A série 7 coisas que aprendi é o meu primeiro projeto como escritor e também um dos mais bem sucedidos; um verdadeiro xodó. Inspirada em uma coluna no site da revista americana Writer’s Digest, esta iniciativa surgiu para saciar os sedentos pelas misteriosas águas da criação literária.
No decorrer de pouco mais dois anos, o projeto acumulou 51 contribuições de escritores que aceitaram compartilhar suas experiências com o mundo todo. Um acervo notável, sem dúvida, enriquecido não só pela sabedoria de profissionais publicados, mas também pela perspicácia de aspirantes desconhecidos.
Para celebrar um trabalho tão valioso, o Escriba Encapuzado e o Vida de Escritor, do parceiro Alexandre Lobão, preparam um presente especial para seus leitores: uma coletânea em eBook das contribuições angariadas por nós. Mais do que isso, este volume reúne 14 depoimentos inéditos de escritores incríveis.
Confira o que você encontrará neste eBook:
44 textos originalmente publicados no Escriba Encapuzado e no Vida de Escritor
Todas as contribuições foram cuidadosamente revisadas pela equipe de produção. Em alguns casos, o texto foi modificado ou ampliado pelos próprios autores, que nos concederam permissão para reproduzi-los no eBook.
14 textos INÉDITOS
A cereja do bolo. Uniram-se a nós na celebração:
Ana Lúcia Merege Bráulio Tavares Eduardo Spohr Eliana Vieira Leal Vaz Flávio Medeiros Jr. J. B. Oliveira Luis Dill
Marcelo Spalding Maurício Melo Jr. Priscila Andrade Rafael Gallo Ronize Aline Valentina Silva Ferreira Vanessa Oliveira
Conselhos extras de 3 profissionais do mercado editorial
Reprodução autorizada dos textos (revisados) do consultor literário James McSill, da parecerista Kyanja Lee e do editor Victor Tagore.
Baixe o eBook 7 coisas que aprendi (É Grátis!)
Tenha sempre ao seu alcance as dicas de 58 escritores e de 3 profissionais do mercado editorial.
Baixou, leu e gostou? Compartilhe esse projeto com outros amigos de profissão, iniciantes ou veteranos. Ajude a espalhar as boas palavras.
E para encerrar, um convite: seja você um escritor iniciante ou veterano, autor de poesias, contos, romances ou biografias, envie as 7 coisas que você aprendeu e ajude-nos a enriquecer ainda mais esta série. Quem sabe não reunimos um acervo grande o bastante para um segundo volume?
Para saber mais:
Série 7 coisas que aprendi: página principal do projeto que lista todos os escritores que já contribuíram.
O que é isso? Um meme? – breve explicação sobre o que o projeto “7 coisas que aprendi” NÃO é.
Ajude a divulgar o projeto: algumas orientações e banners que podem ser utilizados livremente.
7 things I’ve learned so far: coluna da Writer’s Digest que inspirou a versão nacional do projeto (em inglês).
A Internet pode ser tanto uma bênção quanto uma maldição. Ela democratiza o acesso à informação, porém, não garante a qualidade do que é disponibilizado. Felizmente, disciplina e critério permitem a extração de conteúdos realmente proveitosos.
É importante adotar uma rigorosa dieta de informação, mas isto não basta para evitar que o internauta se veja diante de inúmeras leituras. Passar horas na Internet só para inteirar-se das novidades é um luxo para poucos – é preciso dedicar tempo ao trabalho, estudos, família.
Considerem-se, ainda, a questão do desconforto de se ler numa tela brilhante e as distrações oferecidas por computadores, smartphones, tablets e demais bugigangas tecnológicas.
Então, o que fazer? Como antenar-se às novas sem sacrificar o que é fundamental, como a saúde e o convívio social? Não faço a mínima ideia. De verdade. Se alguém souber pode me dizer. Enquanto isso, eu vou experimentando algumas estratégias.
Revista eletrônica diária
Tenho lido mais e com maior conforto graças a algumas ferramentas. A primeira é o Feedly, um aplicativo web que faz uso da tecnologia RSS, hoje em dia presente na maioria dos sites. Como uma revista eletrônica, ele reúne atualizações de vários sites que acompanho, exibindo título, resumo e conteúdo completo. Não é preciso visitar site por site para ler os artigos.
O diferencial do Feedly para outros aplicativos do tipo está no ambiente personalizável e minimalista (sem distrações), propício à leitura, e na integração como diversas redes sociais com as quais é possível compartilhar os artigos. Ele é sincronizado com o Google Reader, o que significa que a assinatura de um novo site neste é refletida naquele, e vice-versa.
Cabe dizer que a ferramenta não será tão útil sem a adoção de uma dieta de informação. De nada adianta cadastrar no Feedly uma centena de sites de publicação diária – as chances de que tanta informação seja consumida é remotíssima.
Conforto visual e mobilidade
O papel do Feedly é organizar e facilitar a filtragem de conteúdo relevante. Contudo, mesmo com toda a qualidade de seu ambiente, este ainda sujeita o leitor aos desconfortos de uma tela brilhante e à necessidade de estar conectado à Internet.
