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Ghost Writer: Podcast para Leitores e Escritores

Você busca dicas de boa leitura? Tem curiosidades sobre o mercado editorial? Quer conhecer os segredos de escritores publicados? Então ouça o Ghost Writer (GW), uma valiosa fonte para os aficionados por literatura e para aprendizes de escritor.

Fruto da colaboração dos cariocas Ricardo Herdy e Raphael Modena, o podcast se destaca pela informalidade, pelo carisma dos apresentadores e seus convidados e, claro, pelo conteúdo de qualidade.

De periodicidade (quase) quinzenal, o GW conta com 20 episódios lançados. Entre os tópicos discutidos figuram as influências na formação de leitores e escritores, a publicação do primeiro livro e as recomendações de livros marcantes na vida de participantes especialíssimos – o que representa um pesadelo para os que mantêm listas de leituras futuras, diga-se.

Aprendendo com os melhores…

Se você faz parte dos bravos que trilham o caminho do escritor, preste atenção às entrevistas com autores, editores e demais envolvidos no mercado editorial: todas trazem dicas preciosas.

Recomendo especialmente as palavras de André Vianco (Sétimo, O Turno da Noite), Fábio Yabu (Combo Rangers, As Princesas do Mar), Leonel Caldela (O Inimigo do Mundo, O Caçador de Apóstolos), Luis Eduardo Matta (120 Horas, As Bem Resolvidas), Raphael Draccon (Dragões de Éter, Fios de Prata) e Marcelo Amado, da Editora Estronho.

Também há entrevistas com Eduardo Spohr (A Batalha do Apocalipse; Filhos do Éden); Carlos Eduardo Klimick (O Desafio dos Bandeirantes; Era do Caos), Carolina Munhóz (A Fada, O Inverno das Fadas), Renata Ventura (A Arma Escarlate) e outros.

Ultimamente, o GW tem se dedicado a tratar da vida e obra de escritores renomados, como Ray Bradbury, o mestre Stephen King e o brasileiro Ryoki Inoue, o autor mais prolifico do mundo, com mais de 1000 livros publicados. E pensar que ainda há tantos nomes de peso que renderiam muitas horas de debates.

Para escutar em qualquer lugar

Os episódios podem ser escutados on-line ou baixados em formato .MP3 diretamente do site do podcast. Quem quiser manter contato com seus idealizadores também pode acompanhar o Twitter, a página no Facebook ou enviar um e-mail aos mesmos. E para os aficionados também por tecnologia vale citar que o GW também está disponível no iTunes.

E se você for de Gana, por favor, não deixe de entrar em contato com o Herdy e o Modena. Eles têm recebido inúmeros visitantes ganeses, mas ainda não receberam um alô sequer dos ouvintes de lá.

Em tempo: a equipe do GW agora conta com a participação de um locutor profissional; Lucas Amura veio para dar ainda mais qualidade a um projeto que evolui a olhos vistos.

Conheça o Ghost Writer

Site: programagw.podomatic.com

Email: programagw@gmail.com

Twitter: @programagw

Facebook: Podcast Ghost Writer

itunes: Podcast Ghost Writer

Guia de Episódios – 1 ao 20

Episódio Zero – Apresentação

Ricardo Herdy e Raphael Modena apresentam seu projeto.

Episódio 1: A influência do RPG na formação do leitor

Com Eduardo Sporh e Carlos Eduardo Klimick

Episódio 2: Um papo literário com Luis Eduardo Matta – Volume 1

Episódio 3: Um papo literário com Luis Eduardo Matta – Volume 2

Episódio 4: Entrevista com o escritor Leonel Caldela

Episódio 5: Listas – Cinco livros que marcaram nossas vidas

Com Luis Eduardo Matta e João Carlos Batista

Episódio 6: Entrevista com Raphael Draccon

Episódio 7: Neil Gaiman (quadrinhos)

Com Nicole Mezzasalma e Mauro Trevisan (Dr. Careca!)

