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8 mentiras que escritores iniciantes contam para si mesmos

PinóquioO escritor é um mentiroso honesto. Profundo? Não fui eu quem disse isso, mas sim Pep Bras, um autor espanhol com mais de 20 livros publicados.

Essa é uma frase muito boa e tem tudo a ver com quem tira seu sustento da ficção. Mas não é disso que quero falar. Fiquei pensando: que mentiras escritores contam para si mesmos, principalmente os iniciantes?

Pesquisando por aí, eu descobri que a lista de mentiras é tão imensa que renderia uma série de artigos. Como estou sem saco para planejar algo assim – não esqueça que estou escrevendo aqui só para quebrar o galho do amigo encapuzado –, vou falar daquelas que se destacaram pra mim.

Confira a seguir as 8 mentiras que escritores contam para si – sem nenhuma ordem específica, afinal, eu não sou tão sistemático quanto o chefe.

1 – Escrevo para mim, não para os outros.

Todo escritor quer e precisa ser lido. Quem não gosta de se reconhecido, bajulado? Podem falar mal também – críticas ajudam a aprender, a melhorar –, mas falem. O frágil ego de artista aprecia e necessita de audiência. Escrever sem a intenção de comunicar algo para outra pessoa é o mesmo que conversar consigo mesmo: estranho, chato, e pouco proveitoso.

Guy Pearce em cena do Filme "Amnésia"

Escrever para si mesmo faz mais sentido quando se sofre de amnésia.

2 – Não ligo para críticas, desde que sejam construtivas.

Escritores odeiam ser criticados. Pouco importa se o crítico é leigo (íntimo ou desconhecido) ou profissional, nem mesmo o quão cuidadoso ele seja. Talvez ninguém tome conhecimento desse ódio – e é assim mesmo que deve ser –, mas é impossível não senti-lo. Ninguém gosta de levar puxões de orelha por um trabalho ao qual se dedicou com afinco.

O escritor pavio curto Dermot Hoggins do filme "A Viagem"

“Quer dizer que você não gostou do meu livro, certo?!”

3 – O importante é escrever, publicar é só consequência.

A publicação atormenta os pensamentos de todo escritor, ainda mais se ele for iniciante. E não estou falando apenas de livros. Há centenas de sites, fóruns, listas de discussões, revistas e grupos pela Internet abarrotados de textos alheios. O problema é que a grande maioria serve muita coisa crua ou malpassada. Deixem seus textos ao fogo por mais tempo, escritores!

Tom Cruise em cena do filme "Jerry Maguire - A Grande Virada"

“Mostra o dinheiro! Mostra o dinheiro!”

4 – Não invejo o sucesso de outros escritores.

Quando um colega fecha seu primeiro contrato com uma editora ou emplaca mais um livro independente de sucesso, a primeira coisa que um escritor faz é encarar o monstro de olhos verdes. Ele pode até ficar feliz pelo outro, mas não consegue evitar um pouco de amargura: “como?”. “Por que não eu, que escrevo tão melhor?”. “Sortudo!”. “Tem as costas quentes!”.

Stephen King, o mestre do Terror e do Suspense

“Não me inveje, escreva!”

5. Esse curso vai me tornar um escritor! E esse livro, site, vídeo…

Leitura e estudo são aspectos fundamentais na formação de um bom escritor. O problema é passar mais tempo aprendendo sobre como escrever do que escrevendo de fato. Conselhos, dicas e técnicas são úteis apenas quando postas à prova. Teoria não produz livros, prática sim.

Pilha de Livros - por Joel Robison

“Assim que aprender essas técnicas eu escrevo o meu livro!” – Fotografia por Joel Robison

6 – Vou dar uma espiadinha rápida no Facebook.

E no Twitter. Agora o e-mail. Opa, mensagem no WhatsApp. Não existe isso de “espiadinha rápida” nesta era da distração em que vivemos. Minutos se transformam em horas e o que é relevante é trocado por curtidas insignificantes e comentários vazios. Depois não adianta reclamar da correria da vida nem sobre como não sobra tempo para nada.

Johnny Depp em cena do filme "A Janela Secreta"

“Vou escovar os dentes assim que esse vídeo acabar!”

