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Processo Criativo de 7 Escritores Brasileiros Premiados

A Mente Criativa de um Escritor

Todos gostam de conhecer os hábitos de trabalho de seus escritores prediletos. Será que eles escrevem todos os dias? Como conciliam a escrita com a loucura do cotidiano? Quais são seus rituais? De onde tiram inspiração?

Quanto mais famoso ou premiado o autor, maior é a curiosidade. Para o leitor que também é um escritor em formação, a dúvida é até mesmo angustiante. Afinal, qual é o segredo de tanto sucesso?

Na semana passada você vislumbrou os hábitos de celebridades literárias internacionais: os prolíficos Stephen King e Joyce Carol Oates; os moderados Ernest Hemingway e James Joyce; o horizontal Truman Capote e os verticais Vladimir Nabokov e Philip Roth.

Agora que tal ficar por dentro dos métodos de trabalho de jovens escritores brasileiros? Pois eis aqui uma lista com alguns talentos nacionais agraciados com o Prêmio Sesc de Literatura, um dos mais importantes do país.

Confira a seguir o processo criativo de 7 jovens escritores premiados.

  1. Alexandre Marques Rodrigues: Vencedor do Prêmio Sesc 2014 na categoria Contos com Parafilias, Alexandre escreve pela manhã, das 7h às 11h, quando começam “os trabalhos forçados”. Bebe café e whisky. A primeira versão é feita a caneta; ele a passa a limpo numa máquina de escrever Olivetti, depois a repassa para o computador.

  2. João Vereza: Vencedor do Prêmio Sesc 2013 na categoria Contos com Noveleletas, João escreve no computador (no Word mesmo). Ele mantém o arquivo do texto aberto o tempo todo, pronto para receber insights inesperados. Se uma boa ideia persiste por um dia, então é anotada num caderno. Às vezes, ele escreve com música de fundo. Café, vinho e cigarros o ajudam a relaxar.

  3. Débora Ferraz: Vencedora do Prêmio Sesc 2014 na categoria Romance com Enquanto Deus não está olhando, Débora vê a escrita como um segundo emprego. Ela tenta escrever todos os dias, reservando um horário exclusivo para isso, às vezes trabalhando em dois turnos. Escreve à mão e em caderninhos onde quer que haja um assento e condições de concentração.

  4. Maurício de Almeida: Vencedor do Prêmio Sesc 2007 na categoria Conto com Beijando dentes, Maurício esboça uma estrutura flexível de cada novo projeto. Escreve livremente, reescrevendo tudo só depois de ter a estrutura inteira pronta, gerando muitas versões e revisões. Trabalha de 6h às 8h da manhã, mas, às vezes, também à tarde, à noite e de madrugada. Sempre carrega um caderno. O Maurício também contribuiu com sua experiência para a série 7 coisas que aprendi.

  5. Rafael Gallo: Vencedor do Prêmio Sesc 2011 na categoria Conto com Réveillon e outros dias, Rafael não segue protocolos nem horários. Pensa em suas histórias quase o tempo todo, escrevendo e reescrevendo infinitamente. Toma notas no celular e até no e-mail. Bebe Coca-Cola e come chocolate. Insiste diante do computador o quanto pode e, às vezes, desanuvia a mente na Internet. O Rafael também contribuiu com sua experiência para a série 7 coisas que aprendi.

  6. Wesley Peres: Vencedor do Prêmio Sesc 2007 na categoria Romance com Casa entre vértebras, Wesley não define horário nem lugar específicos, embora prefira escrever na biblioteca de sua casa. Bebe café e muito. Prefere escutar música para escrever e precisa ler livros que o estimulem a fazê-lo. Trabalha sempre no computador.

  7. Luisa Geisler: Vencedora dos Prêmios Sesc 2010 e 2011 nas categorias Conto com Contos de Mentira e Romance com Quiçá, respectivamente, Luisa escreve quando dá, de preferência na primeiras horas da manhã e em casa, de pijama. Planeja-se com Excel, definindo prazos e metas que luta para cumprir. Ela anota ideias no celular ou em blocos de xerox e sua bebida favorita é chá.

Quer conhecer mais processos criativos? Visite o site 2 Mil Toques!