Episódio 8: Publicando o Primeiro Livro

Com Eliane Raye e Marcelo Amaral

Episódio 9: A influência de Harry Potter na formação de escritores

Com Carolina Munhóz e Renata Ventura

Episódio 10: Listas 2 – Cinco livros que marcaram nossas vidas

Com Eduardo Spohr, Raphael Draccon e Leonel Caldela

Episódio 11: Entrevista com Fábio Yabu

Episódio 12: Ilustradores Escritores

Com Dennis Vinicius, Nanuka Andrade e Marcelo Amaral

Episódio 13: Um papo com o Editor Marcelo Amado

Episódio 14: Entrevista com o Escritor André Vianco

Episódio 15: Listas 3 – Cinco Thrillers que marcaram nossas vidas

Com Eliane Raye e Luis Eduardo Matta

Episódio 16: A vida e a obra de Ray Bradbury

Com Alvaro Domingues e Cesar Silva

Episódio 17: A vida e a obra de Stephen King – Volume 1

Episódio 18: A vida e a obra de Stephen King – Volume 2

Com Affonso Solano, Eduardo Spohr e Raphael Draccon

Episódio 19: Entrevista com Ryoki Inoue – Volume 1

Episódio 20: Entrevista com Ryoki Inoue – Volume 2

Com Luis Eduardo Matta

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Para saber mais:

  1. O que é um podcast: descubra neste artigo no site Leitor Cabuloso; aproveite e conheça podcasts de temas diversos.
  2. Entrevista com Herdy e Modena: os criadores do Ghost Writer falam sobre seu projeto no excelente site podLer.
  3. Papo na Estante: embora não seja atualizado há algum tempo, este podcast literário conta com episódios interessantissímos.
  4. LiteratusCast: podcast literário do site Homo Literatus; atenção especial aos episódios da série Vida de Escritor.
  5. O que é um Ghost Writer: saiba mais sobre esta profissão (sim, isso mesmo) no site da Exame.
  6. André Vianco: site do autor de Os Sete, Sétimo, O Senhor da Chuva, O Turno da Noite e muitos outros.
  7. Carlos Klimick: site do autor de Desafio dos Bandeirantes, Era do Caos e outros.
  8. Carolinha Munhóz: site da autora de A Fada e O Inverno das Fadas.
  9. Editora Estronho: site da editora de Marcelo Amado.
  10. Eduardo Sphor: site do autor de A Batalha do Apocalipse, Filhos do Éden – Herdeiros de Atlântidas e Protocolo Bluehand – Alienígenas.
  11. Fábio Yabu: site do autor de Combo Rangers, Princesas do Mar e outros.
  12. Lucas Amura: site do locutor profissional e novo membro da equipe do podcast Ghost Writer.
  13. Luis Eduardo Matta: site do autor de Conexão Beirute-Teeran, 120 Horas, Morte no Colégio e outros.
  14. Raphael Draccon: site do autor da trilogia Dragões de Éter, Espíritos de Geloe Fios de Prata.
  15. Ryoki Inoue: site do escritor mais prolífico do mundo.
  16. Ryoki Inoue Produções: site da editora de Inoue; oportunidade para escritores em busca da publicação.

Resenha: Fahrenheit 451

PenaPenaPena

Saiba antes de ler: não sou crítico literário nem detentor da verdade absoluta. O texto abaixo relata as impressões que tive após a leitura deste livro e não traz quaisquer revelações quanto ao enredo.

Fahrenheit 451 é aclamado mundialmente como um clássico da literatura de ficção científica. Obra prima do autor americano Ray Douglas Bradbury e publicado originalmente na década de 50, este premiado romance aborda temas desconcertantemente familiares e atualíssimos.

Nesta distopia futura, a sociedade foi subjugada por um governo totalitário onde autoridades invisíveis, mas sempre presentes, criminalizaram a leitura, promovendo uma verdadeira caça às bruxas. Atuando como força repressora, os bombeiros (firemen, no original) são incumbidos de localizar e, ironicamente, incendiar livros.

A mídia televisiva destaca-se ainda mais como o principal meio de alienação e dominação das massas, restringindo-se a apresentar em sua grade programas de entretenimento e simulacros de realidade interativos – a audiência ludibriada mal e mal tem conhecimento dos eventos que ocorrem além de suas salas repletas de telas imensas.

Completamente alheio, a princípio, à extinção gradual da manifestação do pensamento livre, promotor e difusor do conhecimento, vive Guy Montag, um bombeiro a serviço do sistema. Ao conhecer a adolescente Clarisse McClellan, Guy começa a questionar a sociedade em que vive e logo embarca numa cruzada pessoal contra a política estabelecida.

A trama é interessante, ainda que simples; o ritmo da leitura é lento. Há instantes de tensão e ação, mas as reflexões do protagonista dominam a narrativa. Particularmente, muitos destes trechos foram confusos o bastante para me forçar a relê-los duas ou três vezes na tentativa de compreender a mensagem que estava sendo passada.