7 – Ninguém me dá sossego para escrever.

Um escritor só é produtivo quando as pessoas de sua vida o deixam em paz. Ele também é mais ansioso, psicopata, viciado em redes sociais e vídeos pornôs. Ei, pelo menos ele será capaz de escrever uma obra-prima sobre as maravilhas de se viver em uma caverna. Má ideia? Então talvez seja melhor viver para incorporar experiências e deixá-las transbordar na escrita.

Escritor Ermitão

“Agora nada irá me impedir de escrever meu romance best-seller! Hmmm… que fome.”

8. Não me considero escritor.

Escritor não é só alguém que tem livros publicados. Isso é um autor. Ainda assim, há muitos que relutam em aceitar o título – o próprio T. K. é um desses. Humildade é uma característica louvável, mas não exageremos. Alguém que tem o dom de juntar palavras para criar ou contar histórias é, para mim, um escritor. Ponto.

Quadro Negro do Bart Simpson

Escreva até acreditar pra valer!

Taí. Essas são algumas das mentiras que mais me incomodaram em minhas pesquisas. Fique à vontade para complementar, condenar ou louvar essa lista nos comentários abaixo. Como? Se já contei algumas dessas mentiras? É claro que não, eu não sou escritor.

E você, quais mentiras costuma contar para si mesmo?

Para saber mais:

  1. Não perca a motivação – 10 dicas para escritores:uma tábua de mandamentos pessoais para os momentos de crise existencial.
  2. 5 fatos sobre escrever primeiras versões: coisas que um escritor pensa ao terminar o rascunho de um texto.
  3. 5 dicas para escrever contos: confira 5 conselhos do renomado escritor de fantasia norte-americano Philip Athans.
  4. 10 dicas para escritores por J.R.R. Tolkien: que aspirante a escritor não gostaria de aprender os segredos do ofício com um mestre?
  5. 5 eBooks Gratuitos para Escritores Iniciantes: dicas valiosas em bom português imperdíveis para quem quer ser escritor.
  6. 5 Livros que ensinam a escrever: cinco recomendações para os aprendizes de escritor.
  7. Metodologia 5+10: 5 regras e 10 orientações flexíveis para quem quer trilhar o caminho do escritor.
  8. eBook 7 coisas que aprendi: 58 escritores nacionais incríveis compartilham suas experiências neste eBook gratuito. Imperdível!
  9. Série 7 coisas que aprendi: página principal do projeto que convida escritores em diversas fases da carreira a compartilharem suas experiências.
  10. Peb Bras: site oficial do escritor espanhol.

Um novo Escriba Encapuzado?

The GovernorOlá, eu sou Diogo Ruan Orta, aquele sem noção lá da coluna Lero-lero. Antes de qualquer coisa, não, o T. K. Pereira não pendurou o capuz – o inocente que quer ser escritor no Brasil ainda é o Escriba Encapuzado. Ele só me pediu que ajudasse a cuidar do seu site por um tempo.

Eu deveria saber que o T. K. não me chamaria pra escrever aqui a troco de nada. Bom, pensei em publicar mais do meu papo furado, mas o chefe (gostou dessa, do capuz?) insistiu para que eu escrevesse algo útil de vez em quando. Ainda que isso seja totalmente contra as minhas cláusulas contratuais, vou quebrar esse tronco e tentar manter isso aqui interessante para quem também quer ser escritor.

As pautas já estão em mãos (o T. K. tem pastas e pastas de ideias para posts!), então vejamos o que posso fazer enquanto o chefe se dedica ao seu primeiro livro de contos. Meu primeiro post já foi publicado – já conferiram as 10 dicas do mestre Tolkien para escritores?

Ah, e um aviso à meia dúzia de leitores da minha coluna: relaxem, pois continuarei com meu Lero-lero – só não garanto muita regularidade, já que o escraviário aqui agora tem novas tarefas.

É isso. O próximo post já sai amanhã, então fique ligado!

 

Resoluções de Ano Novo – Passado e Futuro

Um ano novo no Brasil só começa de fato após o carnaval. Janeiro chegou, foi-se e quase me deixei ludibriar por essa máxima terrível. O carnaval é apenas em Março! Já passou da hora de retomar as atividades aqui no Escriba Encapuzado.