Que ferramenta poderia resolver esta questão? O Kindle, claro. Para o leitor neófito, trata-se de um dispositivo eletrônico dedicado exclusivamente à leitura ou, simplesmente, um leitor de livros digitais (e-reader). A tecnologia de tinta eletrônica (e-ink) que ele emprega proporciona uma tela que simula a experiência de se ler um livro de papel.
Fiz experimentos na tentativa de usufruir dos recursos do Feedly no Kindle, mas nenhum foi satisfatório. Gerar arquivos para transferência e leitura posterior no e-reader é trabalhoso, envolve conversões para formatos .PDF ou .MOBI e requer conexão a um computador via USB.
Acessar o Feedly pela rede Wi-Fi do Kindle consome rapidamente a bateria e a velocidade de navegação é sofrível. Felizmente, há uma terceira ferramenta que permite integrar as outras duas de forma mais eficiente: Instapaper.
Para ler depois
O Instapaper é um aplicativo bem interessante e funciona como um depósito de artigos para leitura posterior. Imagine que um internauta tope com um texto longo na Internet e está sem tempo para lê-lo. Ao invés de imprimi-lo, enviar o link por e-mail ou adicioná-lo à lista de sites favoritos, ele salva-o no aplicativo. Depois, ao acessar o Instapaper (na web ou em sua versão móvel), lá está o texto à espera.
A maravilha deste aplicativo é que ele disponibiliza o texto e nada mais. Em outras palavras, adeus vídeos, anúncios, etc. – algumas figuras permanecem, mas só as relacionadas ao artigo. Mais o recurso mais útil, para mim, é a possibilidade de gerar arquivos para leitura no Kindle.
Mas o melhor mesmo é que o Instapaper também envia uma coletânea de até 10 artigos (na versão gratuita do aplicativo) diretamente à conta da Amazon associada ao e-reader. Através da rede Wi-Fi do Kindle é possível, então, baixá-la no formato de um periódico eletrônico.
Processo quase perfeito
Eis como utilizo as três ferramentas ao meu favor. Primeiro, eu acesso as contas de cada uma na Internet. No Feedly estão as novidades dos sites que acompanho; através dos resumos, identifico o que me é relevante – o restante é marcado como “lido” e desaparece da tela.
Em cada artigo aberto, localizo o ícone do Instapaper junto às opções de compartilhamento próximas ao título. Uma nova guia é aberta no navegador, solicitando minha confirmação para adicionar o artigo ao Instapaper – caso não tivesse acessado minha conta previamente, seria solicitado meu nome de usuário e senha antes da confirmação.
A seguir, no Instapaper, confirmo a gravação de todos os artigos compartilhados pelo Feedly. Acessando as configurações da conta, localizo a opção de envio para o Kindle e solicito o envio imediato. Minutos depois aparece na minha conta da Amazon um arquivo para transferência e leitura no e-reader.
No site da Amazon, eu solicito a entrega do arquivo pela rede Wi-Fi. Finalmente, ao ativar a sincronização de itens no Kindle, o arquivo com todos os artigos filtrados no Feedly é entregue, ficando disponível para uma leitura confortável a todo o momento e em qualquer lugar.
Considerações
Pode parecer trabalhoso, mas o processo não dura mais do que 20 minutos. Há certas falhas, claro. No Feedly, por exemplo, é preciso confirmar o envio de cada artigo para o Instapaper – o ideal seria que a integração fosse automática, sem a necessidade de se abrir uma nova guia.
No Instapaper também ocorre um problema pouco frequente, mas irritante. Aparentemente, certas características de sites impedem a captura correta do texto. Isto reflete nos arquivos gerados para o Kindle, onde, às vezes, pode-se notar a ausência de alguns artigos.
A questão mais frustrante para mim, porém, é a solicitação manual de envio para o e-reader. Felizmente, somente os donos do Kindle DX terão de lidar com este problema. Infelizmente, a versão DX é justamente a que possuo. Permitam-me explicar.
O arquivo enviado pelo Instapaper para a Amazon é convertido e passa a ser considerado um tipo de documento pessoal. Em outras palavras, o arquivo não é considerado um livro, revista ou jornal, mas um documento pessoal convertido para o formato do Kindle.
O problema é que a sincronização automática de documentos pessoais só está disponível nas versões mais recentes do e-reader. Ou seja, a menos que você possua um Kindle geração 3 acima (se não me engano), a única maneira de receber seus arquivos pessoais é solicitando o envio manual através do site da Amazon.
Ei, não à toa eu disse acima que o processo era “quase perfeito”. Mas ele tem me atendido bem até hoje.
E você, leitor, quais estratégias utiliza para se manter em dia com as novidades que pipocam a todo instante na Internet?
Instapaper: site oficial do Instapaper (em inglês).
Instapaper no iPad: matéria sobre o aplicativo para o dispositivo da Apple publicado no site da revista Info.
Configure o envio do Instapaper para o Kindle:guia no site do Instapaper para configurar o envio de artigos para o e-reader da Amazon (em inglês; é preciso acessar um conta do serviço).
Kindle na Info: acompanhe as novidades sobre o e-reader no site da revista Info.
The Information Diet:site oficial do livro homônimo lançado por Clay A. Johnson; está na minha lista de leituras. Há um vídeo na página inicial com uma introdução bem explicativa (em inglês).