Bradbury pontua alguns eventos paralelos à trajetória de Montag que reforçam os perigos da alienação e permitem antecipar o final trágico e inevitável – confesso, porém, que duvidei até o último instante que o autor concluiria a obra de forma tão emblemática. Contudo, o melhor momento do livro é aquele no qual o protagonista finalmente percebe ter seguido por um caminho sem volta e, literalmente, incinera o seu passado.

Esta não é uma leitura fácil, mas, por instigar o leitor a pensar sobre os perigos da supressão do conhecimento e de se resignar numa sociedade alienada e consumista, Fahrenheit 451é mais do que recomendado e recebe 3 penas-tinteiro (estrelas).

E esta é a humilde opinião de um escriba.

Em tempo: o título do livro alude à temperatura na qual o papel queima, o que equivale a 233º na escala Celsius. Fahrenheit 451 foi adaptado para o cinema por François Truffaut e lançado em 1966.

Mais sobre o autor:

Há tantas curiosidades sobre Ray Bradbury que é impossível deixar de compartilhá-las. Americano, Bradbury completou o ensino médio durante a Grande Depressão e, não podendo custear a faculdade, trabalhou como jornaleiro.

Cresceu enfurnado em bibliotecas e suas principais influências literárias foram Edgar Allan Poe (Os Assassinatos da Rua Morgue, O Corvo), H.G. Wells (A Guerra dos Mundos), Júlio Verne (Vinte Mil Léguas Submarinas) e Edgar Rice Burroughs (Tarzan, o filho das selvas).

O primeiro conto, Hollerbochen’s Dilemma, foi publicado no fanzine de ficção científica Imagination e suas obras mais celebradas, as Crônicas Marcianas e o próprio Fahrenheit 451 lhe garantiram lugar entre os principais autores do gênero.

Contudo, Bradbury afirmou certa vez não escrever ficção científica e sim fantasia – Fahrenheit 451 é a única exceção, segundo o próprio, mas mesmo este se baseou na realidade.

Tendo publicado algo em torno de 600 contos, 30 livros e inúmeros poemas, ensaios e roteiros para TV, não é surpresa que tenha recebido diversas homenagens e prêmios:

  • Foi premiado com o Hugo (tradicional premiação literária norte-americana) em 1954 na categoria melhor romance por Fahrenheit 451, tendo concorrido com ninguém menos que Arthur C. Clarke e Isaac Asimov;
  • Teve o nome atribuído a um asteroide (9766 Bradbury) e a uma categoria de premiação do Nebula Awards (outra tradicional premiação);
  • Uma de suas obras (Dandelion Wine; A Cidade Fantástica no Brasil) inspirou o nome de uma cratera lunar;
  • Ganhou sua própria estrela na Calçada da Fama em Hollywood.
  • No ano passado foi prestigiado pela cantora e comediante Rachel Bloom com o videoclipe intitulado “F— me, Ray Bradbury” (nem preciso traduzir, certo?), que recebeu, vejam só, uma indicação ao Hugo.
  • Suposto descendente direto de Mary Bradbury, julgada, condenada e sentenciada à forca por bruxaria em Salem, Bradbury viveu até os 91 anos – o escritor faleceu esta semana, dia 5 de junho de 2012.

Para saber mais:

  1. Ray Bradbury: site oficial do autor (em inglês).
  2. Ray Bradbury, The Art of Fiction No. 203: entrevista com o autor no Paris Review (em inglês).
  3. Open Library: Ray Bradbury: coletânea dos livros de Ray Bradbury (em inglês).
  4. Biografia: Ray Bradbury: traduzido do site oficial e publicado no InfoEscola.
  5. Top 100 Science-Fiction, Fantasy Books: Fahrenheit 451 foi considerado o 7º romance de ficção científica mais popular entre 100 outras obras (em inglês).
  6. Crítica – Fahrenheit 451 (1966): Rubens Ewald Filho avalia o filme de 1966 baseado na obra de Bradbury.
  7. Fahrenheit 451: Sobre uma distopia incandescente: considerações sobre a obra por Alfredo Suppia, na coluna de Roberto de Souza Causo no Terra Magazine.
  8. Fahrenheit 451: A temperatura de uma adaptação: Alfredo Suppia fala sobre a adptação para o cinema; publicado na coluna de Roberto de Souza Causo no Terra Magazine.

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