Nesta primeira publicação de 2014, venho compartilhar com o leitor os altos e baixos do ano que ficou pra trás.

Um ano frenético

Em 2013, determinado a me profissionalizar, eu assumi seis resoluções audaciosas. Somente metade foi cumprida a contento. Ainda assim, o saldo foi mais positivo que o do ano anterior, principalmente pelas conquistas inesperadas – “quer fazer Deus rir? Conte a Ele seus planos”.

Antes vejamos o que foi ou não cumprido…

  • Estudar técnicas de estrutura literária

    Participei de duas oficinas de escrita. Com o Mestre Sérgio Fantini aprendi muito sobre a produção de contos em cerca de três meses de encontros no espaço Letras e Pontos em Belo Horizonte. Inscrevi-me também na Oficina de Criação Literária, ministrada na íntegra on-line pelo professor Marcelo Spalding.

    Cada oficina contribuiu de modo especial para meu desenvolvimento como escritor – Fantini é mais intuitivo, Spalding é mais técnico. Paralelamente, eu continuei seguindo as dicas de sites como Ficção em Tópicos e Writer’s Digest.

  • Fazer um curso sobre mercado editorial

    Tencionava inscrever-me no curso da escritora Thalita Rebouças – com mais de uma década de experiência, quem melhor para tratar do assunto? –, mas as oficinas e os projetos paralelos monopolizaram meu tempo.

    Resolução adiada, mas não esquecida – o curso da Thalita é imperdível, como se pode conferir pela grade de módulos (o link para acesso ao site do curso é informado no final deste artigo).

  • Acompanhar as narrativas digitais e o mercado de e-books

    Li matérias sempre que topava com elas, mas eu não me aprofundei nos temas tanto quanto gostaria.

  • Participar de eventos literários

    Mestre Fantini colocou-me a par de eventos culturais e literários locais. Estive presente em alguns lançamentos de escritores profissionais, de ouvidos e olhos sempre abertos para aprender um pouco com sua experiência. Também conheci novas livrarias-cafés. O auge, porém, foi minha participação no Fórum das Letras de Ouro Preto, onde pude conhecer e entrevistar Eduardo Spohr e outros colegas escritores.

  • Escrever um livro

    Ah, como eu gostaria de dizer que finalmente conclui meu primeiro livro. A verdade é que mal o toquei ao longo do ano. Cheguei até mesmo a esboçar um projeto literário, mas o cronograma foi para o espaço – eu contava com uma breve folga para dedicação exclusiva que, infelizmente, não se concretizou.

    Consegui trabalhar algumas poucas páginas e ideias conciliando a escrita com trabalho e outros projetos, mas não foi o bastante. Como um artista de circo que tenta quebrar o recorde de pratos equilibrados, deixei alguns caírem. Infelizmente, o livro foi um deles.

  • Buscar pareceres profissionais de textos autorais
    Com minha participação na oficina do Mestre Fantini eu obtive excelentes percepções sobre meu processo de escrita (não planejar tanto, deixar a coisa fluir, preocupar mais em escrever) e como trabalhar narrativas breves. Também treinei meu olhar crítico ao ler. Obtive bons retornos também do Spalding em sua oficina.
Fatores aleatórios

Muito aconteceu em 2013 que não foi inicialmente planejado. Abracei várias oportunidades que bateram à porta e, com certeza, isso resultou no descumprimento de algumas resoluções. Ainda assim, não me arrependo de nada, pois algumas de minhas decisões resultaram em algo positivo.

Foi no curso de Blogs e Redes Sociais da Uni-BH que conheci o jornalista e professor Wander Veroni, criador e editor do portal Café com Notícias, com quem firmei a parceria que rendeu 23 textos assinados por mim na coluna Café Literário. Infelizmente, este ano não darei mais as caras por lá por questões de agenda, mas esta foi uma experiência riquíssima.

Inscrevi-me em dois cursos online sobre narrativas de ficção que expandiram minha mente, mesmo eu não tendo interagido tanto com suas comunidades quanto gostaria. Dei início ainda a três projetos para o blog, dos quais dois estão em andamento – o terceiro, a mudança de visual, o leitor já pôde conferir.

