Chegamos a mais um 25 de maio, o Dia do Orgulho Nerd (e Geek)! Hora de prender um raminho de lilás na toalha, encarar uma mega maratona de “Star Wars”, espalhar piadas infames por aí e fuçar a internet em busca de produtos nerds em promoção!
Para facilitar a vida do leitor, vou listar aqui alguns livros à venda na Amazon por precinhos camaradas. Há muitos outros com descontos incríveis de até 70%, mas preferi pinçar (termo da moda, não?) só os que estão (mais ou menos) abaixo deR$ 20,00.
Se a crise não está pegando pro seu lado, vai lá no hot site Nerd da Amazon ou clica no Stormtrooper aí, ó. Obrigado, de nada.
Confira a seguir as ofertas nerds pinçadas na Amazon!
Seleção de Livros até R$ 20,00
Especial Game of Thrones
Especial Star Wars
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Na última segunda-feira, um dos maiores escritores brasileiros vivos completou 90 anos: Rubem Fonseca, autor de mais de vinte livros, celebrado por suas narrativas concisas e repletas de violência, erotismo e irreverência.
Para celebrar, a Amazon preparou uma oferta com vários eBooks do Rubão a preços bem camaradas. Como fã do cara, é claro que eu não podia deixar de listar pra você, leitor do Escriba Encapuzado, algumas dessas obras mais do que recomendadas.
Confira a seguir os livros do mestre Rubem Fonseca!
Contos de Rubem Fonseca
Romances de Rubem Fonseca
Para saber mais:
A putaria gourmetizada de Rubem Fonseca: episódio especial do podcast 30:MIN do site Homoliteratus.
Resenhas das Obras de Rubem Fonsceca: série de posts sobre os livros do Rubão pelo doidimais Tio Nitro, candidato ao recorde de leitor mais frenético do mundo!
Manual de entretenimento para fãs de Rubem Fonseca: um excelente post do Homoliteratus com referência de livros, quadrinhos, filmes, séries e músicas para entrar no clima das obras do Rubão.
“Sabe do que mais sinto falta no seu blog? Crônicas”. De fato, eu nunca tinha considerado a possibilidade de escrever algo do gênero até escutar esta crítica maravilhosa.
Tomado de uma súbita inspiração, estudei suas características, li alguns textos de cronistas brasileiros conceituados e, enfim, sentei-me para escrever. Surpreendi-me com a facilidade com que concluí o texto em apenas dois dias (revisei-o apenas 4 vezes)!
Se este pode ou não ser classificado como uma crônica, deixo para os leitores decidirem.
E o que tem de complicado?
Noite. Caminhando na calçada à frente do parque municipal, penso como são complicados os relacionamentos. A peça de teatro que acabo de ver, pouco inspirada (e ainda menos original), leva-me a uma breve reflexão: como pode a infidelidade ser tema de uma comédia? A traição é um ato de total desrespeito ao companheiro, no mínimo, e não deveria ser banalizada.
Cogitando iniciar um papo cabeça a respeito disto, olho para o lado, mas o semblante sério e o olhar distante desencorajam-me. Descarto o tópico sem demora e tento quebrar o gelo: pipoca? “Não tenho fome”. É, está mesmo um pouco salgada. Um refrigerante, quem sabe? Também não.
Um vento sopra suave pela avenida. Que frio, eu comento, mas ela discorda. “A noite está fresca”. Está mesmo, bem agradável; não é nada espetacular, mas está bonita também. Uma lua em arco, estrelas aqui e acolá por entre nuvens algodoadas. Uma boa noite para estar na melhor das companhias. E, no entanto, sinto frio.
Dois ônibus passam pelo ponto. Estivesse sozinho, qualquer um deles me serviria, mas, muito provavelmente, não teriam chegado tão rápido. Tanto melhor. Não tenho pressa, tampouco me importa o tempo. Minha mente é um turbilhão: busco palavras adequadas, formulo frases com cuidado, mas nada parece adequado o bastante.
Enfim embarcamos, sentamos lado a lado. Apenas falas vazias. De relance, noto a expressão curiosa do cobrador, mas relevo; minha atenção tem exclusividade agora. Desisto de tentar encontrar sentido em minha cabeça. Solto a língua, soprando amenidades. Surge um interesse genuíno, mas o ar contemplativo nunca deixa as feições dela.
De repente, o cobrador salta e corre para o fundo do ônibus, surpreendendo a todos. Então entendo o que chamava sua atenção: um senhor embriagado jogava-se, literalmente, sobre uma moça. Algo estala em minha mente e percebo que conheço o “tarado” de outras viagens – em todas elas, ele sempre fora todo álcool e liberdades com o sexo oposto.
É uma figura recorrente; pobre e inconveniente diabo, tolerado por alguns motoristas para o desespero das damas e o divertimento alheio. Não entendo como os outros não percebem que suas risadas só encorajaram ainda mais o papel patético. O cobrador, porém, não vê graça ali e parece mais interessado em entregar o coitado à polícia.
Convenientemente, há uma blitz da Guarda Municipal no caminho, o que explica o incomum engarrafamento para o horário. Mas nada disso importa. Que o trânsito agarre, o coitado seja entregue a polícia e que resista à prisão, o ônibus quebre, que qualquer coisa faça o tempo se arrastar. Só quero desfrutar da companhia.
A viagem prossegue. O senhor tarado atrai olhares, comentários e chacotas até sua descida. “Eu ajudo o senhor, mas não encoste em mim”, diz uma passageira em certo momento. Mais risadas. Pobre bufão. Meio alheio aos eventos, eu me concentro nas palavras trocadas; talvez a noite ainda possa ser salva.
Chegamos e caminhamos, agora de mãos dadas. Sinto um peso sendo retirado do espírito. Eu caminho de coração aberto, sentimentos à flor da pele. Numa praça nos sentamos, e ali deixo que minha alma fale por mim.
Conversamos por um tempo imensurável, pois não me importa mensurá-lo. Trocamos dúvidas e angústias, possibilidades, revelamo-nos um para o outro, sem grilhões, destemidos. Relacionamentos são complicados. Mas não há complexidade que supere o amor genuíno. Acredito nisto, sempre acreditei, e as sensações provocadas por sua simples presença apenas confirmam esta certeza.
Um abraço, olhos mareados, e, súbito, não sinto mais frio. Olho para o céu e vejo; vejo a lua em arco, estrelas aqui e acolá, nuvens algodoadas. Uma boa noite, a melhor das companhias. Há ainda muito a resolver, mas não penso nisto agora. Neste breve momento, num abraço que diz mais que qualquer palavra, há apenas nós dois… e o amor. E amor, meu caro, é tudo o que é preciso.
As coisas que me acontecem, enternecem meu pobre coração.
Muito obrigado.
Nos anos 8O, eu ganhava prêmio na BIENAL DO LIVRO DE BELO HORIZONTE (que não sei se mudou de nome,…
Disse um dia aqui que escrevi livrinhos bens ruinzinhos, estava elogiando a LIGA. Não sei se graças a isso, tive…
Ei, Rosângela. Sim, o narrador é uma das vítimas. :) Abraço e obrigado pela leitura.