Criado por André Timm, o 2 mil toques reúne depoimentos de diversos escritores sobre suas rotinas de trabalho. Contabilizando mais de 40 contribuições, esse projeto enriquecedor publica novos textos toda a semana e já conta com nomes de peso, como Antônio Xerxenesky, Carol Bensimon, Carlos Henrique Schroeder, Sérgio Fantini e esses 7 autores premiados pelo Sesc. O que você está esperando? Conheça o site agora mesmo: http://2miltoques.tumblr.com/

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Para saber mais:

  1. Aprenda com os Grandes – Hábitos de Escrita de 7 Escritores Espetaculares: um pouco do processo criativo de Stephen King, Ernest Hemingway, Vladimir Nabokov e outros autores renomados.

  2. eBook 7 coisas que aprendi: 58 escritores nacionais incríveis compartilham suas experiências neste eBook gratuito. Imperdível!

  3. 7 coisas que aprendi, por Alessandro Garcia: inspire-se na experiência deste incrível escritor.

  4. 7 coisas que aprendi, por Maurício de Almeida: inspire-se na experiência deste incrível escritor.

  5. 7 coisas que aprendi, por Sérgio Fantini: inspire-se na experiência deste incrível escritor.

  6. Série 7 coisas que aprendi: página principal do projeto que convida escritores em diversas fases da carreira a compartilharem suas experiências.

Aprenda com os Grandes – 7 Hábitos de Escrita de Escritores Espetaculares

Write to Done

Write to Done é uma fonte valiosa de informações para romancistas, blogueiros, publicitários e autores de não ficção. Editado por Mary Jaksch, autora de obra traduzida em 7 idiomas, este site parceiro disponibiliza o eBook gratuito The (nearly) Ultimate Guide to Better Writing e inúmeras dicas que serão compartilhadas aqui em traduções regulares.

O texto de hoje foi escrito por Leo Babauta. Confira o artigo no idioma original no Write to Done.

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8 dicas para escrever um texto em poucos minutos

Jim Carrey em cena do filme "Todo Poderoso"É possível escrever contos ou romances em tempo recorde? Talvez. Eu duvido. De qualquer forma, não é disso que vou falar aqui. Não acredito em fórmulas mágicas. Desculpe. Mas saiba disso: desapegar-se de ilusões como essa fará de você um escritor bem mais feliz. Vai por mim.

Eu escrevo devagar. Muito devagar. E só quando tenho vontade. Não ando com um caderno a tiracolo, acumulo ideias rascunhadas e sofro para combinar pares de meias. Sou o oposto do ideal de escritor profissional e isso nunca me incomodou.

Mas escrever para a Internet requer uma postura diferente. Aqui onde tudo é pra ontem e os textos são embalados pra viagem, palavra cozinhada demais afugenta a clientela. Como “maus hábitos” são difíceis de mudar, pedi uma ajudinha ao grande irmão Google.

Quer aprender também? Confira a seguir 8 dicas de como escrever mais rápido (na Internet).

1 – Crie um banco de ideias.

Encontrar um assunto é o mais difícil. Não dá pra esperar pela inspiração quando existe uma pauta a cumprir, seja esta diária, semanal, mensal. Use cadernos, post its, o bloco de notas do computador, mas tenha sempre uma lista de temas à mão. Teve uma ideia enquanto escrevia, assistia à novela, navegava na Internet? Anote-a. Ela pode te render um texto no futuro.

Cadernos de Escritor

Sempre tenha um caderninho à mão… ou vários!

2 – Deixe as ideias maturarem.

Imagine-se diante de um abismo. Para chegar ao outro lado, você pode até arriscar um salto, mas não seria melhor providenciar uma ponte? Às vezes, transformar ideias em textos pode ser angustiante. Se a coisa não fluir, deixe a ideia ecoar um pouco em sua mente. Aproveite e leia mais sobre o assunto, debata-o, anote insights inesperados. Depois, tente outra vez.

Lâmpada

Poucas ideias nascem completamente maduras.

3 – Filtre as ideias.

Às vezes, uma ideia puxa a outra. Quando isso ocorre, é a glória. Você maltrata o teclado sem dó, um sorriso sádico no rosto. Daí você acaba e percebe que aquele artigo para o blog mais parece uma monografia. Sem problemas. Revise o texto e elimine tudo o que fugir do assunto principal. Mas não descarte o que cortar! As “sobras” também podem render textos futuros.

Escritor Desapegado

“Vou trabalhar a primeira ideia que cair sobre a mesa!”

