    Não é preciso montar um roteiro completo, mas imaginar uma parte do todo ajuda bastante. Particularmente, procuro visualizar primeiro personagens (não muitos; de dois a três, às vezes só um) com características e históricos inusitados – costumo ser detalhista neste ponto, o que não é o ideal para narrativas curtas (tenho trabalhado esta questão, mas falo disso outro dia).

    O próximo passo é imaginar o conflito do conto, algo que os personagens queiram e que os coloque em atrito um com os outros ou consigo mesmos. A seguir, eu imagino o momento ou a cena em que o conflito eclodirá (o clímax), explicitamente ou não. Às vezes tento antecipar também o final, mas se não o encontro me contento com o que já tenho.

  2. “Não ligue o computador até que saiba qual será a sua primeira frase.”

    Acrescento: e até que saiba como o conto começará. A página em branco intimida, confunde. Ela tenta te convencer de que sua ideia não é tão boa quanto parece e, por isso, não merece ser escrita. Como ela ousa?! Felizmente, a página em branco tem ponto fraco: uma vez preenchida (quanto mais palavras, melhor), ela perde seu poder. Arme-se antes de desafiá-la.

    Travou? Dê um tempo e tente novamente.

  3. “Não se preocupe com os detalhes. Deixe-os para depois.”

    Não se trata de escrever algo superficial. Detalhes são importantes, dão cor e vida próprias ao texto. Mas a preocupação agora é tirar aqueles fragmentos de informação da cabeça e uni-los para contar uma história. Neste momento não importa o tipo de tecido do vestido daquela mulher sedutora nem o nome do drinque que o psicopata lhe paga.

    Quando não consigo evitar a necessidade de ser específico, faço uma consulta rápida a um dicionário, a uma enciclopédia, a um conhecido ou mesmo ao Google – ainda não consegui me convencer a não escrever com Internet ligada –, mas, se não encontro o que procuro, escrevo algo genérico, destacado em negrito e caixa-alta, e sigo em frente.

  4. “Continue escrevendo, o mais rápido que puder, não importa como.”

    Não pense, apenas escreva. Não se preocupe com os erros de ortografia e gramática, ignore as frases mal construídas e os diálogos patéticos, deixe passar as falhas de continuidade. Não releia o texto, coloque palavra atrás de palavra e prossiga. Escreva, escreva, escreva. E então…

    Entregue-se à escrita.

  5. “Quando achar que chegou a um ponto onde a história deve acabar, pare.”

    Normalmente ele está em algum lugar logo após o clímax do conflito. É mais fácil identificar esse ponto, obviamente, quando se conhece de antemão o desfecho do conto. Por outro lado, também é possível que o final se forme na mente durante a escrita. Mas se nenhum dos dois casos se aplicarem, o melhor é seguir a intuição. De qualquer modo, uma vez exposto o conflito, é importante não se alongar e concluir o conto o quanto antes.

“E atenção: se liga aí que é hora da revisão.”

Com um pouco de prática, é perfeitamente possível escrever um conto numa única sentada, parafraseando Athans. A satisfação de ver sua história narrada do inicio ao fim bem ali, diante de seus olhos, é única – igualável apenas, talvez, pela satisfação de concluir um romance.

Mas calma lá!

O texto está terminado, mas não está pronto para ser apresentado ao mundo, pelo contrário. Esta é apenas a primeira versão e é bem provável que seja horrível – não se podem esquecer os problemas ignorados lá atrás, correto? Antes de enviá-lo para os amigos ou postá-lo no blog será preciso lapidar (e muito) esse diamante bruto.

Deixe isso para outra oportunidade. Por ora, encoste o texto e esqueça-se dele por uns dias. Fique feliz por ter escrito um conto completo de uma só vez e vá pegar aquele agradinho que prometeu a si mesmo caso conseguisse cumprir mais este desafio.

Aproveite um repouso merecido.

E vocês, leitores? Como costumam escrever seus contos?

Para saber mais:

  1. Não perca a motivação – 10 dicas para escritores: minha tábua de mandamentos pessoais para os momentos de crise existêncial. :)
  2. O pesadelo das revisões constantes: um desabafo sobre essa dificuldade que, felizmente, tenho conseguido superar.
  3. Metodologia 5+10: 5 regras e 10 orientações flexíveis que busco seguir em meu caminho para tornar-me um escritor.
  4. Estrutura dramática de um conto: ótimo artigo escrito pela escritora parceira Sara Farinha.
  5. The one-sitting short story: onde Philip Athans fala sobre como escreveu um conto de 6.000 palavras numa única noite. Visite outras seções do blog para saber mais sobre o escritor (em inglês).

Desafio Vocabular: FÍMBRIA

Desafio Vocabular é uma série de breves artigos que coloca o leitor cara a cara com termos pouco usuais do nosso idioma. Ao contrário do que possa parecer, nenhuma das palavras selecionadas foi retirada de dicionários, mas de minhas próprias leituras casuais. Quer participar da brincadeira? Entre em contato.

Sabe o que é FÍMBRIA? Leia a frase abaixo e veja se descobre o significado dessa palavra.

A fímbria marítima arrancou-lhe lágrimas.

E aí? Descobriu? Provavelmente, não é o que você está pensando. Confira a resposta a seguir.

FÍMBRIA

Do Dicionário Aurélio:

Substantivo feminino.

1.    Franja, orla

2.    A orla ou extremidade inferior do vestido, saia, etc.:

3.   Anat. A extremidade ovariana de cada trompa de Falópio.

[Cf. fimbria, do v. fimbriar.]

Do Dicionário Houaiss:

n substantivo feminino

1.    parte que delimita (esp. terreno); beira, orla

2.    traçado contínuo, alongado, representativo do comprimento

de uma extensão; linha, traço

3.    extremidade inferior de saia, vestido etc.

4.    adorno constituído de bordado ou fios entrelaçados,

ger. aplicado na borda de tecidos; franja

5.    Rubrica: anatomia geral.

extremidade da tuba uterina

6.    Rubrica: morfologia botânica.

parte de um órgão dividida em segmentos muito finos,

como as lacínias

7.    Rubrica: morfologia zoológica.

qualquer estrutura franjada

Se você chegou perto, parabéns; é um grande conhecedor da Língua Portuguesa! Se você errou feio, não se preocupe; é apenas mais um dos meros mortais que se habituam a um vocabulário recorrente.

Que FÍMBRIA seja sua palavra de hoje. Tente usá-la em uma frase ao longo do dia. Seus amigos o agradecerão pela cultura. Só não vale usar a frase “você sabe o que é FÍMBRIA?”.

Ah, e não deixe de compartilhar sua frase nos comentários.

 

« Posts Antigos

© 2024 Escriba :

Tema por Anders NorenUp ↑