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4 modelos de publicação para seu livro

Livro Concluído

“Tá pronto, pode publicar!”

Enfim você concluiu o livro no qual trabalhou por muito, muito tempo? Parabéns, você está começando a se destacar entre inúmeros aspirantes a escritor – incluindo este aqui. Brinde à vitória com seus amigos e desfrute de um merecido descanso. Logo mais você enfrentará um novo desafio: a publicação.

Faça uma busca no Google e você encontrará milhares de dicas de como publicar um livro. Algumas são bastante úteis, outras nem tanto; fiz (e continuo fazendo) minha própria seleção – afinal, um dia (muito breve, espero) eu concluirei meu livro.

Recentemente, um leitor e querido amigo me escreveu em busca de conselhos; dividi minhas dicas com ele e, agora, divido-as aqui com você. Quem sabe elas também te possam ser úteis?

Mas antes: você tem certeza absoluta de que o livro está pronto? Eu recomendaria a seleção ou contratação de alguns leitores críticos (família e amigos próximos não valem) e uma ampla revisão do texto, pelo menos. Só quando tiver certeza de que tem a versão final e “aprovada” do livro você deve pensar em publicar. É importantíssimo também que você faça o registro na Biblioteca Nacional para garantir seus direitos autorais sobre a obra.

Confira agora algumas formas de publicar seu livro.

Publicação Tradicional
Livros

O sonho de todo escritor. Vai dizer que não?

Se você escolher a publicação tradicional, saiba que há muitas editoras por aí que não passam de gráficas disfarçadas. Algumas pedem que você pague apenas parte do custo de publicação, mas mesmo assim pode ser furada. Eu não aconselho pagar para ser publicado.

As razões são várias, mas a principal é que, depois de impressa a tiragem, essas “editoras” não costumam investir na divulgação, distribuição, deixando esse esforço todo para o autor – sim, você teria, por exemplo, que negociar a venda de sua obra em livrarias. É um consenso na Internet de que editoras sérias NÃO exigem que o autor arque com os custos do livro.

Por outro lado, as editoras sérias costumam levar um bom tempo para avaliar originais e não dão muito espaço a iniciantes. E aqui vai uma dica importante: é preciso escolher a editora de acordo com o gênero do livro (fantasia, terror, mainstream); não adianta nada mandar ficção científica para uma editora que só publica autoajuda, por exemplo.

Publicação (Eletrônica) Independente

A autopublicação em eBook é uma alternativa; entre os serviços gratuitos que a possibilitam estão Amazon KDP, Publique-se, Bookess – a Bookess oferece ainda a impressão sob demanda, serviço interessante caso você prefira publicar livros físicos. É preciso estar atento aos contratos, pois algumas destas editoras online impõem restrições ao autor, como exclusividade ou redução da margem de lucros.

Livro e Kindle

Livro ou eBook? A escolha é sua!

Você deve tentar publicar em tantas plataformas quanto for possível; também deve cuidar para estrear com um preço razoável, afinal, você ainda é um autor desconhecido. Ainda será preciso investir na divulgação (Facebook, GoogleAds, mídia impressa, etc.), mas estes gastos estarão sobre seu controle.

Períodos de promoção ou até de distribuição gratuita (algumas horas, um dia, etc.) são mais que recomendados. Sem sombra de dúvida, você deve, pelo menos, disponibilizar o primeiro capítulo ou trechos do livro. Outra boa forma de se divulgar é firmar parcerias com blogueiros literários sérios, com muitos seguidores, negociando (sem pagar!) uma resenha ou sorteio da obra.

Em que o autor independente deve investir? Se você optar por esta modalidade de publicação, é importante reservar verba para, pelo menos: uma avaliação crítica do original; um revisor; um diagramador; um capista; publicidade. Lembrando que a autopublicação em formato físico requer ainda gastos com impressão, distribuição, armazenamento.

Financiamento Coletivo
Escritora Paga

“Quero autografo, dedicatória e brindes, hein?!”

Esta é uma modalidade mais recente na Internet. Muitos autores têm conseguido angariar fundos dessa forma, mas, de novo, todo o esforço fica por parte do autor: a impressão, a divulgação, a distribuição, etc. O Catarse é uma das principais ferramentas dos escritores que fogem das editoras, mas há também aquelas especializadas na publicação de livros, como a Bookstart e a Bookstorming.