“Senhoras e senhores, com vocês o incrível equilibrista da vida!”

 

Uma única resolução

Sim, o ano de 2013 foi positivo, mas ainda assim começo 2014 frustrado: continuo sendo um escritor que nunca concluiu um livro! E digo concluir no sentido próprio da palavra, isto é, tê-lo finalizado e pronto para encaminhar às editoras à espera de uma oportunidade de publicação – ou tentar a sorte em alguma plataforma de autopublicação digital.

Assim, ao contrário dos anos anteriores, faço aqui uma única resolução de ano novo: concluir meu primeiro livro custe o que custar. Nada mais me distrairá deste propósito. Não pretendo abandonar os leitores do blog, mas peço que não estranhem se ocorrer de eu me ausentar daqui algumas vezes. O foco agora é meu livro. E seja o que Deus quiser!

E vocês, amigos escritores, que metas traçaram para mais este novo ano?

“Lembre-se sempre: seu foco determina sua realidade. Ei, tô falando contigo, garoto!”

Para saber mais:

  1. Resoluções de 2013: publicação onde assumi minhas 6 resoluções para o ano de 2013.
  2. Resoluções Revistas – Balanço de 2012: publicação onde revejo as resoluções que foram ou não cumpridas.
  3. Resoluções de Escritor: publicação de 2012 onde discorro sobre o valor de assumir resoluções publicamente.
  4. Meus textos no Café Literário: índice dos 23 textos que publiquei na coluna de literatura do portal Café com Notícias entre Maio e Novembro de 2013.
  5. Metas para escritores em 2014 – pequeno manual de uso: artigo do escritor parceiro Alexandre Lobão sobre o processo de criar metas, essencial para que estas sejam efetivamente atingidas.
  6. Letras e Ponto: site oficial do espaço onde o escritor mineiro Sérgio Fantini ministra sua oficina de contos.
  7. Oficina de Escrita Criativa com Ênfase em Criação Literária: site oficial do curso online ministrado pelo escritor Marcelo Spalding.
  8. Blogs e redes sociais: jornalismo online empreendedor: site oficial do curso de extensão do professor Wander Veroni.
  9. Writer’s Digest: disponibiliza dicas, livros, arquivos digitais, propostas de escrita, e um vasto acervo de recursos para escritores (em inglês).
  10. Mercado editorial para escritores iniciantes: os bastidores de tudo o que você precisa saber para publicar e divulgar o seu livro. Curso ministrado on-line pela escritora Thalita Rebouças.
  11. Vector Open Stock: fonte da foto “2013-2014”.

Escolha o novo site do Escriba Encapuzado!

Saudações, querido leitor.

Você deve ter notado que o blog está parado nas últimas semanas, mas há uma boa razão para isso: estou trabalhando na reformulação total deste meu espaço e, de quebra, em alguns projetos relacionados.

Não quero estragar a surpresa, então, por ora, venho pedir sua opinião sobre a nova aparência do Escriba Encapuzado.

Clique nas imagens abaixo para ampliar as opções finalistas e escolha aquela que mais gostar. Se quiser, sinta-se à vontade para comentar ou até mesmo sugerir outros modelos – prometo que avaliarei as sugestões com atenção.

Agora vai lá, vota, pois este espaço é também é seu. Abraço.

ATUALIZAÇÃO (15/01/14): a votação foi encerrada e o modelo vencedor foi o Simpleton, que você confere abaixo e também no novo endereço do site.

Confira: https://www.escribaencapuzado.com.br

Modelo de layout escolhido pelos leitores para o novo site do Escriba Encapuzado.

Resoluções de 2013

Em 2012 assumi de vez o desejo de tornar-me escritor e firmei o compromisso pessoal de me dedicar a isso seriamente. Dando continuidade à jornada, os objetivos para este novo ano são mais ambiciosos. Como antes, materializo e torno públicas as minhas resoluções para 2013, o ano da profissionalização.

Audácia em 6 resoluções
  • Estudar técnicas de estrutura literária

    A boa escrita exige mais do que familiaridade com as palavras, assim como um livro não se sustenta apenas sobre uma ideia criativa. É preciso conhecer os instrumentos utilizados para compartilhar histórias: modos de narração, criação de personagens, desenvolvimento de cenas, entre outros aspectos.