4 – Faça uso de listas.

Listas facilitam a organização das ideias e a estruturação do conteúdo. Listas capturam mais a atenção e permitem rápida assimilação de informação. Listas tornam a leitura mais agradável, principalmente em dispositivos digitais. Duvida? Bom, você ainda está lendo este texto, não está?

Lista

Todo mundo adora uma boa lista.

5 – Vá direto ao ponto.

Na Internet, menos é mais. Você quer escrever artigos, não tratados científicos. Mantenha o texto curto – algo entre 500 e 800 palavras está de bom tamanho. Mas cuidado: ser breve não implica baixa qualidade. A questão aqui é ser prático e transmitir o máximo de informações em poucas palavras.

Lápis e Folha em Branco

Imagine-se com um cotoco de lápis e não desperdice palavras.

6 – Não force a barra.

Este artigo não foi minha primeira opção do banco de ideias. Antes, eu tentei escrever sobre como ser um escritor mais feliz. Empaquei. Três horas depois, desisti e escolhi outro assunto. Em bem menos tempo conclui o texto que você está lendo agora. Ao travar, o melhor mesmo é tentar escrever outra coisa. Você sempre pode voltar àquele texto caso pinte a inspiração.

Escritor Experimentando - Fotografia por Joel Robison

Quando se sentir travado, experimente escrever outra coisa. – Fotografia por Joel Robison

7 – Não poupe munição.

Você abre seu banco de ideias e, de cara, identifica meia dúzia de assuntos que rendem fácil um bom artigo. O que você faz? Guarda-os pra uma emergência, certo? Errado. Por que sofrer escrevendo um texto mais difícil se você tem outro mais fácil logo ali? Carpe diem, meu caro. Poupe tempo e paz de espírito agora. Que seu futuro eu se preocupe com o próximo artigo.

Escrevendo Loucamente - Fotografia por Joel Robison

Escrevendo como se não houvesse amanhã! – Fotografia por Joel Robison

Jogo limpo.

Escrevi este artigo seguindo as regras acima. Levei pouco mais de 30 minutos. Não é nenhum recorde – há por aí quem se gabe de concluir textos em menos da metade desse tempo –, mas não está mal pra alguém que escreve devagar. Mas preciso ser honesto com você, leitor. O que escrevi rapidamente foi, na verdade, apenas um rascunho. Gastei mais uns 20 minutos editando tudo, corrigindo erros, cortando excessos. Permita-me, então, dar mais uma dica….

8 – Faça uma rápida revisão.

Quantos minutos você levou para escrever o artigo? Tente revisá-lo nesse mesmo tempo ou em menos. Concentre-se na correção de erros ortográficos e gramaticais, no corte de trechos ambíguos, repetitivos e que fujam da ideia principal do texto. Resista à tentação de reescrever tudo. Seja breve e objetivo.

Edição

Revisar é preciso, mas não exagere.

E então? O que achou das dicas? Concorda, discorda, quer acrescentar algo? Comente!

Para saber mais:

  1. Metodologia 5+10: 5 regras e 10 orientações flexíveis para quem quer trilhar o caminho do escritor.
  2. 5 fatos sobre escrever primeiras versões: coisas que um escritor pensa ao terminar o rascunho de um texto.
  3. O pesadelo das revisões constantes: saiba como identificar e superar este terrível obstáculo.
  4. Não perca a motivação – 10 dicas para escritores:uma tábua de mandamentos pessoais para os momentos de crise existencial.
  5. 5 eBooks Gratuitos para Escritores Iniciantes: dicas valiosas em bom português imperdíveis para quem quer ser escritor.
  6. 5 Livros que ensinam a escrever: cinco recomendações para os aprendizes de escritor.
  7. eBook 7 coisas que aprendi: 58 escritores nacionais incríveis compartilham suas experiências neste eBook gratuito. Imperdível!
  8. Série 7 coisas que aprendi: página principal do projeto que convida escritores em diversas fases da carreira a compartilharem suas experiências.

8 mentiras que escritores iniciantes contam para si mesmos

PinóquioO escritor é um mentiroso honesto. Profundo? Não fui eu quem disse isso, mas sim Pep Bras, um autor espanhol com mais de 20 livros publicados.