Uma questão importante: para um financiamento ser bem sucedido, é preciso inovar nas recompensas dadas aos investidores; só garantir uma cópia do livro me parece pouco; o ideal seria providenciar uns badulaques, como nome nos agradecimentos, marcadores de páginas, pôsteres, camisas, bonés, canecas, quebra-cabeças, chaveiros, conto onde o financiador seja um personagem, coisas assim.

Concursos Literários

Concursos e editais literários são sempre uma opção para quem escreve romances e contos. Três grandes aqui em Minas são o Prêmio Governo de Minas Gerais de Literatura, Prêmio Cidade de Belo Horizonte e o Concurso Nacional de Literatura / Prêmio João de Barro. Há também o Prêmio Sesc de Literatura, muito reconhecido e uma excelente oportunidade para iniciantes. Os vencedores destes concursos sempre contam com o amparo dos patrocinadores e editoras que os promovem – claro, as premiações em dinheiro também são muito bem vindas.

O prazo para participar do Prêmio Sesc de Literatura 2015 está acabando. As inscrições se encerram na próxima semana, no dia 01 de março. Fica a dica. 😉

Prêmio Sesc de Literatura 2014

Alexandre M. Rodrigues e Débora Ferraz: vencedores do Prêmio Sesc de Literatura.

E se você não quiser nada disso?

Estas são formas mais comuns de se publicar um livro hoje em dia, mas não são as únicas, é claro. Eu ficarei muito feliz se você compartilhar outras alternativas por aqui. Mais abaixo montei uma lista de sites úteis que conheço. Pretendo expandi-la e mantê-la atualizada sempre que possível e convido você a me ajudar nesta tarefa. Deixe suas indicações e dicas nos comentários abaixo. Vamos discorrer sobre as inúmeras estradas que levam ao paraíso (?) da publicação.

Então, como você pretende publicar seu livro?

Para saber mais:

EDITORAS E CONCURSOS LITERÁRIOS

  1. Mesa do Editor: site que facilita a interação entre editoras, autores e agentes literários.
  2. Concursos Literários: vários concursos onde o autor pode inscrever seu livro.
  3. Prêmio Sesc de Literatura: um dos concursos literários mais tradicionais do país.

AUTOPUBLICAÇÃO

  1. Publiki: um portal recente com dicas de autopublicação; tem boas dicas.
  2. Amazon KDP: plataforma de publicação da Amazon.
  3.  Publique-se: portal de autopublicação da Saraiva.
  4. Bookess: publicação onLine

FINANCIAMENTO COLETIVO

  1. Financiamento Coletivo Literário: dicas da escritora Ronize Aline sobre essa modalidade de produção.
  2. Catarse: uma das mais famosas plataformas de financiamento coletivo.
  3. Bookstorming: plataforma de financiamento coletivo literário.
  4. Bookstart: outra plataforma de financiamento coletivo.

PROFISSIONAIS DO MERCADO EDITORIAL

  1. Kyanja Lee: profissional que oferece aconselhamento editorial, entre outros serviços. Muito bem recomendada.
  2. James McSill: coach literário reconhecido internacionalmente.

SITES FUNDAMENTAIS

  1. Biblioteca Nacional: saiba como garantir os direitos autorais sobre sua obra.

Processo Criativo de 7 Escritores Brasileiros Premiados

A Mente Criativa de um Escritor

Todos gostam de conhecer os hábitos de trabalho de seus escritores prediletos. Será que eles escrevem todos os dias? Como conciliam a escrita com a loucura do cotidiano? Quais são seus rituais? De onde tiram inspiração?

Quanto mais famoso ou premiado o autor, maior é a curiosidade. Para o leitor que também é um escritor em formação, a dúvida é até mesmo angustiante. Afinal, qual é o segredo de tanto sucesso?

Na semana passada você vislumbrou os hábitos de celebridades literárias internacionais: os prolíficos Stephen King e Joyce Carol Oates; os moderados Ernest Hemingway e James Joyce; o horizontal Truman Capote e os verticais Vladimir Nabokov e Philip Roth.

Agora que tal ficar por dentro dos métodos de trabalho de jovens escritores brasileiros? Pois eis aqui uma lista com alguns talentos nacionais agraciados com o Prêmio Sesc de Literatura, um dos mais importantes do país.

Confira a seguir o processo criativo de 7 jovens escritores premiados.