    Aprender por conta própria é possível – a Internet disponibiliza inúmeros recursos para isso –, mas há quem defenda que o ideal é ser instruído, desafiado e avaliado por profissionais experientes, cujos currículos listem trabalhos publicados e reconhecidos. No meu caso, optarei por ambos: além de continuar usufruindo das dicas de sites como Ficção em Tópicos, Writer’s Digest e Vida de Escritor, participarei de uma oficina de escrita criativa.

  • Fazer um curso sobre mercado editorial

    Engana-se quem pensa que o trabalho do autor termina com o ponto final. Há ainda um caminho longo e repleto de pedras a percorrer, mas a viagem pode ser mais agradável para os que sabem o que esperar dela.

    Modalidades de publicação, direitos autorais, acordos contratuais; estes e muitos outros são conhecimentos fundamentais para quem pretende iniciar uma carreira de escritor. O curso mais completo e acessível que encontrei até o momento é prestado on-line por Thalita Rebouças, escritora renomada com mais de 11 anos de experiência.

  • Acompanhar as narrativas digitais e o mercado de e-books

    Dois temas que têm atraído meu interesse nos últimos anos. O primeiro diz respeito às novas maneiras de contar histórias, criando experiências mais interativas – há projetos interessantíssimos nesta área, alguns da autoria de brasileiros. O segundo tem se destacado com a chegada da Amazon ao país, e, naturalmente, pretensos escritores como eu devem estar sintonizados.

  • Participar de eventos literários

    O ofício de escritor é solitário por natureza, mas é importante não se tornar um ermitão. Cercar-se de tudo relacionado à literatura não só permite estar atento às tendências como também possibilita contato (e aprendizado) com escritores em diversos estágios da carreira e, mais importante, com leitores.

  • Escrever um livro

    A participação no NaNoWriMo demonstrou que, com a medida certa de estímulo, preparação e dedicação, produzir uma obra não é o pesadelo que eu imaginava. O objetivo é pôr logo em prática a experiência adquirida nos estudos citados acima. Ideias não me faltam, mas devo optar por uma de duas que há algum tempo me imploram para serem escritas.

    Comecei determinando períodos exclusivos para isso, livres de preocupação com trabalho e outras responsabilidades; durante eles ficarei inacessível para a maioria das pessoas, a exemplo do que fiz em novembro passado, quando escrevi oito contos, totalizando mais de 50 mil palavras. Maiores detalhes sobre o livro não serão compartilhados tão cedo, porém, tenciono manter um diário de produção que divulgarei posteriormente por aqui.

    Quem mais se atreve a escrever um livro em 2013?

  • Buscar pareceres profissionais de textos autorais

    Tenho trabalhos inacabados que pretendo finalizar e disponibilizar para a avaliação de um profissional antes de publicá-los – o que também vale para meu primeiro livro, assim que a primeira versão estiver finalizada. Espero que este retorno, somado à participação em oficina criativa, contribua para meu amadurecimento como escritor.

Ainda sob o capuz

Aí estão minhas resoluções para 2013. Algumas são atrevidas, admito, mas há pouco valor na conquista sem um pouco de ousadia. Obviamente, também pretendo escrever bastante nesse ano, afinal, isso é o que faz um escritor. Mas, com exceção dos artigos do blog e uma ou outra historieta despretensiosa, a minha produção ainda não deverá ser disponibilizada aos leitores.

Tal decisão é tremendamente angustiante, pois o desejo de ser lido (e reconhecido, é claro) é maior que tudo. Conter a ansiedade de divulgar trabalhos que ainda não estão completamente finalizados não será fácil – de fato, este será um dos grandes desafios do ano –, mas creio que é preciso por ora.

E vocês, aprendizes, o que planejam para este novo ano?