Essa é uma frase muito boa e tem tudo a ver com quem tira seu sustento da ficção. Mas não é disso que quero falar. Fiquei pensando: que mentiras escritores contam para si mesmos, principalmente os iniciantes?

Pesquisando por aí, eu descobri que a lista de mentiras é tão imensa que renderia uma série de artigos. Como estou sem saco para planejar algo assim – não esqueça que estou escrevendo aqui só para quebrar o galho do amigo encapuzado –, vou falar daquelas que se destacaram pra mim.

Confira a seguir as 8 mentiras que escritores contam para si – sem nenhuma ordem específica, afinal, eu não sou tão sistemático quanto o chefe.

1 – Escrevo para mim, não para os outros.

Todo escritor quer e precisa ser lido. Quem não gosta de se reconhecido, bajulado? Podem falar mal também – críticas ajudam a aprender, a melhorar –, mas falem. O frágil ego de artista aprecia e necessita de audiência. Escrever sem a intenção de comunicar algo para outra pessoa é o mesmo que conversar consigo mesmo: estranho, chato, e pouco proveitoso.

Guy Pearce em cena do Filme "Amnésia"

Escrever para si mesmo faz mais sentido quando se sofre de amnésia.

2 – Não ligo para críticas, desde que sejam construtivas.

Escritores odeiam ser criticados. Pouco importa se o crítico é leigo (íntimo ou desconhecido) ou profissional, nem mesmo o quão cuidadoso ele seja. Talvez ninguém tome conhecimento desse ódio – e é assim mesmo que deve ser –, mas é impossível não senti-lo. Ninguém gosta de levar puxões de orelha por um trabalho ao qual se dedicou com afinco.

O escritor pavio curto Dermot Hoggins do filme "A Viagem"

“Quer dizer que você não gostou do meu livro, certo?!”

3 – O importante é escrever, publicar é só consequência.

A publicação atormenta os pensamentos de todo escritor, ainda mais se ele for iniciante. E não estou falando apenas de livros. Há centenas de sites, fóruns, listas de discussões, revistas e grupos pela Internet abarrotados de textos alheios. O problema é que a grande maioria serve muita coisa crua ou malpassada. Deixem seus textos ao fogo por mais tempo, escritores!

Tom Cruise em cena do filme "Jerry Maguire - A Grande Virada"

“Mostra o dinheiro! Mostra o dinheiro!”

4 – Não invejo o sucesso de outros escritores.

Quando um colega fecha seu primeiro contrato com uma editora ou emplaca mais um livro independente de sucesso, a primeira coisa que um escritor faz é encarar o monstro de olhos verdes. Ele pode até ficar feliz pelo outro, mas não consegue evitar um pouco de amargura: “como?”. “Por que não eu, que escrevo tão melhor?”. “Sortudo!”. “Tem as costas quentes!”.

Stephen King, o mestre do Terror e do Suspense

“Não me inveje, escreva!”

5. Esse curso vai me tornar um escritor! E esse livro, site, vídeo…

Leitura e estudo são aspectos fundamentais na formação de um bom escritor. O problema é passar mais tempo aprendendo sobre como escrever do que escrevendo de fato. Conselhos, dicas e técnicas são úteis apenas quando postas à prova. Teoria não produz livros, prática sim.

Pilha de Livros - por Joel Robison

“Assim que aprender essas técnicas eu escrevo o meu livro!” – Fotografia por Joel Robison

6 – Vou dar uma espiadinha rápida no Facebook.

E no Twitter. Agora o e-mail. Opa, mensagem no WhatsApp. Não existe isso de “espiadinha rápida” nesta era da distração em que vivemos. Minutos se transformam em horas e o que é relevante é trocado por curtidas insignificantes e comentários vazios. Depois não adianta reclamar da correria da vida nem sobre como não sobra tempo para nada.

Johnny Depp em cena do filme "A Janela Secreta"

“Vou escovar os dentes assim que esse vídeo acabar!”

7 – Ninguém me dá sossego para escrever.

Um escritor só é produtivo quando as pessoas de sua vida o deixam em paz. Ele também é mais ansioso, psicopata, viciado em redes sociais e vídeos pornôs. Ei, pelo menos ele será capaz de escrever uma obra-prima sobre as maravilhas de se viver em uma caverna. Má ideia? Então talvez seja melhor viver para incorporar experiências e deixá-las transbordar na escrita.