  1. Alexandre Marques Rodrigues: Vencedor do Prêmio Sesc 2014 na categoria Contos com Parafilias, Alexandre escreve pela manhã, das 7h às 11h, quando começam “os trabalhos forçados”. Bebe café e whisky. A primeira versão é feita a caneta; ele a passa a limpo numa máquina de escrever Olivetti, depois a repassa para o computador.

  2. João Vereza: Vencedor do Prêmio Sesc 2013 na categoria Contos com Noveleletas, João escreve no computador (no Word mesmo). Ele mantém o arquivo do texto aberto o tempo todo, pronto para receber insights inesperados. Se uma boa ideia persiste por um dia, então é anotada num caderno. Às vezes, ele escreve com música de fundo. Café, vinho e cigarros o ajudam a relaxar.

  3. Débora Ferraz: Vencedora do Prêmio Sesc 2014 na categoria Romance com Enquanto Deus não está olhando, Débora vê a escrita como um segundo emprego. Ela tenta escrever todos os dias, reservando um horário exclusivo para isso, às vezes trabalhando em dois turnos. Escreve à mão e em caderninhos onde quer que haja um assento e condições de concentração.

  4. Maurício de Almeida: Vencedor do Prêmio Sesc 2007 na categoria Conto com Beijando dentes, Maurício esboça uma estrutura flexível de cada novo projeto. Escreve livremente, reescrevendo tudo só depois de ter a estrutura inteira pronta, gerando muitas versões e revisões. Trabalha de 6h às 8h da manhã, mas, às vezes, também à tarde, à noite e de madrugada. Sempre carrega um caderno. O Maurício também contribuiu com sua experiência para a série 7 coisas que aprendi.

  5. Rafael Gallo: Vencedor do Prêmio Sesc 2011 na categoria Conto com Réveillon e outros dias, Rafael não segue protocolos nem horários. Pensa em suas histórias quase o tempo todo, escrevendo e reescrevendo infinitamente. Toma notas no celular e até no e-mail. Bebe Coca-Cola e come chocolate. Insiste diante do computador o quanto pode e, às vezes, desanuvia a mente na Internet. O Rafael também contribuiu com sua experiência para a série 7 coisas que aprendi.

  6. Wesley Peres: Vencedor do Prêmio Sesc 2007 na categoria Romance com Casa entre vértebras, Wesley não define horário nem lugar específicos, embora prefira escrever na biblioteca de sua casa. Bebe café e muito. Prefere escutar música para escrever e precisa ler livros que o estimulem a fazê-lo. Trabalha sempre no computador.

  7. Luisa Geisler: Vencedora dos Prêmios Sesc 2010 e 2011 nas categorias Conto com Contos de Mentira e Romance com Quiçá, respectivamente, Luisa escreve quando dá, de preferência na primeiras horas da manhã e em casa, de pijama. Planeja-se com Excel, definindo prazos e metas que luta para cumprir. Ela anota ideias no celular ou em blocos de xerox e sua bebida favorita é chá.

Quer conhecer mais processos criativos? Visite o site 2 Mil Toques!

Criado por André Timm, o 2 mil toques reúne depoimentos de diversos escritores sobre suas rotinas de trabalho. Contabilizando mais de 40 contribuições, esse projeto enriquecedor publica novos textos toda a semana e já conta com nomes de peso, como Antônio Xerxenesky, Carol Bensimon, Carlos Henrique Schroeder, Sérgio Fantini e esses 7 autores premiados pelo Sesc. O que você está esperando? Conheça o site agora mesmo: http://2miltoques.tumblr.com/

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Para saber mais:

  1. Aprenda com os Grandes – Hábitos de Escrita de 7 Escritores Espetaculares: um pouco do processo criativo de Stephen King, Ernest Hemingway, Vladimir Nabokov e outros autores renomados.

  2. eBook 7 coisas que aprendi: 58 escritores nacionais incríveis compartilham suas experiências neste eBook gratuito. Imperdível!

  3. 7 coisas que aprendi, por Alessandro Garcia: inspire-se na experiência deste incrível escritor.

  4. 7 coisas que aprendi, por Maurício de Almeida: inspire-se na experiência deste incrível escritor.

  5. 7 coisas que aprendi, por Sérgio Fantini: inspire-se na experiência deste incrível escritor.

  6. Série 7 coisas que aprendi: página principal do projeto que convida escritores em diversas fases da carreira a compartilharem suas experiências.

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