Para saber mais:

  1. 25 resoluções de escritor para 2013 (e além): tendo dificuldades em elaborar suas resoluções de ano novo? Dê uma olhada nas listadas neste interessante artigo; algumas delas podem se aplicar a você (em inglês).
  2. O problema das resoluções de ano novo: artigo do Jornal do Empreendedor. Recomendo a leitura.
  3. Mercado editorial para escritores iniciantes: os bastidores de tudo o que você precisa saber para publicar e divulgar o seu livro. Curso ministrado on-line pela escritora Thalita Rebouças.
  4. Ficção em Tópicos: Diego Schutt compartilhar dicas valiosas sobre desenvolvimento de ideias, estrutura, estilo, criação e muito mais. O site mais completo sobre a arte de escrever.
  5. Vida de Escritor: site do escritor e parceiro Alexandre Lobão, repleto de dicas sobre escrita e mercado. Também publica os artigos da série 7 coisas que aprendi.
  6. Writer’s Digest: disponibiliza dicas, livros, arquivos digitais, propostas de escrita, e um vasto acervo de recursos para escritores (em inglês).
  7. Amazon.com.br: versão nacional da maior varejista on-line do mundo. Atualmente, só o Kindle e seus livros estão disponíveis para compra.
  8. Resoluções de Escritor: post de 2012 onde discorro sobre o valor de assumir resoluções publicamente.
  9. Resoluções Revistas – Balanço de 2012: post onde revejo as resoluções que foram ou não cumpridas.

Resoluções Revistas – Balanço de 2012

Repleto de bênçãos, conquistas, momentos especiais e histórias compartilhadas; assim foi o ano de 2012 para mim. Impossível estar mais feliz com um saldo tão proveitoso. É gratificante constatar as influências positivas da escrita nos últimos dozes meses desta montanha-russa chamada vida.

Esse foi um tempo decisivo; abracei meu lado escritor e, como tal, comprometi-me com algumas resoluções. Agora, na aurora de um novo ano, é chegado o momento de rever metas, refletir sobre o que foi cumprido ou não, e compor novas diretrizes para um promissor 2013.

Um bom ano

Em 2012, tomei para mim seis compromissos e compartilhei-os aqui com os fieis leitores. A razão era materializar minhas aspirações para que não se perdessem no rol das resoluções que nunca são cumpridas. Agora é hora de ver como me saí. Vamos lá?

  • Estudar e aperfeiçoar o uso do tempo

    O tempo é o que fazemos dele. Graças a uma radical mudança de atitude e ao uso de uma metodologia de gerenciamento do tempo, 2012 foi muito mais produtivo que o ano anterior. Escrever não é mais um mero passatempo e se tornou tão importante para mim quanto família e amor.

  • Determinar horário e local para escrever

    Sou mais produtivo de manhã. Vez por outra, sob uma súbita inspiração, a tarde dá bons resultados. Contudo, a noite é um período perdido. Após o trabalho, a mente, mesmo fervilhando de ideias, recusa-se a fazer mais do que registrá-las sem esmero.

    O local é irrelevante, desde que não haja barulho nem interrupções; quando inspirado, estes não são problema, senão, um alfinete caindo no vizinho do outro lado da rua já é uma grande perturbação.

  • Escrever por 21 dias

    O objetivo era fixar o hábito de escrever num mesmo horário e local, ou seja, assumir a postura de um verdadeiro profissional.

    Ainda que tenha escrito com maior frequência que em 2011, não consegui manter o ritmo ininterrupto que esperava, nem mesmo durante minha participação no Mês (Inter)Nacional de Escrita de Romances (do inglês National Novel Writing Month ou NaNoWriMo) – dos 30 dias previstos, eu escrevi durante 23, e destes somente os últimos 17 foram seguidos.

  • Experimentar outro gênero

    Deixando um pouco de lado a fantasia medieval, meu gênero favorito, eu enveredei por gêneros tão diversos quanto horror, erótico, policial. Alguns textos foram publicados no blog (vejam a seção Histórias), mas a maioria permanece inédita.

    Há ainda oito contos frutos da minha participação no NaNoWriMo que serão revisados antes que eu tenha coragem de disponibilizá-los aos leitores.

  • Ser mais social

    Limitei-me a acompanhar alguns sites sobre escrita, mas não interagi tanto com seus autores quanto esperava, em parte por ter de optar em dar mais atenção à escrita e ao seu estudo.