Escritor Ermitão

“Agora nada irá me impedir de escrever meu romance best-seller! Hmmm… que fome.”

8. Não me considero escritor.

Escritor não é só alguém que tem livros publicados. Isso é um autor. Ainda assim, há muitos que relutam em aceitar o título – o próprio T. K. é um desses. Humildade é uma característica louvável, mas não exageremos. Alguém que tem o dom de juntar palavras para criar ou contar histórias é, para mim, um escritor. Ponto.

Quadro Negro do Bart Simpson

Escreva até acreditar pra valer!

Taí. Essas são algumas das mentiras que mais me incomodaram em minhas pesquisas. Fique à vontade para complementar, condenar ou louvar essa lista nos comentários abaixo. Como? Se já contei algumas dessas mentiras? É claro que não, eu não sou escritor.

E você, quais mentiras costuma contar para si mesmo?

Para saber mais:

  1. Não perca a motivação – 10 dicas para escritores:uma tábua de mandamentos pessoais para os momentos de crise existencial.
  2. 5 fatos sobre escrever primeiras versões: coisas que um escritor pensa ao terminar o rascunho de um texto.
  3. 5 dicas para escrever contos: confira 5 conselhos do renomado escritor de fantasia norte-americano Philip Athans.
  4. 10 dicas para escritores por J.R.R. Tolkien: que aspirante a escritor não gostaria de aprender os segredos do ofício com um mestre?
  5. 5 eBooks Gratuitos para Escritores Iniciantes: dicas valiosas em bom português imperdíveis para quem quer ser escritor.
  6. 5 Livros que ensinam a escrever: cinco recomendações para os aprendizes de escritor.
  7. Metodologia 5+10: 5 regras e 10 orientações flexíveis para quem quer trilhar o caminho do escritor.
  8. eBook 7 coisas que aprendi: 58 escritores nacionais incríveis compartilham suas experiências neste eBook gratuito. Imperdível!
  9. Série 7 coisas que aprendi: página principal do projeto que convida escritores em diversas fases da carreira a compartilharem suas experiências.
  10. Peb Bras: site oficial do escritor espanhol.

10 dicas para escritores por J. R. R. Tolkien

J.R.R. Tolkien e seu estúdioEntão, você quer ser escritor? Que tal aprender com o mestre? Não, não falo de mim – o que você andou bebendo?! Refiro-me ao grande J. R. R. Tolkien, é claro. Aquele do cachimbo, referência mundial do gênero de fantasia, autor de dois livrinhos intitulados O Hobitt e O Senhor dos Anéis; conhece?

O site Essay Mama produziu um infográfico reunindo 10 dicas do mestre coletadas pelo escritor Roger Colby. Todas foram inspiradas em seu processo criativo, o qual é abordado no livro As Cartas de J. R. R. Tolkien (Arte e Letra, 2006).

Atualização (20/08/14): editor do site Hard is Writing Work, o escritor Roger Colby entrou em contato para informar que o Essay Mama utilizou, sem sua autorização, grande parte do texto autoral Tolkien’s 10 Tips for WritersPor ter visto, no próprio infográfico, a referência ao trabalho original, o autor desta tradução assumiu que o senhor Colby estivesse ciente do uso de seu texto. Por este equivoco, que não se repetirá no futuro, o Escriba Encapuzado pede desculpas aos seus leitores. O senhor Colby não se indispôs com esta tradução e, em seu apoio, os links para o infográfico do Essay Mama foram retirados. Recomenda-se, ainda, a leitura do artigo original completo (em inglês, naturalmente).

Confira as 10 dicas de J. R. R. Tolkien que te tornarão um escritor melhor.

  1. A vaidade é inútil

    Eu certamente espero deixar a coisa toda [O Senhor dos Anéis] revisada e em sua forma final para o mundo jogá-la no cesto de lixo. Todos os livros vão para lá no final; neste mundo, de qualquer forma.”

    – em carta ao Sir Stanley Unwin datada de 31 de julho de 1947.

  2. Mantenha-se firme

    Apesar dos muitos problemas pessoais – doença, sobrecarga de trabalho, saudades do filho Christopher enquanto este servia à Marinha Real Britânica – Tolkien deixava as preocupações de lado e escrevia. Ele precisava equilibrar o trabalho diário com o desejo de escrever histórias épicas ambientadas na Terra-média. Ele encontrou tempo. Ele criou tempo. Foram necessários 7 anos para que ele concluísse O Hobbit. – em carta ao Sir Stanley Unwin datada de 21 de Julho de 1946.

  3. Aceite críticasTolkien e Lewis - Filme

    Quando ele dizia, ‘Você pode fazer melhor do que isso. Melhor, Tolkien, por favor!’, eu tentava fazer. Eu sentava e escrevia a seção repetidas vezes. Isso aconteceu com a cena que acho que é a melhor do livro, o confronto entre Gandalf e seu mago rival, Saruman, na cidade destruída de Isengard.”

    – em carta ao editor sobre os comentários que o amigo C. S. Lewis fez a respeito de O Senhor dos Anéis.

  4. Deixe seus interesses guiarem sua escrita

    Originalmente, o interesse de Tolkien eram os idiomas. Ele amava criar seus próprios idiomas inspirados em outros mais antigos. Tal interesse o levou criar culturas inteiras baseadas nesses idiomas e a escrever para elas histórias que depois se tornaram lendas. Quando você escreve algo que não está realmente em seu coração, o resultado é algo raso e sem vida.

  5. A poesia é um caminho para a prosa

    Quando Tolkien não conseguia expressar seus pensamentos em prosa ele escrevia “boa parte deles em verso. A primeira versão da canção de Passolargo a respeito de Lúthien,… apareceu originalmente na revista da Universidade de Leeds; mas a história inteira, como esboçada por Aragorn, foi escrita em um poema de grande tamanho”. Tente compor seus pensamentos na forma de verso para estimular seu cérebro a pensar profundamente sobre o estilo linguístico, a estrutura e os artifícios literários.

    Livro "As Cartas de J. R. R. Tolkien"

    A bela edição do livro lançado pela Arte e Letra em 2006 e hoje, infelizmente, esgotada.

  6. Acidente feliz

    O Hobbit veio a público e fez minha ligação com a A. & U. [Allen & Unwin, editora britânica] por um acidente.”.

    Acidentes, às vezes, acontecem, e, às vezes, eles conduzirão um escritor a uma editora ou resultarão em um romance. Tolkien criou mundos inteiros utilizando seu conhecimento de mitos e lendas para contar histórias arquetípicas e icônicas inspiradas em locais mágicos. Ainda que ele planejasse tudo meticulosamente, acidentes felizes ocorriam. Acidentes, às vezes, podem ser dádivas.

  7. Sonhos nos inspiram

    Ao dormir eu tinha o terrível sonho da onda inelutável, ou saindo do mar calmo, ou elevando-se sobre as verdejantes terras do interior… e acordava ofegando ao sair de águas profundas. Eu costumava desenhá-lo ou escrever poemas ruins sobre ele.”

    Tolkien se referia ao processo usado para incorporar esta sensação de afogamento à invasão da Terra-média por Mordor. Ele fez uso disso por várias vezes, como na inundação de Isengard, nos pântanos mortos, e no quase afogamento de Sam Gamgee ao seguir Frodo.

    Nazgûl no Vau do Bruinen

    Ondas em formatos de cavaleiros atacam os Nazgûl no Vau do Bruinen.

  8. Pessoas reais inspiram grandes personagens

    Tolkien se inspirou em pessoas da vida real para popular o fantástico mundo da Terra-média. Olhe ao seu redor. Muitas pessoas com as quais você convive dia após dia podem se tornar personagens fantásticos em seu romance. É divertido imaginá-las como heróis ou o que elas realmente fariam em uma situação de perigo.

  9. Livros de J. R. R. TolkienVocê pode ser o próximo autor best-seller

    Tolkien foi surpreendido pelo sucesso de seu primeiro livro e também dos demais. Ele sentia, literalmente, que sua natureza best-seller foi um completo acidente. Isso dá esperança a todos os escritores, mas saiba você que ele não atingiu tal posição sem seguir as dicas listadas aqui.

  10. Seus próprios livros podem parecer banais

    Agora considero O Senhor dos Anéis ‘bom em algumas partes’”.

    Isso significa que, ao ler seus livros anos depois de escrevê-los, a experiência de escrita que Tolkien acumulara lhe dizia que ele era um escritor muito melhor do que quando publicou O Hobbit. Você pode se sentir assim em relação os livros que escreveu.

O que você achou das dicas do mestre da fantasia? Vamos prosear nos comentários.