    No entanto, por intermédio do projeto “7 coisas que aprendi”, iniciado em parceria com Alexandre Lobão, eu travei contato com escritores diversos e pude aprender bastante com seus depoimentos (vejam a seção Aprendiz de Escritor).

  • Recrutar leitores pessoais

    Tive dificuldades para encontrar leitores críticos. Não queria pessoas próximas demais cujas críticas fossem resguardadas, nem totais desconhecidos que pudessem apropriar-se de meu trabalho (medo tolo, eu reconheço).

    Acabei encontrando três leitores, dos quais só um é fixo – como verdadeiro profissional das palavras, suas criticas sinceras (e cruéis) são exatamente o tipo de retorno de que preciso. Também criei mecanismos de avaliação dos textos publicados no blog; mesmo com uma participação ainda modesta, os leitores contribuem imensamente para minha formação como escritor.

O que esperar de 2013

Sou um espírito inquieto e ambicioso. Sim, o passado foi ótimo, mas o futuro pode (e deverá) ser ainda melhor. Os planos são muitos, por isso preciso refletir com calma sobre o que focar neste ano que se inicia. Falarei mais a respeito no próximo post, mas já adianto isto: este será o ano da profissionalização.

E vocês, aprendizes de escritor e fieis leitores, o que planejam para este novo ano?

Para saber mais:

  1. Resoluções de Escritor: reveja o post onde falo sobre o valor de assumir resoluções publicamente.
  2. O problema das resoluções de ano novo: texto interessantíssimo do Jornal do Empreendedor que aborda, inclusive, o problema dos livros de autoajuda. Recomendo a leitura.
  3. 5 resoluções de ano novo para escritores: reservar tempo para escrever, abraçar seu estilo de escrita, revisar enquanto escreve, sair da zona de conforto, e denominar-se escritor. Saiba mais neste interessante artigo no Writer’s Digest (em inglês).
  4. Quer escrever um livro? Defina suas metas: post tradicional onde o escritor Alexandre Lobão descreve seu processo de metas.
  5. Metas para uma nova escrita: Wilian Nascimento defende que é preciso ser cuidadoso ao estabelecer metas de escrita.
  6. TOP 10 Resolutions for Writers: as 10 resoluções de ano novo mais comuns assumidas por escritores (em inglês).

Resoluções de Escritor

Cinco meses. Este é um tempo longo demais para estar afastado de uma paixão. Como o amor, a escrita requer diligência e dedicação, qualidades que, se negligenciadas, prejudicam qualquer relacionamento. E como tenho sido negligente!

Minha falta é ainda mais grave, pois não se limita só a falta de atividade neste espaço: nem mesmo meus trabalhos mais íntimos receberam o mínimo da atenção que mereciam. Um hiato improdutivo e triste, muito triste.

Eis que acontece, então: o ano se renova e, repentinamente, dozes meses repletos de potencial se estendem diante dos olhos, todos à disposição para que se exerça a criatividade, transformem-se pensamentos em palavras, compartilhem-se experiências, e histórias. Novos planos são traçados, decisões são tomadas, e uma afirmação positiva e esperançosa retumba na mente: agora tudo será diferente.

Sempre a mesma doce ilusão, ano após ano. E, no entanto, uma vez mais me deixo seduzir. Há quem diga que o maior problema com esta atitude é a falta de comprometimento pessoal – aparentemente, o ser humano se esforça mais no cumprimento de promessas feitas a outrem do que das que toma pra si. Ridiculamente verdadeiro. Ter as resoluções confinadas na mente é outro obstáculo. Mas (ainda) não é o fim do mundo.

Para fazer deste um ano realmente diferente, busco agir de modo diferente. Inspirado por textos de escritores começo, então, materializando meus objetivos, transformando-os em palavras, tornando-os palpáveis. Assumo-os aqui, publicamente, firmando compromissos com o leitor, a quem este espaço e uma parcela de meu tempo são dedicados. Estabeleço metas a cumprir como aprendiz de escritor, cuidando para não ser metódico demais.

Comprometer-se consigo é o principal desafio das resoluções de ano novo.

A escrita não pode ser racionalizada completamente. Planejamento e organização são válidos e, de fato, permitem maior produtividade, mas apenas quando aplicadas no momento propício. Contudo, há aspectos que não se pode precisar, como o surgimento de uma ideia ou o desenvolvimento desta – não há como estabelecer, por exemplo, o prazo de duas semanas para criar as origens de um dado personagem.