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Para saber mais:

  1. Tolkien’s 10 Tips for Writers: artigo bem mais completo do Writing is Hard Work, site do escritor Roger Colby (em inglês).
  2. eBook 7 coisas que aprendi: 58 escritores nacionais incríveis compartilham suas experiências neste eBook gratuito. Imperdível!
  3. É preciso fazer faculdade para ser escritor? – uma faculdade é capaz de transformar alguém em um escritor (de ficção) profissional?
  4. 5 eBooks Gratuitos para Escritores Iniciantes: dicas valiosas em bom português imperdíveis para quem quer ser escritor.
  5. 5 Livros que ensinam a escrever: cinco recomendações para os aprendizes de escritor.
  6. Metodologia 5+10: 5 regras e 10 orientações flexíveis para quem quer trilhar o caminho do escritor.
  7. 5 fatos sobre escrever primeiras versões: coisas que um escritor pensa ao terminar o rascunho de um texto.
  8. Não perca a motivação – 10 dicas para escritores: para os momentos de crise existencial. 🙂
  9. Legathin on deviantArt: perfil do artista responsável pela imagem destacada deste post.

Jardineiro de Ideias – Curso de Formação de Escritores On-Line

Diego SchuttHá quatro anos o site Ficção em Tópicos é uma referência fundamental em minha jornada de escritor. Esse acervo de técnicas, dicas e inspirações editado pelo parceiro Diego Schutt é hoje, sem dúvida, o mais completo e consistente da internet brasileira.

Com um currículo que inclui formação em escrita criativa na Austrália, Suíça, Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha e Brasil, o Diego tem experiência de sobra para orientar os mais de 20 mil leitores que acessam seu site diariamente.

Agora imagine essa fera ministrando um curso onde você pode aplicar todo o conhecimento reunido no Ficção em Tópicos. Pare de imaginar e conheça o Jardineiro de Ideias, uma oficina on-line para escritores.

Arquitetos e Jardineiros

Em entrevista à Rolling Stone em 2012, George R. R. Martin falou sobre escritores arquitetos e jardineiros: o arquiteto é aquele que planeja cada aspecto de uma história antes de escrevê-la; já o jardineiro desenvolve uma ideia sem saber ao certo a onde ela o conduzirá. Foi esta última noção que inspirou a criação do curso.

A proposta do Diego não é ensinar como planejar, escrever e publicar um livro, mas como desenvolver ideias em textos criativos utilizando as técnicas e dicas do Ficção em Tópicos. É o começo ideal para qualquer escritor são o bastante para não se meter a tentar escrever logo de cara o próximo Harry Potter ou O Senhor dos Anéis.

Jardineiro de Ideias - Curso On-Line de Criação de Histórias de Ficção

Estrutura e Preço do Curso

O Jardineiro de Ideias tem duração de 6 semanas e é direcionado para uma turma de 4 a 10 participantes. O curso é inteiramente on-line. A cada semana serão disponibilizados 1 vídeo, 2 artigos técnicos e 1 exercício de escrita criativa com foco nos principais elementos de histórias de ficção (personagens, conflito, enredo, cenários, diálogos, tema). Todos os textos serão lidos e avaliados pelo Diego, além de publicados em uma comunidade de escritores exclusiva para que outros colegas também possam comentar.

O valor do curso é de R$ 550,00, um preço mais do que justo a se pagar pela qualidade do material e pela experiência do instrutor. O pagamento pode ser feito com cartão de crédito, débito on-line ou boleto bancário através do PagSeguro – é possível dividir o custo em até 12x.

Data de Início e Inscrições

Consultorias do Ficção em TópicosInteressado, amigo escritor? Então corra, pois a nova edição do curso começa já no próximo dia 17. São apenas 10 vagas!

Inscreva-se hoje mesmo no curso on-line Jardineiro de Ideias.

E se você não pode desembolsar quinhetinhos, mas está precisando de uma forcinha para desenvolver aquela ideia esperta ou melhorar uma história já pronta, confira as consultorias individuais que o Diego oferece a preços mais acessíveis.

E aí? Vamos plantar e colher ideias?

Você sabia… que Diego Schutt é um dos 58 escritores que compartilham experiências no eBook da série 7 coisas que aprendi?

Para saber mais:

  1. Jardineiro de Ideias: um curso que ensina a plantar ideias e colher histórias. Por Diego Schutt, do excelente Ficção em Tópicos.
  2. eBook 7 coisas que aprendi: 58 escritores compartilham suas experiências e o Diego Schutt está entre eles. Imperdível.
  3. 5 eBooks Gratuitos para Escritores Iniciantes: dicas valiosas em bom português imperdíveis para quem quer ser escritor.
  4. Serviço: Oficinas Literárias:confira recomendações de oficinas de criação literária espalhadas por todo o país.
  5. É preciso fazer faculdade para ser escritor? uma faculdade é capaz de transformar alguém em um escritor (de ficção) profissional?
  6. Como ser escritor? – Qual é o caminho certo que conduz ao sonho de ser um autor reconhecido?
  7. Quero ser escritor! – Algumas palavras sobre o sonho de viver de literatura no Brasil.
  8. Metodologia 5+10: 5 regras e 10 orientações flexíveis que busco seguir em meu caminho para tornar-me um escritor.
  9. Não perca a motivação – 10 dicas para escritores: minha tábua de mandamentos pessoais para os momentos de crise existencial.
  10. 5 dicas para escrever contos: confira 5 conselhos do renomado escritor de fantasia norte-americano Philip Athans.
  11. Interpretações da Leitura Crítica: se estivessem vivos hoje, o que pensariam os grandes escritores do passado sobre os estudos de suas obras?

7 coisas que aprendi: 58 escritores compartilham experiências em eBook com textos inéditos

ebook 7 coisas que aprendiA série 7 coisas que aprendi é o meu primeiro projeto como escritor e também um dos mais bem sucedidos; um verdadeiro xodó. Inspirada em uma coluna no site da revista americana Writer’s Digest, esta iniciativa surgiu para saciar os sedentos pelas misteriosas águas da criação literária.

No decorrer de pouco mais dois anos, o projeto acumulou 51 contribuições de escritores que aceitaram compartilhar suas experiências com o mundo todo. Um acervo notável, sem dúvida, enriquecido não só pela sabedoria de profissionais publicados, mas também pela perspicácia de aspirantes desconhecidos.

Para celebrar um trabalho tão valioso, o Escriba Encapuzado e o Vida de Escritor, do parceiro Alexandre Lobão, preparam um presente especial para seus leitores: uma coletânea em eBook das contribuições angariadas por nós. Mais do que isso, este volume reúne 14 depoimentos inéditos de escritores incríveis.

Confira o que você encontrará neste eBook:
  • 44 textos originalmente publicados no Escriba Encapuzado e no Vida de Escritor

    Todas as contribuições foram cuidadosamente revisadas pela equipe de produção. Em alguns casos, o texto foi modificado ou ampliado pelos próprios autores, que nos concederam permissão para reproduzi-los no eBook.

    14 contribuições inéditas de escritores incríveis.

  • 14 textos INÉDITOS

    A cereja do bolo. Uniram-se a nós na celebração:

    Ana Lúcia Merege
    Bráulio Tavares
    Eduardo Spohr
    Eliana Vieira Leal Vaz
    Flávio Medeiros Jr.
    J. B. Oliveira
    Luis Dill
    Marcelo Spalding
    Maurício Melo Jr.
    Priscila Andrade
    Rafael Gallo
    Ronize Aline
    Valentina Silva Ferreira
    Vanessa Oliveira

  • Conselhos extras de 3 profissionais do mercado editorial

    Reprodução autorizada dos textos (revisados) do consultor literário James McSill, da parecerista Kyanja Lee e do editor Victor Tagore.

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E para encerrar, um convite: seja você um escritor iniciante ou veterano, autor de poesias, contos, romances ou biografias, envie as 7 coisas que você aprendeu e ajude-nos a enriquecer ainda mais esta série. Quem sabe não reunimos um acervo grande o bastante para um segundo volume?

Para saber mais:
  1. Série 7 coisas que aprendi: página principal do projeto que lista todos os escritores que já contribuíram.
  2. O que é isso? Um meme? – breve explicação sobre o que o projeto “7 coisas que aprendi” NÃO é.
  3. Ajude a divulgar o projeto: algumas orientações e banners que podem ser utilizados livremente.
  4. 7 things I’ve learned so far: coluna da Writer’s Digest que inspirou a versão nacional do projeto (em inglês).
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