Assim, não é adequado comprometer-se a escrever um romance ou conto num dado prazo quando a premissa destes mal foi trabalhada ou sequer é conhecida. Fazê-lo torna o ato de escrever angustiante, cria uma pressão desnecessária e pode resultar em grande frustração caso o objetivo não seja alcançado. William Nascimento abordou bem esta questão num texto valioso, do qual recomendo a leitura (ver link no final desta postagem).

Retomando o assunto, minhas resoluções para este ano são:

  • Estudar e aperfeiçoar o uso do tempo: é preciso fazer bom uso deste bem tão escasso, dedicando-o às coisas importantes. Chega de dizer que não há tempo para escrever! Ele está lá, apenas está sendo desperdiçado com irrelevâncias.
  • Determinar horário e local para escrever: já está mais do que comprovado que o hábito de escrever num determinado período e local ajuda na produtividade. Obviamente, nada impede que eu também escreva sempre que a disposição e a oportunidade se fizerem presentes.
  • Escrever por 21 dias: cientificamente, afirma-se que qualquer hábito pode ser incorporado, desde que praticado por 21 dias ininterruptos (sim, incluindo fins de semana e feriados). Este vai ser um bom desafio. Note-se que não defini o que escrever; somente sentar-me-ei diante do computador e escreverei, sem pressões.
  • Experimentar outro gênero: este ano pretendo enveredar por outro gênero literário que não o da literatura fantástica, pelo qual sou fascinado.

    Carregue suas resoluções sempre consigo.

  • Ser mais social: visito muitos sites e blogs de escritores e sobre literatura, mas interajo muito pouco com seus autores. Contudo, como não é possível estar em todo canto a todo o momento, estabeleci uma lista de autores com quem eu gostaria de manter um contato mais próximo.
  • Recrutar leitores pessoais: eles serão responsáveis por comentar criticamente meu trabalho, estilo de escrita, etc. Eles serão avaliadores, editores, musas, puxadores de orelha e caçadores de piolhos mais próximos. Obviamente, os demais leitores são encorajados a sempre compartilhar suas impressões nos comentários e receberão de mim a mesma atenção.

Aí estão: minhas resoluções de ano novo – em tempo, buscarei relaxar mais e manter minha auto-exigência em níveis adequados a uma pessoa sã (quero só ver!). Agora é começar a trabalhar para tornar tudo isso realidade antes que o apocalipse maia caia sobre nós.

Confira também: Resoluções Revistas – Balanço de 2012, post onde revejo as resoluções que foram ou não cumpridas.

Para saber mais:

  1. Metodologia 5+10: 5 regras e 10 orientações flexíveis que busco seguir em meu caminho para tornar-me um escritor.
  2. Os primeiros passos da jornada: onde devaneio sobre o tempo, o desejo de escrever e dicas de escrita.
  3. Pare o mundo que eu quero escrever!: texto sobre minha labuta contra as distrações do cotidiano.
  4. O pesadelo das revisões constantes: um desabafo sobre este terrível obstáculo no caminho de um aprendiz de escritor.
  5. Metas para escritores em 2011: compartilhando suas metas no início do ano passado, Alexandre Lobão ofereceu dicas valiosas.
  6. Quer escrever um livro? Defina suas metas: encerrando o ano de 2011, Alexandre Lobão descreve seu processo de metas.
  7. Metas para uma nova escrita: Wilian Nascimento defende que é preciso ser cuidadoso ao estabelecer metas de escrita.
  8. Writer Resolutions: Traci Brimhall escreve sobre suas resoluções e demonstra um ponto de vista muito próximo ao de Wilian Nascimento (em inglês).
  9. Don’t Break the Chain: artigo que aborda o método utilizado por Jerry Seinfeld (famoso comediante americano) para ser mais produtivo (em inglês). É um texto antigo, mas pode ser útil para aqueles que se propõe a cumprir suas resoluções de ano novo.
  10. TOP 10 Resolutions for Writers: as 10 resoluções de ano novo mais comuns assumidas por escritores (em inglês).
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